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27/10/2012 - 09:37

Petrobras atinge lucro líquido de R$ 5,567 bilhões no 3T12


O lucro líquido no terceiro trimestre de 2012 alcançou R$ 5,567 bilhões e o Ebitda somou R$14,375 bilhões, 36% superior ao apurado no trimestre anterior. Esse resultado reflete os reajustes nos preços da gasolina (7,83% em junho) e diesel (3,94% em junho e 6% em julho), menores gastos com baixas de poços secos ou subcomerciais e a estabilidade cambial no período. A utilização da capacidade nominal das refinarias brasileiras atingiu 98%, com maximização da produção de diesel. Houve aumento de 2% na carga fresca processada e recorde de processamento no dia 12 de agosto, quando a carga total processada foi de 2 milhões e 101 mil barris/dia.

De acordo com o comunicado da empresa, o lucro líquido nos nove meses de 2012 foi de R$ 13 bilhões 435 bilhões. Resultado 52% inferior ao do mesmo período de 2011, refletindo a depreciação cambial, maiores despesas operacionais (especialmente com baixa de poços secos e subcomerciais no segundo trimestre de 2012) e maior participação de derivados importados no volume de vendas.No acumulado do ano, o Ebitda totalizou R$ 41 bilhões 495 milhões, 14% menor que em 2011. A produção total de petróleo e gás natural, no Brasil e no exterior, permaneceu estável Em comparação a 2011. No entanto, a produção doméstica de petróleo é inferior à do mesmo período do ano passado (-2%), em função principalmente de paradas operacionais. Em setembro entrou em operação o FPSO Cidade de Anchieta, dando início à produção no campo de Baleia Azul, no pré- sal da Bacia de Campos. A produção atual é de 42 mil bpd A Companhia, pelo sétimo ano consecutivo, foi selecionada para integrar o Dow Jones Sustainability Índex, o mais importante índice mundial de sustentabilidade.

“Lucro líquido atingiu R$ 13 bilhões 435 milhões nos primeiros nove meses de 2012 – Este valor é 52% inferior ao apurado no mesmo período de 2011. O resultado foi diretamente impactado pela depreciação cambial ocorrida no período e seu efeito sobre o endividamento líquido da Companhia, o que levou a um forte aumento das despesas financeiras líquidas (R$ 6 bilhões 511 milhões nos primeiro nove meses de 2012, contra R$ 278 milhões no mesmo período de 2011). O aumento das despesas operacionais (+22%) também contribuiu para a queda do resultado, principalmente devido aos gastos com baixas de poços secos ou subcomerciais ocorridas no segundo trimestre deste ano. Apesar dos excelentes níveis de eficiência operacional no parque de refino, com 96% de utilização da capacidade e aumento na produção de diesel, o forte crescimento da demanda doméstica levou a um aumento da importação de derivados. Essa maior participação de produtos importados nas vendas nacionais também afetou o resultado do período. Esse efeito foi parcialmente compensado pelos reajustes nos preços da gasolina e do diesel realizados em novembro de 2011 e junho e julho de 2012, que impactaram positivamente a receita de vendas no período. No acumulado do ano, a geração de caixa operacional medida pelo Ebitda atingiu R$ 41 bilhões 495 milhões, 14% inferior ao mesmo período de 2011”, relata o comunicado da direção da empresa.

“Lucro líquido de R$ 5 bilhões 567 milhões no terceiro trimestre de 2012 – Esse resultado indica uma significativa melhora em relação ao trimestre anterior. Os reajustes nos preços da gasolina (7,83% em junho) e diesel (3,94% em junho e 6% em julho) e a estabilidade cambial no trimestre contribuíram para o melhor resultado. O menor impacto cambial sobre o endividamento levou à redução das despesas financeiras líquidas, que passaram de R$ 6 bilhões 407 milhões no segundo trimestre para R$ 569 milhões no período. Houve aumento dos custos de extração de petróleo e refino, em função de maiores gastos com manutenção nos sistemas de produção e refinarias e aumento de gastos com pessoal, decorrente do Acordo Coletivo de Trabalho 2012. Este aumento de custos foi compensado pela redução nos gastos com baixas de poços secos ou subcomerciais (redução de R$ 1 bilhão 893 milhões). No trimestre, o Ebitda somou R$14 bilhões 375 milhões, 36% superior ao apurado no trimestre anterior”, continua.

Produção de petróleo e gás natural – A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil e no exterior atingiu, entre janeiro e setembro de 2012, a média diária de 2 milhões 592 mil barris de óleo equivalente (boe), volume 1% inferior ao produzido no mesmo período de 2011.

No Brasil, a produção total de petróleo diminuiu 2% na comparação entre os nove primeiros meses de 2012 e 2011, alcançando 1 milhão 980 mil boed devido às paradas operacionais e ao declínio natural da produção, que foram compensados, em parte, pelo aumento da produção do campo de Lula. A produção de gás natural aumentou 5% em virtude do crescimento da produção nos campos da Bacia de Santos (Uruguá- Tambaú e Mexilhão).

