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02/10/2012 - 06:31

O Ibovespa terminou o mês de setembro em 59.175 pts, com ganho de 3,70%, aponta os analistas do BB Investimentos

Acumulando altas de 4,27% em 2012 e de 11,09% em 12 meses, tendo agora resistências próximas de 60.500 pts, 61.900 pts, 63.400 pts e de 65.200 pts, com suportes em torno de 58.200 pts e 57.600 pts e 56.200 pts.

O índice subiu no início do mês, mas, a partir da 2º quinzena iniciou uma trajetória de correção, quando fechou por volta dos 62.000 pts, que perdurou até o final do mês. O máximo fechamento foi no dia 14, em 63.428 pts e a mínima do mês em 56.202, no dia 4.

De acordo com os analistas do BB Investimentos, o último dado disponível, a Bovespa teve retirada de capital estrangeiro de R$ 481,550 milhões na quarta-feira (26). O saldo de capital externo na Bovespa em setembro está negativo em R$ 4,854 bilhões até esta data.

O mercado doméstico avançou apoiado nos ganhos das bolsas internacionais, que, subiram por conta do anúncio do novo estímulo monetário do FED, o chamado QE3, no dia 13, que prevê a compra de US$ 40 bilhões em títulos= lastreados em hipotecas (MBS) a cada mês, por prazo indeterminado. Já a chamada “operação twist”, no qual o banco central norte-americano troca títulos de dívida de curto prazo (3 anos ou menos) por títulos de longo prazo (entre 06 e 30 anos) - no valor de US$ 267 bilhões, com o objetivo de baixar as taxas de juros de longo prazo, continuará em vigor até o final de 2012. Também, manteve a taxa básica de juros local no intervalo entre zero e 0,25%, ampliando o período de juros baixos, que ia até 2014, para meados de 2015, de forma a tentar estimular o crescimento econômico e reduzir a taxa de desemprego, que permanece acima do patamar de 8% por mais de anos e meio.

Uma nova revisão do PIB 2T12 dos EUA mostrou decréscimo para +1,3% (1,7% antes) ante o primeiro trimestre, e o consumo das Famílias cedeu para +1,5% (1,7% antes). Alguns outros indicadores divulgados ao longo do mês foram divergentes, mas, o crescimento da economia norte-americana prosseguiu sinalizando fraqueza.

Na Europa, um novo impasse a Alemanha e a França sobre o fundo de resgate ESM (Mecanismo Europeu de Estabilidade) e a relutância da Espanha em solicitar auxílio ao BCE trouxeram volatilidade ao mercado, que arrefeceu um pouco no final do mês.

Na China, a bolsa de Xangai teve uma leve reação, após quatro meses de baixas, subindo 1,89% em setembro, para 2.086 pts, acumulando quedas de 5,15% em 2012 e 12,8% em 12 meses.

Perspectivas -Ao longo de setembro, o mercado parece que já digeriu a positiva notícia do afrouxamento monetário pelo Fed. Assim, para outubro, os agentes estarão na expectativa de alguma definição da eleição presidencial nos EUA, que ocorrerá em 06 de novembro próximo. De outra mão, os comportamentos de alguns balanços que serão divulgados e dos indicadores norte-americanos, além de dados da economia da China (que terá feriado de 1º a 07 de outubro) deverão ser monitorados diariamente e tenderão a ditar os rumos dos mercados. “Evidentemente, será monitorada a situação política e financeira da zona do euro, onde os investidores esperam um pedido formal de auxílio pela Espanha junto ao BCE, dizem os analistas do BB Investimentos.

.Agronegócios.: destaques: commodities desaceleram |Medidas de incentivo à indústria têm efeito positivo nas ações |Exportações de proteínas têm novo avanço.

