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17/10/2007 - 09:55

Nova tecnologia de bombeio submarino para petróleo pesado


A Petrobras concluiu, com sucesso, os primeiros cem dias de operação do Sistema de Bombeio Centrífugo Submarino (BCSS), instalado no poço JUB-6, no Campo de Jubarte, na parte capixaba da Bacia de Campos. O poço, cuja expectativa era de produção de cerca de 10 mil barris por dia, passou a produzir 24 mil barris diários com a utilização do novo sistema, o que representa um incremento de produtividade de 140%.

A tecnologia, desenvolvida por uma equipe de pesquisadores do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Engenharia de Produção do E&P e da Unidade de Negócios do Espírito Santo (UN-ES), em conjunto com os fornecedores, apresenta elevado potencial, tanto para aumentar a produtividade de campos produtores, como para viabilizar a produção comercial de campos em águas profundas, especialmente os de petróleo pesado. Além da aplicação em acumulações de grande porte para elevar o fator de recuperação de petróleo, o sistema poderá ser utilizado para viabilizar a produção comercial de jazidas menores ou marginais, antes consideradas comercialmente inviáveis.

O sistema, que integra o Programa Tecnológico de Óleos Pesados (Propes), é de fundamental importância para a manutenção da auto-suficiência, uma vez que a maior parcela das reservas brasileiras é de petróleo pesado e extra-pesado. E os desafios para bombear este tipo de petróleo são muito grandes.

Este conjunto tecnológico inclui a bomba centrífuga, instalada dentro do poço, conexão com a árvore de natal (válvulas que ficam na cabeça do poço, no leito marinho), interligação dos umbilicais (tubulações que escoam o petróleo) com a plataforma P-34, para onde o poço está produzindo e diversas ligações elétricas na plataforma.

O conjunto começou a operar no primeiro semestre de 2007 e será ainda acompanhado de perto pelo Cenpes até o final de 2007, visando consolidar o domínio desta tecnologia. Embora o tempo de vida útil do BCSS para efeito de avaliação total seja de dois anos, os primeiros cinco meses de funcionamento do conjunto, sem ocorrência de qualquer problema, já demonstraram a sua viabilidade e o seu potencial de aplicação na atividade de exploração e produção da Petrobras, no Brasil e no exterior.

O motor deste primeiro conjunto de BCSS tem cerca de quatro quilovolts de potência. O próximo, previsto para instalação em um poço no campo de Marlim Leste, na Bacia de Campos, deverá ser mais potente, com sete quilovolts.

O coordenador do projeto, engenheiro Marcos Pellegrini, do Centro de Pesquisas da Petrobras, esclarece que "as perspectivas de utilização desta tecnologia são muito grandes, diante do elevado número de reservatórios em águas profundas, na plataforma continental brasileira. E o mais importante é que algumas delas são de dimensões marginais, cuja viabilização exige a interligação de poços satélites muito distantes das instalações de produção, o que exige bombeamento de alta potência".

Segundo Pellegrini, essa é uma tecnologia fundamental para o aproveitamento de jazidas marginais, em águas ultra-profundas, portadoras de petróleos pesados, que de outra forma, provavelmente, não seriam aproveitadas. "Este é um dos projetos mais importantes abrigados no Programa Tecnológico de Óleos Pesados (Propes)", ressalta o coordenador do projeto.

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