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17/10/2007 - 15:06

Lloyd's of London na frente para abertura do setor de Seguros e Resseguros no Brasil


A regulamentação do mercado ainda está a caminho no Brasil, mas a Globalização desafia a corrida, diz o Lorde Peter Lavene em visita ao Rio de Janeiro.

O Brasil está na mira do Lloyd's porque é um mercado promissor, faz parte do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), tem estabilidade econômica e democracia completa na América do Sul.

Segundo o Lord Peter Lavene que visitou a Federação Nacional de Seguros (Fenaseg), a Superintendência de Seguros Privados (Susep), fez palestra e deu entrevista coletiva na Escola Nacional de Seguros e se encontrou com o governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, empresários e representantes do setor, disse que até 2010, o mercado segurador deverá atingir um total de investimentos (patrimônio líquido mais provisões técnicas) de R$ 348 bilhões. E considera mercado brasileiro um dos mais atraentes para Seguros e Resseguros para segmentos específicos como a Energia, Petróleo, Aviação e a Indústria de Tecnologia de Ponta, Inovação, etc.

Ele ainda observou que hoje os atores são globais e a indústria brasileira necessita ser internacional para atender às demandas. É de extrema urgência investir em padrões globais e um arcabouço regulatório global. “A atualização da legislação pode levar tempo para se adaptar a todas estas mudanças, mas o quadro atual exige mais eficiência e diálogo entre os reguladores nacionais, bem como o desenvolvimento de padrões internacionais, dentro os quais os da Associação Internacional de Supervisores de Seguros (IAIS)”, completou.

Também parte da comitiva, José Ribeiro, diretor de Mercados Internacionais e de Desenvolvimento de Negócios do Lloyd's of London, responsável pela promoção mundial do Lloyd's, buscando novas oportunidades de negócios e monitorando o desenvolvimento de mercados emergentes.

“O Lloyd´s é um importante mercado para colocação dos excedentes à retenção nacional. Com mais de 300 anos de existência e receita anual de prêmios da ordem de US$ 50 bilhões, o Lloyd´s funciona como um grande mercado de seguros e resseguros, tendo entre suas especialidades os grandes riscos, catástrofes, setor de energia, incluindo petróleo e eletricidade e também novos tipo de seguros, dependendo da avaliação de cada caso, que poderá ser até setor como o de agronegócio” lembrou.

O funcionamento se dá com 67 diferentes entidades seguradoras que operam no mercado Lloyd's, os chamados sindicatos, com uma total capacidade de subscrição em prêmios de seguro e resseguro acima de US$ 30 bilhões, e 42 agentes administrativos. O resseguro responde por 35% dos prêmios no Lloyd´s. Os Estados Unidos são o país onde o Lloyd´s possui maior atuação, seguido do Reino Unido. José Ribeiro contou ainda que o Lloyd´s está em processo de expansão. Em abril deste ano abriu o Lloyd´s China, para operar em resseguro, em Shangai. Em agosto, chegou a marca de sete sindicatos operando na sua plataforma na Ásia, em Cingapura. - Quanto o Brasil, terá que aguardar a regulamentação do setor, mas já planejam abrir escritório no país em 2008 – adianta.

O Lloyd's já atua na América Latina e responde por 11% do prêmio global. No Brasil funciona basicamente por meio do programa de “property” com o IRB Brasil Re. “Neste momento nosso enfoque é o Brasil. Podemos apoiar no desenvolvimento e no crescimento do resseguro no Brasil e estamos ansiosos para apoiar e atender às suas necessidades”,enfatizou.

Durante o jantar com governador Sérgio Cabral e inúmeros empresários do ssetor de seguros e resseguros e representante do setor, como João Elisio Ferraz de Campos, presidente da Fenaseg, foi lembrado que governador Sérgio Cabral acaba de sancionar, a Lei nº. 5.107, que institui o programa Pólo Internacional de Seguros e Resseguros no Estado do Rio de Janeiro. De acordo com a Lei, estarão sob os efeitos da sanção as seguradoras e resseguradoras, corretoras de Seguros e Resseguros, e empresas que contém no objeto social auditoria, estatísticas atuariais, regulação de sinistros ou administração de riscos em seguros e resseguros.