Retrospectiva mensal-Com exceção da Fertilizantes Heringer (-5,9%), as empresas do agronegócio apresentaram desempenho positivo na bolsa em setembro. Os destaques foram JBS (+16,5%), Cosan (+9,6%), Brasil Foods (+5,8%) e M. Das Branco (+5,4%), que registraram altas superiores à do Ibovespa (+3,7%). A única produtora de proteínas a não capturar as altas no mês de forma tão expressiva foi a Marfrig (+2,6%), cujas ações chegaram a cair 6,8% em um único dia em meio a rumores de que estaria preparando uma nova oferta de ações. A companhia enviou um comunicado negando as especulações de mercado.

Os fatores que mais impulsionaram as ações do setor foram as medidas anunciadas pelo ministro Guido Mantega para desonerar a folha de pagamento da indústria, que deverão beneficiar principalmente os produtores de aves e suínos, e o arrefecimento nas cotações internacionais dos grãos, que indicam alguma redução na pressão atual das matérias-primas nas margens dos frigoríficos. Por outro lado, as empresas ligadas diretamente às commodities agrícolas, como Fertilizantes Heringer e SLC Agrícola sentiram de forma negativa os grãos mais baratos.

Para as produtoras de açúcar e etanol, as notícias de que o governo deverá aumentar o percentual de etanol anidro a ser adicionado à gasolina dos atuais 20% para 25% a partir do meio do ano que vem impulsionaram as ações. Além disso, a safra de cana-de-açúcar tem evoluído satisfatoriamente após atrasos iniciais, o que deve permitir às empresas reduzir sua capacidade ociosa.

Quanto às commodities agrícolas, os preços dos grãos finalmente começaram a arrefecer dura sucessivos meses de alta. O recuo nas cotações da soja foram (vs. 84,3% em agosto). No caso do milho, os preços CEPEA/ESALQ, porém sobem 3,4% em a oferta apertada nos Estados Unidos incentivando o aumento da área plantada de grãos na América do Sul para a próxima safra, que tem a expectativa de ser recorde. Tal cenário beneficia os produtores de proteínas, que precisam abastecer seus estoques.

Os preços do açúcar, segundo dados do CEPEA/ESALQ, apresentaram desempenho ruim do mês anterior (-10,5%), reflexo da procorrendo sem contratempos e da baixa demanda nos últimas semanas. O etanol hidratado também sentiu o bom andamento da safra, porém de forma menos intensa, com preços o menor interesse de algumas distribuidoras, segundo o CEPEA.

Os preços do boi gordo, por sua vez, continuaram subindo em prontos para abate, devido à espera dos pecuaristas setembro em R$ 95,99. No comércio internacional, os últimos dados divulgados pela Secex Brasil Foods na 4ª posição entre os maiores exportadores somado das exportações individuais de Sadia + BRF (como apresentado pela Secex) foi de US$ 3,269 bilhões. O Minerva subiu 3 posições e ficou na 35ª posição (US$ 719,6 milhões) entre os 40 maio da JBS atingiram US$ 1,774 bilhão no período.

.Perspectivas -”Apesar da queda nos preços dos grãos ter sido mais forte do que o esperado durante setembro, entendemos como positivo o movimento de arrefecimento, uma vez que a soja e o milho são componentes bastante representativos nos custos dos produtores de proteínas, em especial de frango e suínos, que vinham sentindo pressão em suas margens nos últimos meses. Reiteramos nossa visão de que o momento mais favorável é do gado bovino., gado para abate e recuperação consistente das exportações, ajudadas pelo câmbio favorável”, analista Henrique Koc,h, do BB Investimentos.

.Bancos e serviços financeiros com cenário desafiador à frente, vê analista do BB Investimentos, Nataniel Cezimbra - O crédito bancário chega a 51% do PIB, grandes bancos privados inverteram o sinal e fecharam o mês em queda. OPA de fechamento da Redecard foi um sucesso.

.Bens de Capital e Small Caps- com destaques para o anúncio do governo de ex-tarifário para 356 bens de capital. Autometal compra controle de empresa chinesa e OdontoPrev realiza aquisição em pareceria com Fleury.

Setembro é mais um mês de alta nas ações de bens de capital e small caps, diz o analista do BB Investimentos, Mário Bernardes Junior.

