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09/10/2012 - 11:06

A reciclagem é a saída para a preservação do meio ambiente?

Virou moda falar de reciclagem. Políticos, ONGs, grupos e mídias sociais têm aproveitado o tema como solução dos nossos problemas com os resíduos sólidos. Lógico que esta carona é produtiva, pois faz com que pensemos cada vez mais no que geramos e reaproveitamos, como os materiais que não teriam utilidade no ciclo produtivo.

Por meio da reciclagem muitos resíduos sólidos retornam para a cadeia produtiva como matéria-prima. Um grande exemplo é o vidro, que demoraria quase quatro mil anos para se decompor no meio ambiente e, com a reciclagem, esse mesmo vidro retorna aos fornos e vira matéria-prima limpa.

Certa vez, durante minha palestra, uma criança me perguntou se a reciclagem bastaria para salvarmos o nosso planeta e respondi que ajudaria muito a preservá-lo. Depois de muitos estudos cheguei a conclusão que a reciclagem é o fim do processo gerador de resíduos sólidos, sendo assim, quando determinado produto já foi gerado e possivelmente descartado é o fim do processo.

A reciclagem só é eficiente se a matriz geradora de energia for inferior a de sua criação. Isso quer dizer que se para produzir um pneu o gasto é de dez unidades de energia, para reciclá-lo deverá no máximo empatar essa mesma quantia.

E agora o que fazer? É na prevenção que está a resposta, na produção de produtos ecologicamente corretos no qual suas matrizes geradoras e recicladoras já foram estudadas e colocadas como custo de produção, formando o preço de determinado produto.

Hoje, quando alguma indústria lança um produto o primeiro pensamento é o preço competitivo, a facilidade na produção, entre outras coisas, mas não se em sua composição os materiais utilizados na fabricação serão de fácil reciclagem. Isso faz com que as indústrias e empresas transfiram o custo ambiental para o governo ou para nós contribuintes.

A reciclagem deveria ser um dos procedimentos para transformar resíduos sólidos em matéria-prima, evitando o esgotamento dos recursos naturais, que deve e será necessário no contexto atual.

Com a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS a prevenção será um dos fatores a serem implantados por meio da logística reversa, na qual o criador deverá dar fim à criatura. Sendo assim, a indústria ou empresa ao lançar um determinado produto deverá pensar se os componentes são de fácil reciclagem, pois a responsabilidade passa a ser deste produtor. O segundo passo é a responsabilidade compartilhada, em que todos os geradores de resíduos deverão se responsabilizar pelo seu descarte.

A reciclagem é a ferramenta para minimizar o impacto ambiental, tanto no uso de recursos naturais, quanto na devolução desses resíduos à cadeia produtiva. A prevenção é a melhor arma para a proteção do nosso planeta, por isso pense antes de sair consumindo sem motivo e seja adepto ao consumo consciente.

.Por:Alessandro Azzoni , consultor de meio ambiente e especialista em orçamento público. Formado em Ciências Econômicas, com pós-graduação em Mercado Financeiro Internacional na Suíça, Azzoni é conselheiro reeleito do CADES (Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz) Vila Mariana. Envolvido com diversas causas, é ainda coordenador da Comissão Socioambiental da Distrital Sudeste da Associação Comercial, membro do CONSEG (Conselho Comunitário de Segurança) e do conselho dos moradores em situação de rua da Vila Mariana, conselheiro do CADES Municipal pela Associação Comercial de São Paulo e do distrito sudeste.

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