“O Estado do Rio de Janeiro deu a largada e cabe agora ao Poder Executivo propor incentivos para as empresas do setor e regulamentar esta lei por meio de normas complementares para o seu cumprimento”, ressalta o governador.

E a Superintendência de Seguros Privados (Susep) divulgou no dia 15 de outubro (segunda-feira), cinco editais colocando em audiência pública minutas de Resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) contendo regras e procedimentos, entre outras providências, para o funcionamento de sociedades resseguradoras locais no País.

O mercado segurador tem até o próximo dia 14 de novembro para enviar à Susep sugestões e comentários acerca dos seguintes editais de audiência pública: nº 6/2007, que dispõe sobre constituição das provisões técnicas das sociedades resseguradoras locais; nº 7/2007, sobre capital mínimo requerido para autorização e funcionamento dos resseguradores locais; nº 8/2007, que estabelece normas sobre o capital adicional baseado nos riscos de subscrição dos resseguradores locais; nº 9/2007, relativo aos limites de retenção dos resseguradores locais; e nº 10/2007, a respeito da atividade de resseguro, retrocessão e sua intermediação.

As minutas estão disponíveis no site da Susep (www.susep.gov.br) e os interessados em participar da audiência pública devem enviar sua mensagem para [email protected], utilizando, para isso, quadro padronizado para apresentação de comentários e sugestões também disponível na internet.

Ao final da audiência pública, a Susep fará uma reunião pública para divulgar o resultado da análise das sugestões apresentadas.

Perfil - O Lorde Peter Levene foi eleito presidente do Lloyd's of London, o principal mercado de seguros e resseguros do mundo, em novembro de 2002. Nesse cargo, preside o Conselho e a Diretoria de Franchise do Lloyd's.

Peter Levene teve uma extensa e variada carreira nos ramos de negócios, governos e bancos. Recentemente, serviu como vice-presidente do Deutsche Bank, um dos principais fornecedores de serviços financeiros do mundo, com um posicionamento particularmente forte no mercado bancário europeu. Antes disso, era presidente da Bankers Trust International e já trabalhou com o Morgan Stanley e o Wasserstein Perella.

Peter Levene começou sua carreira na Indústria de Defesa em uma companhia pequena que se tornou o United Scientific Holdings, um substancial fornecedor aos Ministérios da Defesa do Reino Unido e de outros países estrangeiros. Em resultado disso, foi convidado pelo secretário de Defesa, Michael Heseltine, a atuar como consultor particular do Ministério da Defesa e, logo depois, como secretário permanente, exercendo função de chefe de Aquisições da Defesa, posição que ocupou por seis anos. A partir de então, exerceu diversos cargos governamentais como consultor do ministro de Estado do Meio Ambiente, do presidente da Diretoria de Comércio, e do ministro das Finanças. Também foi consultor do primeiro ministro em assuntos de Eficiência e Eficácia de 1992 a 1997. Durante esse período, também serviu como presidente da Docklands Light Railway e, depois, presidente e chefe executivo da Canary Wharf Ltda.

Ele é vereador e magistrado da City de Londres e serviu como funcionário municipal de alto escalão entre 1995-1996. Também foi Lord Mayor de Londres entre 1998-1999, onde presidiu na Corporação da City, além de apoiar e promover a Cidade de Londres como um centro financeiro internacional. Recebeu o título de Lorde em 1989 e tornou-se Membro Permanente da Câmara dos Lordes em julho de 1997.

Peter Levene atualmente mantém quatro diretorias não-executivas, a Presidência da General Dynamics UK Limited, além de ser membro das diretorias do Haymarket Group Ltda., Total S.A., e do Banco de Construção da China. Lavene também é presidente dos Serviços Financeiros Internacionais de Londres (anteriormente conhecidos como "British Invisibles"). Ele é casado, tem três filhos e fala francês, alemão e italiano.

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