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24/10/2012 - 21:28

Novo medicamento para o Tratamento de Câncer Colorretal Metastático é aprovado pelo FDA dos EUA

Stivarga® (regorafenibe), da Bayer Healthcare, demonstrou, em um estudo multicêntrico Fase III, ampliar a sobrevida global em pacientes com câncer colorretal metastático (CCRm), cuja doença havia progredido após tratamentos anteriores.

A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA aprovou os comprimidos Stivarga® (regorafenibe) para o tratamento de pacientes com câncer colorretal metastático (CCRm) que haviam sido anteriormente tratados com as terapias atualmente disponíveis (incluindo quimioterapia à base de fluoropirimidina, oxaliplatina e irinotecano, uma terapia anti-VEGF e, se KRAS do tipo selvagem, uma terapia anti-EGFR). A aprovação do Stivarga baseia-se nos resultados do estudo Fase III (CORRECT), o qual demonstrou melhoria estatisticamente significativa na sobrevida global (SG) e sobrevida livre de progressão (SLP) em comparação a placebo em pacientes com CCRm, cuja doença havia progredido após terapias-padrão aprovadas. O Stivarga é um inibidor oral multiquinase que inibe várias quinases dentro dos mecanismos envolvidos no crescimento e progressão de tumores – angiogênese, oncogênese e o microambiente do tumor.

“A aprovação nos EUA do Stivarga é um marco importante para a Bayer, pois é a primeira aprovação desse inovador tratamento contra o câncer que atende a uma necessidade médica significativa não atendida no tratamento de câncer colorretal metastático”, afirmou o Dr. Jörg Reinhardt, presidente mundial da Bayer HealthCare. “A Bayer faz investimentos significativos para oferecer aos pacientes e seus médicos terapias inovadoras para uma vida melhor. Com o Stivarga, estamos ampliando nossa carteira de produtos em oncologia, contribuindo significativamente para o crescimento futuro de nossa empresa”.

“A aprovação do regorafenibe é uma adição aos tratamentos de que dispomos para câncer colorretal metastático, importante para pacientes que não possuem outras opções”, afirmou Heinz-Josef Lenz, Médico, FACP, investigador do CORRECT e diretor associado de pesquisas clínicas e co-líder do Programa de Cânceres Gastrointestinais no USC Norris Comprehensive Cancer Center. “No estudo Fase III CORRECT, o medicamento demonstrou prolongar a sobrevida e diminuir a progressão do câncer em pacientes cuja doença havia progredido após o tratamento com as terapias atualmente disponíveis. Oferece aos pacientes uma outra forma de combater esse câncer”.

No ensaio Fase III CORRECT (Câncer colorretal tratado com regorafenibe ou placebo após fracasso da terapia-padrão), o regorafenibe associado ao melhor tratamento de suporte (BSC ou best supportive care) melhoraram significativamente a SG (HR=0.77, p=0.0102) e SLP (HR=0.49, p < 0.0001) em comparação ao placebo mais BSC. A SG mediana foi de 6.4 meses com regorafenibe versus 5.0 meses com placebo; a SLP mediana foi de 2.0 meses com o regorafenibe versus 1.7 mês com placebo. Os dados também demonstraram um benefício de sobrevida (SG e SLP) no lado do regorafenibe praticamente em todos os subgrupos analisados. Nenhuma diferença foi observada no índice de resposta geral. Cinco pacientes (1%) no grupo do regorafenibe e um paciente (0.4%) no grupo do placebo tiveram respostas parciais. Relatou-se o histórico da avaliação KRAS para 729 pacientes (96%); relatou-se que 430 (59%) desses pacientes tiveram mutação KRAS. As reações adversas a medicamento mais frequentemente observadas (?30%) nos pacientes que receberam regorafenibe foram astenia/fadiga, diminuição do apetite e aporte alimentar, reação cutânea palmo-plantar / eritrodisestesia palmar-plantar, diarreia, mucosite, perda de peso, infecção, hipertensão e disfonia. As reações adversas a medicamento mais graves em pacientes que receberam regorafenibe foram hepatotoxicidade, hemorragia e perfuração gastrointestinal.

