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11/10/2012 - 07:14

Recente Reavaliação do CCA por Órgão Ambientais dos Estados Unidos (EPA*), Canadá (PRMA **), Austrália CSIRO***) e Nova Zelândia (ERMA****)

O CCA (arseniato de cobre cromatado), patenteado em 1933, é formado por três princípios ativos, à base de cobre, cromo e arsênio. De forma simplificada o arsênio protege a madeira contra insetos, o cobre atua como fungicida e o cromo, além de fixar esses dois elementos aos tecidos da madeira, também funciona como inibidor de corrosão nos conectores metálicos, normalmente empregados nos diversos processos construtivos. Desde a sua introdução no mercado, o CCA veio paulatinamente ganhando espaço entre produtores e usuários de madeira preservada, mercê das propriedades que lhes são inerentes. CCA é um dos mais efetivos preservativos químicos para a madeira, protegendo-a da degradação biológica, resultado do ataque de fungos e de insetos;

. a madeira tratada com CCA é um material inerte. Quando em uso ela não ataca fungos ou insetos, mas opõe resistência quando atacada por esses agentes, manifestando uma capacidade meramente defensiva;

.devido à sua capacidade de fixação nos elementos estruturais da madeira, protege-a, por largo curso, contra os agentes deterioradores, conferindo-lhe resistência superior a 40 anos, como mostram os dados de campo de apodrecimento implantados no Estado de São Paulo;

. o CCA é ainda o preservativo de madeira que apresenta a melhor relação custo-benefício, quando se leva em consideração o seu custo comparado com a longevidade e eficiência;

.é um produto químico limpo que não produz manchas, quando madeira com ele tratada é, acidentalmente, tocada;

.por ser um produto hidrossolúvel, a madeira tratada depois de seca, pode ser tingida, selada, envernizada ou pintada;

. a madeira tratada com CCA é inodora e por isso perfeitamente adaptável ao uso interior como em estruturas de telhados ou de casas tipo “wood-frame”;

. embora confira uma tonalidade esverdeada, a madeira tratada com CCA permite a visualização da beleza da grã da madeira em todas as suas variações.

Com todos esses atributos não é de se admirar que o CCA tenha se tornado o preservativo de madeira mais usado no mundo. Segundo estimativas feitas por Angus Currie (ex-presidente da SAWPA – South Africa Wood Preserver’s Association), mais de 400 milhões de metros cúbicos de madeira já foram tratados com este preservativo.

. Não obstante todo esse cartel de serviços, sob pressão dos órgãos que compõem o movimento ambientalista e de algumas agências reguladoras do meio ambiente, no início de 2004, as empresas americanas produtoras de preservativos, através da AWPA (American Wood Protection Association) concordaram com a retirada consensual do CCA para utilizações em algumas aplicações residenciais, até que futuros dados científicos ensejem discussões mais esclarecedoras.

Mais recentemente (2008-2009), uma reavaliação dessas informações científicas por parte das entidades mencionadas no capítulo deste trabalho, tornou aceitável o registro continuado do CCA para as classes de uso que contemplam madeira em contato com o solo, desde que obedecidas as orientações de uso e de manuseio deste produto e da madeira com ele tratada, que passaram a ser de uso obrigatório na rotulagem desses produtos e nos manuais de operação de usinas. Tal medida propiciou o re-registro do CCA e foi adotada também em função das limitações apresentadas pelas alternativas disponíveis que têm deixado muito a desejar.

Embora alguns riscos ocupacionais tenham sido identificados durante esta reavaliação, o risco determinado certamente superestima àqueles a que estão expostos trabalhadores e usuários de madeira tratada com CCA, porque a análise foi fundamentada em dados anteriores a implementação feita em vários países (entre eles o Brasil), das Boas Práticas de Fabricação, por parte da indústria de preservação de madeiras. Cabe ressaltar que as medidas de rotulagem, anteriormente mencionadas e as Boas Práticas de Fabricação já vêm sendo adotadas pela Montana Química S.A. nas suas bulas, Manuais de Operação de Usina e Cursos de Treinamento ofertados aos seus clientes, fortalecendo a parceria com eles estabelecida.

No caso do CCA os pontos básicos dessas boas práticas são: . existência de uma área de gotejamento (“drip-pad”), para onde as vagonetas de madeira recém-tratada são encaminhadas até a eliminação do excesso de solução preservativa seja captado por um sistema de dutos e redirecionado para o tanque reservatório. Com isso reduz-se substancialmente a contaminação do solo;

. respeito irrestrito ao período de fixação dos princípios ativos dos preservativos multi-salinos (em torno de 10-20 dias para o CCA e CCB-O);

. uso obrigatório dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) exigidos por lei;

. estrita obediência às regras de manuseio e descarte da madeira tratada: por exemplo, a madeira tratada e usada jamais deve ser incinerada em instalações domésticas;

. no âmbito das Usinas de Preservação de Madeiras (UPM’s) as normas de segurança devem ser rigorosamente cumpridas.

