Crescimento com ou sem crise

Como os principais especialistas de economia do mundo previam, a crise internacional já se arrasta por anos, e os esforços das autoridades monetárias continuam se intensificando em meio a tantos momentos de tensões e incertezas econômicas. Pelo que observamos ao longo dos últimos anos, o Brasil continua resistindo às pressões internacionais com seu crescimento sólido, mas até quando?

Nosso resultado do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano ainda segue na incerteza entre especialistas e autoridades tributárias, e tudo indica que o resultado seja menor no crescimento econômico do país. Entre vários segmentos da economia, o emprego é o que mais preocupa os brasileiros. Ironicamente o número de empregos formais no Brasil chamou bastante a atenção do mundo, principalmente dos países que hoje enfrentam a crise européia, a fraca recuperação dos EUA e a desaceleração do Japão.

A pesquisa recente do Serviço de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) sobre o mercado de trabalho alivia e muito a preocupação com a recessão mundial. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 77,3% do saldo líquido de empregos gerados no Brasil.

O resultado mostra que as empresas continuam sustentando o crescimento do mercado de trabalho interno, principalmente do setor de serviços. Os pequenos e médios negócios são os motores da economia brasileira, que já vem mostrando sinais de recuperação cada vez mais fortes.

O Sebrae mostra também que nos últimos 12 meses foram gerados 1,54 milhão de postos de trabalho, e os maiores destaques foram agricultura, extrativismo mineral e construção civil. Diante desse dado, não há dúvidas de que cabe a nós, empresários, a árdua missão de continuar mantendo esse crescimento econômico do país.

.Por: Janine Brito,Diretora-Executiva da Ferragens Pinheiro.