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16/10/2012 - 07:40

Legislação restritiva à compra de terras por empresas estrangeiras afeta investimentos no setor de celulose e papel

Dirigentes da indústria brasileira e internacional, presentes ao ABTCP 2012, apontaram a nova legislação como um dos desafios do setor e entrave aos investimentos.

O projeto de lei que restringe a compra de terras por empresas estrangeiras é um dos desafios dos fabricantes de celulose e papel no Brasil. Além de retardar ou afetar decisões de investimentos de grupos multinacionais já instalados no mercado brasileiro, o projeto de lei em tramitação no Congresso também pode prejudicar o ingresso de outras multinacionais no País. Estes foram alguns pontos observados por especialistas e empresários durante o ABTCP 2012 – 45º Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel, maior evento do setor na América Latina, promovido pela ABTCP (Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel), entre os dias 09 e 11 de outubro.

O diretor industrial do Grupo Portucel - um dos maiores conglomerados do setor da Europa e que possui a maior planta integrada da região -, Carlos Vieira, observou que a lei restritiva à compra de terras por estrangeiros prejudicou os estudos da empresa de investir na abertura de uma planta local. “O Brasil não nos deixa entrar no mercado”, comentou durante o ABTCP 2012.

O projeto de lei que trata da compra de terras por estrangeiros – destacou, no primeiro dia do evento, Carlos Farinha e Silva, vice-presidente do Grupo Pöyry e membro do conselho da ABTCP - é uma das questões que requerem definições urgentes, juntamente com o novo Código Florestal Brasileiro e a legislação sobre o papel imune. “Não podemos viver em um clima de incerteza, e essas questões precisam ser definidas com urgência, sob o risco dos investimentos serem prejudicados”, destacou Farinha e Silva.

O presidente do conselho deliberativo da Bracelpa – Associação Brasileira de Celulose e Papel, José Luciano Penido, também destacou, na abertura do ABTCP 2012, que a questão da compra das terras por estrangeiros é um dos desafios do setor, ao lado de questões como o câmbio – ainda distante de um patamar de equilíbrio -, a dificuldade crônica de infraestrutura, a energia cara e o sistema tributário complexo e pesado.

Estimativa da Bracelpa é que cerca de US$ 10 bilhões a US$ 12 bilhões em recursos para o setor estão represados em razão da indefinição da questão da compra de terras por estrangeiros. Essa incerteza poderá levar o Brasil a perder competitividade no médio prazo e a deixar atrair investimentos, alerta a entidade.

O ABTCP 2012 – 45º Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel está sendo realizado pela ABTCP em parceria com as congêneres Tecnicelpa (Associação Portuguesa dos Técnicos das Indústrias de Celulose e Papel) e Riadicyp (Associação Ibero-americana de Docência e Investigação em Celulose e Papel) e conta com a participação de fabricantes do setor e ações institucionais sobre a sua fundação em seu estande.

A novidade desta edição fica por conta do Ciadicyp – Congresso Ibero-Americano de Investigações em Celulose e Papel –, importante evento do setor já organizado anteriormente na Argentina, Espanha, Chile, México e Portugal. Sob o tema Grandes Desafios na Pesquisa e Tecnologia de Materiais Lignocelulósicos e de Celulose e Papel, o Congresso tem sessões técnicas sobre automação e controle de processo; celulose; engenharia e manutenção; meio ambiente; papel; recuperação e utilidades.

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