Os dados primários de segurança e eficácia desse ensaio foram apresentados pela primeira vez no Simpósio Anual de Cânceres Gastrointestinal da Sociedade Norte-Americana de Oncologia Clínica (ASCO-GI) em janeiro de 2012, e outros dados foram apresentados na Reunião Anual ASCO em junho de 2012.

O Stivarga foi desenvolvido e analisado segundo o programa fast track, tendo recebido a designação de análise de prioridade da FDA. Essas designações são outorgadas pela FDA visando acelerar o desenvolvimento e análise de medicamentos para o tratamento de graves doenças e para atender à necessidade médica não atendida (fast track), concedidas a medicamentos que ofereçam grandes avanços no tratamento ou que ofereçam um tratamento quando não há nenhuma terapia adequada (análise de prioridade).

Câncer Colorretal -O CCR é o quarto câncer mais comum no mundo inteiro, com mais de um milhão de casos a cada ano. A taxa de mortalidade do CCR é de aproximadamente metade de sua incidência global. A estimativa de sobrevida de cinco anos para o CCR em média é de 55%, porém é bastante variável, dependendo do estágio da doença (de 74% dos pacientes com doença Estágio I a somente 6% para pacientes no Estágio IV).

No CCRm, a condição KRAS é um biomarcador importante, podendo ser um elemento de previsão da resposta ao tratamento. Aproximadamente 40% dos cânceres colorretais são caracterizados por mutações no gene KRAS. Algumas das terapias CCR atualmente disponíveis demonstraram eficácia somente em pacientes sem mutações KRAS (KRAS selvagem).

O CORRECT foi um estudo Fase III, internacional, multicêntrico, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo com 760 pacientes com CCRm inscritos, cuja doença havia progredido durante ou dentro de três meses após a última administração das terapias-padrão aprovadas. Os pacientes foram randomizados de forma a receber regorafenibe mais BSC ou placebo mais BSC, respectivamente. Os ciclos de tratamento foram compostos por 160 mg de regorafenibe (ou placebo equivalente), uma vez por dia, por três semanas, seguida por 1 semana de “descanso” sem tratamento (total de 4 semanas), mais BSC.

Stivarga® (regorafenib) -O Stivarga® é um inibidor oral multiquinase que inibe várias quinases dentro dos mecanismos envolvidos no crescimento e progressão de tumores – angiogênese, oncogênese e microambiente do tumor. Em estudos pré-clínicos, o Stivarga inibe diversas tirosina-quinases de receptores VEGF que desempenham uma função na neoangiogênese do tumor (o crescimento de novos vasos sanguíneos). Também inibe várias quinases oncogênicas e do microambiente do tumor, incluindo VEGFR 1-3, KIT, RET, PDGFR e FGFR, que individual e coletivamente afetam o crescimento do tumor, formação de microambiente estromal e progressão da doença.

Também foi protocolado pedido para obter aprovação de comercialização para o regorafenibe para o tratamento de CCR metastático na UE em maio de 2012. O NDA do regorafenibe para o tratamento de CCR avançado protocolado no Japão em junho de 2012 recebeu análise de prioridade.

O regorafenibe também está sendo investigado para tumores estromais gastrointestinais (GIST) não ressecáveis e/ou metastáticos para pacientes cuja doença tenha progredido, apesar do tratamento anterior com imatinibe e sunitinibe. Os dados positivos do estudo Fase III que demonstram aumento significativo na SLP foram apresentados na Reunião Anual ASCO 2012. O regorafenibe recebeu a designação de medicamento órfão e a designação Fast Track da FDA para esse tipo de tumor. A Bayer protocolou um pedido de novo medicamento junto à FDA para o regorafenibe para GIST em agosto de 2012.

A Bayer HealthCare Pharmaceuticals, divisão da Bayer HealthCare, reúne 38 mil funcionários, em mais de 150 países e está entre as 10 maiores corporações de especialidades farmacêuticas do mundo com faturamento anual superior a €10 bilhões. A Bayer HealthCare Pharmaceuticals é formada pela união mundial da Bayer e da Schering AG, oficializada em 2006. A unidade brasileira é a sua maior subsidiária na América Latina. A atuação no Brasil contempla diferentes áreas de negócio: Saúde Feminina, Medicina Especializada, Medicina Geral e Radiologia & Intervenção.

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