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17/10/2007 - 10:15

Investimentos externos no Brasil podem ultrapassar recorde em 2007, aponta consultor

São Paulo - Os investimentos externos no Brasil ao final deste ano deverão ultrapassar o recorde obtido em 2000, que foi de cerca de US$ 32 bilhões. A previsão é de Antônio Corrêa de Lacerda, membro do Conselho Consultivo da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet) e professor de economia da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP).

Em entrevista concedida no dia 16 de outubro, após a apresentação do relatório World Investment Report 2007, elaborado pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), Lacerda disse que isso se deve “à expectativa de o Brasil vir a ser classificado como grau de investimento”.

E acrescentou: “O mundo vê o Brasil com bons olhos por ser uma democracia, por ser a décima economia do mundo e pelo fato de ter uma expectativa de crescimento também expressiva para os próximos anos.”

De acordo com o relatório divulgado hoje – e que leva em conta resultados obtidos em 2006 –, o Brasil recebeu cerca de US$ 18,8 bilhões de investimentos, ocupando a 19ª posição no ranking mundial. O Brasil também ocupa a 12º posição entre os maiores investidores, com cerca de US$ 28 bilhões aplicados em outros países.

Lacerda destacou que o relatório aponta um aspecto positivo da economia nacional: “O Brasil é uma das maiores economias do mundo – é bastante internacionalizado, é uma economia em crescimento e estável, e isso atrai muito investimento”. Por outro lado, lembrou que ainda há muito a ser feito no país para aumentar os investimentos. “O Brasil tem uma carga tributária muito elevada, problemas de infra-estrutura, burocracia e também a política cambial. O câmbio, claramente, não é favorável para o investimento produtivo.”

A entrada de investimento estrangeiro, acrescentou, pode trazer benefícios para o país onde a empresa será instalada. “Como o investimento direto estrangeiro está associado a empresas de ponta, isso, para o país que o recebe significa criação de emprego, de renda, de tecnologia e mesmo possibilidade de exportações. Embora o investimento direto estrangeiro represente uma pequena parcela – no caso do Brasil, de apenas 10% do total de investimento realizado –, ele é importante por incluir o Brasil dentro das grandes cadeias produtivas globais”, afirmou.

O relatório da Unctad revelou crescimento do estoque de investimentos estrangeiros diretos em todo o mundo, pelo terceiro ano consecutivo, atingindo US$ 12 trilhões em 2006. Para Lacerda, o crescimento é conseqüência do “bom momento da economia mundial”. Ele explicou que "desde 2002 a economia mundial cresce 4% ou 5% ao ano e temos crescimento dos preços das commodities, que são os produtos básicos como matérias-primas, o que acaba estimulando as empresas a realizarem novos investimentos”.| Por: Elaine Patricia Cruz /ABr

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