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09/10/2012 - 09:07

Hanseníase: descubra como diagnosticar e tratar

Considerada como uma das doenças mais antigas da história da medicina, a hanseníase é causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae. Um parasita que ataca a pele e nervos periféricos, podendo afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. Mas, vale alertar que não é uma doença hereditária.

Segundo o dermatologista Fernando Passos de Freitas (CRM-106.504), a hanseníase provoca o aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiçada, em qualquer região do corpo. Fraqueza muscular, dores nas articulações, inchaços, são alguns dos outros sintomas da doença.

“Após a confirmação do diagnóstico, a doença deve ser logo tradada para evitar que o quadro se propague. Os nervos podem ficar comprometidos e as manchas aumentarem de tamanho, causando deformações no nariz e nos dedos. A doença também pode impedir alguns movimentos como o abrir e o fechar das mãos”, ressalta o dermatologista.

Como se pega hanseníase? A doença conta com um detalhe que deve ser reforçado, ela é transmissível.

“A hanseníase se propaga pelas vias respiratórias, caso o portador ainda não tenha iniciado o tratamento. Os parasitas são eliminados na primeira dose do tratamento, dificultando que ele seja transmitido a outras pessoas. Desde que o paciente siga as orientações médicas é possível sim, curar a hanseníase”, orienta o dermatologista Fernando Passos de Freitas.

A maioria das pessoas que entram em contato com o bacilo, não desenvolve a doença. Buscar ajuda médica é a melhor forma de combater e evitar a evolução da doença.

“Esse tipo de bactéria se aloja nas partes frias do corpo como orelha, joelho, cotovelos. As lesões dessa doença normalmente são semelhantes às fúngicas (micoses). A perda de pelos, ausência de transpiração e sensibilidade são indícios que a bactéria está presente no organismo”, ressalta o médico.

A hanseníase apresenta diferentes formas clínicas, que se desenvolvem de acordo com cada sistema imunológico. Não há necessidade de decorar os nomes, mas é importante que você conheça e saiba como cada lesão pode aparecer no seu corpo: Hanseníase indeterminada: São manchas de cor mais clara que a pele normal e provocam uma diminuição da sensibilidade. É mais comum em crianças.

Paucibacelar: Caracteriza-se por poucas manchas ou apenas uma, avermelhada. Há ausência de sensibilidade, dor, fraqueza e atrofia muscular.

Multibacelar: Normalmente, esse tipo possui um quadro clínico mais grave. Atrofia muscular, inchaço nas pernas e o surgimento de nódulos na pele, são os sinais da doença.

Tratamento -O diagnóstico da doença é feito por testes de sensibilidade, força motora, palpação dos nervos dos braços, pernas e olhos. Além dos exames laboratoriais, a biópsia pode ser indicada para certificar a presença da bactéria.

Para tratar a doença não é necessário o isolamento do paciente. Normalmente, o tratamento é feito por medicações que são receitadas ao paciente de acordo com o grau e a deformidade.

“É receitado um coquetel específico de antibióticos. Esses medicamentos são distribuídos gratuitamente nos postos de saúde e podem ser utilizados por gestantes e portadores de HIV. Geralmente, o tratamento tem a duração de seis meses a dois anos. Quanto mais cedo o paciente buscar ajuda médica, melhor será a recuperação”, alerta o dermatologista.

Quando devo procurar o médico? Procure um dermatologista quando você notar nódulos no corpo ou manchas claras e avermelhadas em sua pele. Você também deve suspeitar da hanseníase quando houver perda de sensibilidade, dor nos nervos e formigamento. Fique atenta ao notar esses sintomas e não hesite em solicitar ajuda do médico.

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