Bancos avaliam risco e imagem na hora de financiar um projeto

Congresso da ABAI terminou hoje em São Paulo e trouxe representantes de instituições financeiras para debater o tema avaliação de impacto .

O impacto ambiental dos projetos financiados é uma preocupação das instituições financeiras do Brasil e do mundo. O assunto foi tema da mesa de encerramento do 1º Congresso Brasileiro de Avaliação de Impacto, organizado pela Associação Brasileira de Avaliação de Impacto (ABAI), que terminou no dia 19 de outubro (sexta-feira), em São Paulo.

Cristiane Ronza, analista do HSBC Brasil, afirmou que os bancos avaliam os riscos financeiros e de imagem na hora de conceder um financiamento. "Nenhum banco quer sua imagem vinculada a um problema social ou afronte aos direitos humanos. Por isso, muitas vezes, uma obra tem licença ambiental, mas o financiamento não é aprovado, porque os riscos sociais existem e são latentes".

Ao todo, 75 bancos, de diversos países, participam dos Princípios do Equador, programa de gerenciamento, que determina regras mundiais de risco de crédito. "Isso faz com que um mesmo padrão seja criado e as decisões tomadas de forma mais unanime", disse Valéria Gomes de Andrade, analista sênior de avaliação de risco socioambiental do Banco Itaú BBA.

"O órgão ambiental verifica o projeto em si. Já o banco não. Ele avalia também a expansão ambiental da empresa como um todo e se a mesma traz resultados positivos para a sociedade", disse Eric Shayer, especialista ambiental sênior do World Bank Group (IFC).

Perfil-A ABAI, organizadora do congresso, tem por missão a excelência nas atividades técnicas, científicas, educacionais, político-institucionais, assistenciais e gerenciais que contribuam para o desenvolvimento do campo da avaliação de impacto no Brasil.[ http://avaliacaodeimpacto.org.br].