Como se pode observar, os maiores cuidados ficam circunscritos à área onde se processa o tratamento da madeira. Fora da usina, ou seja na esfera de atuação do usuário da madeira tratada os cuidados são menores e dizem respeito ao manuseio e descarte dos eventuais resíduos, quando a madeira tratada é furada ou entalhada e ao fim de sua vida útil, quando este material deve ser re-usado, reciclado ou descartado.

Corroborando o que foi dito, é muito oportuna a citação de trecho da página 37 do Documento da EPA (EPA 738-R-08-006) “Reregistration Elegibility Decision for Chromated Arseniacals”, de setembro de 2008, que pode ser traduzido literalmente da seguinte forma:

“Por isso, após uma completa avaliação de riscos e benefícios, a EPA determinou que o uso dos preservativos de madeira à base de cromatos arseniacais não apresenta riscos, que não sejam razoáveis, a seres humanos ou ao meio ambiente, desde que (1) sejam implementadas as medidas de redução de riscos, (2) as recomendações de rótulo sejam feitas conforme descrição feita na Seção V e (3) tenham continuidade os estudos que permitam a obtenção de dados confirmatórios.”

Essas considerações técnicas estariam incompletas se não estivessem referendadas pela opinião de gabaritados profissionais da área de saúde humana, como algumas, a seguir apresentadas:

“Mesmo com hipóteses simplificadas que provavelmente superestimam o risco envolvido, a nossa avaliação é de que os riscos para a saúde, representados pelo arsênio na madeira tratada com CCA estão em conformidade com os padrões da Agência de Proteção Ambiental”. Dra. Barbara Beck, toxicologista da Gradient Co.

“Eu gostaria que existisse mais arsênio no solo do que tenho visto em trabalhos científicos ou na imprensa, antes do que qualquer tipo de ameaça a saúde de crianças pudesse ocorrer... Reconheço que este é um produto que é muito útil e seguro quando usado em condições adequadas.” “Como marido e pai de dois filhos jovens, com brinquedos de madeira tratada no quintal, não planejo mudanças. Este produto tem sido usado com segurança durante gerações, de forma que não vejo nenhuma razão pela qual não possa continuar a ser usado no futuro.” Dr. Christopher Teaf, diretor do programa de toxicologia da Universidade da Florida, EUA

“Sob condições normais e previsíveis para uso de brinquedos e decks de madeira tratada não existe nenhuma hipótese pela qual uma criança ou qualquer outra pessoa venha a contrair câncer ou algum problema neurológico decorrente deste tipo de exposição; isto não faz qualquer sentido tanto do ponto de vista médico como científico. Não há evidências de que a exposição normal à madeira tratada com CCA represente aumento de risco à saúde.” Alan H. Hall, M.D., FACEP, Toxicologista Médico certificado

“Achamos que não há risco para a saúde humana... Ainda não foram encontradas evidências de que um ser humano tenha sido prejudicado. Não há evidências que comprovem que crianças estejam expostas a níveis tóxicos de arsênio pelo fato de brincarem em contacto com madeira tratada sob pressão.” Dr. Gilbert Ross, médico e diretor executivo do Conselho Americano de Ciência e Saúde

“Vê você procurar por registros de segurança e efeitos para a saúde, descobrirá que este é um produto muito seguro. Dr. Gaylord Lopez, diretor do Centro de Controle de Venenos da Georgia.

“Não há exemplos documentados, que descrevam um comprometimento da integridade biológica associado ao uso de qualquer forma de madeira tratada, incluindo madeira tratada com CCA.” Dr. Kenneth Brooks – Ciência dos Ambientes Aquáticos.

. Environmental Working Group. Poisened Playgrounds: Arsenic in presure-treated wood. 2001.

. Gradient Corporation. Evaluation of human health risks from exposure to arsenic associated with CCA-treated wood. 2001.

. Re-evatuation Decisio RVD2011-06, Heavy Duty Wood Preservatives: Creosote, Pentachorophenol, Chromated Copper Arsenate (CCA) and Ammoniacal Copper Zinc Arsenate (ACZA). Pest Management Regulatory Agency. 23p. June 2011.

. Roberts, SM, Ochoa, H. Conncentration of dislodgeabeble arsenic on CCA-treated wood. Letter to Florida Department on Environmental Protection. 2001

. South Africa Wood Preserver’s Association. Class 1 Review of Red Label Pesticides – Motovation for the Use of CCA as an Industrial Wood Preservative in South Africa. 12p. 2009

.U.S. EPA – Reregistration Eligibility Decision for Chromated Arsenicals. EPA Document 739-R-08-006. 50 p. September 2008. Tratamento_madeira-em-autoclave.jpg

.Por: Dr. Ennio Lepage, consultor técnico da Montana Química S.A.

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