.Construção Civil: setor com desenvolvimento positivo na bolsa, com expectativa de mudanças nas regras do MCMV, aponta Wesley Bernabé, analista do BB Investimentos,

.Logística e Transportes: destaques para o setor aéreo: demanda mantém ritmo de crescimento, enquanto oferta tem variação próxima a zero· Lei 12.619 é prorrogada por mais 180 dias· ANTT reduz teto tarifário referente ao transporte de carga nas ferrovias· Índice ABCR traz forte recuperação do fluxo de veículos pesados, aponta Leonardo Nitta, analista do BB Investimentos.

.Mineração: O preço do minério de ferro volta a subir e se sustenta em um patamar acima de US$ 100/ton, os metais avançam fortemente após dois meses de estabilidade, analisa Victer Penna, do BB Investimentos.

. Papel e Celulose: destaque para o preço da celulose de fibra curta, que se sustenta em torno de US$ 750/ton. E a expectativa de medidas de incentivo para o setor beneficia ações. E no mês de alta para o setor de Papel e Celulose, Suzano é o destaque.

.Petróleo, Gás e Petroquímico: destaques para os preços internacionais de petróleo continuam oscilando, a Rodada de Licitação de Blocos deve ocorrer em maio/2013 e Justiça Federal suspende operações da Transocean no Brasil.

.Mercado Internacional de Petróleo-Durante o mês de setembro, os preços internacionais do petróleo tiveram um movimento de queda. A cotação do WTI atingiu US$ 99,00 no dia 14, após a divulgação de medidas de estímulo à economia americana anunciadas pelo Fed, e fechou o mês cotado a US$ 92,19, que corresponde a uma redução de 4,44% em relação ao fechamento de agosto. Já o Brent fechou o mês a US$ 113,25, apresentando queda de 1,92% se comparado ao mês anterior, atingindo seu pico também no dia 14, cotado a US$ 117,59.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) manteve sua previsão de demanda de óleo para 2012 em 88,72 milhões de barris de petróleo por dia (mbpd). Já a previsão de demanda por óleo produzido pelos países pertencentes à Organização para 2012 ficou em 29,9 mbpd. Os estoques de petróleo cru dos Estados Unidos atingiram o volume de 361,8 milhões de barris na última semana, número 1,29% menor que o registrado no mês anterior.

. Siderurgia -.Produção brasileira de aço recua 6,6% no comparativo anual, porém as vendas sobem, giro dos estoques volta a atingir 2,5 meses de vendas.

Mês de forte alta nas ações do setor, onde Usiminas é o destaque-No mês de setembro, as ações do setor siderúrgico tiveram um movimento ascendente desde o início, surpreendendo positivamente os investidores posicionados no setor. O destaque ficou pelo segundo mês consecutivo com os papeis daUsiminas (USIM3, USIM5), cujas valorizações acumuladas chegaram a superar 40% no período, e acabaram fechando com altas de 22,6% nas ONs e 24,2% nas Pns.

.Varejo e Consumo: os destaques ficam por conta da retomada nas Vendas do Varejo e os níveis de inadimplência que não recuam.

Maioria das ações das varejistas tem desempenho superior ao Ibovespa no mês. Com o anúncio da terceira rodada de relaxamento quantitativo (QE3) e da permanência da taxa de juros em níveis baixos até 2015, por parte do FED, tanto o Ibovespa quanto a maioria das ações das empresas do varejo avançaram no mês de setembro. O índice fechou o mês de setembro com alta de 3,71% e as ações das varejistas surfaram essa onda positiva do mercado e registraram altas expressivas. Os destaques positivos foram os papéis da B2W (BTOW3), Natura (NATU3), Lojas Americanas (LAME3), Magazine Luiza (MGLU3), Grendene (GRND3), e Raia Drogasil (RADL3) que tiveram desempenho positivo de 32,6%, 11,0%, 8,39%, 8,32%, 7,67% e 6,30%, respectivamente. As ações do Pão de Açúcar também valorizaram acima do Ibovespa e fecharam com alta de 7,10%. Já os papéis da Lojas Renner ficaram abaixo do índice avançando 2,04%.

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