Na comparação entre o segundo e o terceiro trimestre de 2012, a produção total de petróleo e LGN no Brasil caiu 3%, reduzida em 66 mil bpd, devido a paradas programadas que duraram mais tempo que o esperado, problemas operacionais que impactaram especialmente o mês de setembro, além do declínio natural da produção (57 mil bpd). A redução foi parcialmente compensada pelo aumento de produção do campo de Lula (+9 mil bpd), pelo início de produção do campo de Baleia Azul (+6 mil bpd) e pelos resultados do Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos - PROEF (+17 mil bpd).

Existe expectativa de recuperação da produção de óleo e LGN no Brasil no quarto trimestre de 2012, com aumento da eficiência operacional na Unidade Operacional da Bacia de Campos e previsão de produção acima de 2 milhões de bpd para o fim do ano.

Investimentos principalmente nas atividades de exploração e produção – Foram investidos entre janeiro e setembro deste ano R$ 59 bilhões 808 milhões, aplicados principalmente no segmento de Exploração e Produção (52%). Os investimentos foram direcionados, principalmente, ao aumento da capacidade produtiva, à modernização e ampliação do parque de refino e à integração e expansão dos sistemas de transporte. O montante em dólares se manteve estável em relação ao ano anterior.

Preços de petróleo e derivados – Na comparação com os primeiros nove meses de 2011, o preço do petróleo Brent se manteve estável, porém, devido à desvalorização cambial, o preço calculado em reais aumentou 18%. A diferença entre a cotação do petróleo nacional e o Brent foi reduzida de US$ 9,98/barril entre janeiro e setembro de 2011 para US$ 6,09/barril no mesmo período de 2012, em consequência da valorização do óleo pesado em relação ao leve. Assim, o preço médio do petróleo nacional vendido pela Petrobras aumentou 4% em dólares e 22% em reais.

O preço médio dos derivados no mercado interno cresceu 10% em reais no comparativo entre janeiro e setembro de 2012 e 2011, refletindo o reajuste da gasolina e do diesel, em 10% e 2%, respectivamente, em novembro de 2011 e os reajustes de 7,83% em junho para a gasolina e 3,94% em junho e 6% em julho para o diesel.

Recorde de processamento nas refinarias – “Diante do crescimento da demanda no Brasil, a Petrobras vem empreendendo esforços para otimizar o aproveitamento de suas refinarias e maximizar a produção de derivados, principalmente diesel e gasolina. A Companhia melhorou os indicadores operacionais do refino, alcançando no terceiro trimestre 98% de utilização da capacidade nominal nas refinarias no Brasil, com maximização da produção de diesel visando a reduzir a necessidade de importações.

Entre janeiro e setembro de 2012 houve aumento de 6% na produção de derivados no Brasil em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando 1 milhão 992 mil barris por dia. No trimestre, a produção foi de 2 milhões e 26 mil barris por dia, um crescimento de 1% em relação ao segundo trimestre de 2012, e de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. A entrada das unidades de coque e HDT da Repar melhorou significativamente o perfil e volume de produção da refinaria',explica a direção, em comunicado.

Aumento das vendas de derivados e gás natural no mercado interno - O volume de vendas de derivados no mercado interno foi 7% superior aos nove meses de 2011, totalizando 2 milhões 252 mil barris por dia. Destaca-se o aumento das vendas de diesel em 6%, impulsionadas principalmente pela elevação da atividade econômica e de 19% da gasolina, por conta do crescimento da frota, associado à vantagem do preço da gasolina em relação ao etanol, e à redução do teor de etanol hidratado na gasolina C (de 25% para 20%), a partir de outubro de 2011. As vendas do querosene de aviação (QAV) subiram 6%, refletindo o crescimento do setor de aviação. “A venda de gás natural cresceu 11%, refletindo a maior demanda termelétrica, devido ao menor nível dos reservatórios das hidrelétricas, bem como a substituição do óleo combustível, cuja demanda diminuiu 6%. No trimestre, o crescimento das vendas de derivados foi de 5%, com destaque para o consumo de diesel, que aumentou 8% e foi atendido pelo aumento da produção nas refinarias, o que possibilitou uma ligeira redução de sua importação”, informou.

Balança Comercial da Petrobras impactada pelo aumento das importações de derivados – Entre janeiro e setembro de 2012, houve aumento de 7% nas importações de derivados para atender ao crescimento da demanda interna, principalmente da gasolina e do diesel. Houve redução de 5% nas exportações de derivados, principalmente óleo combustível, devido à sua conversão em diesel para atender ao mercado interno. As exportações de petróleo recuaram 9% no comparativo entre os primeiros nove meses do ano de 2012 em relação a 2011, em função da menor produção de petróleo e ao aumento da carga fresca processada nas refinarias. Houve também maior importação de petróleo, visando adequar o perfil de refino às necessidades do mercado interno e reduzir a necessidade de importação de derivados. O déficit comercial de petróleo e derivados da Petrobras nos nove meses de 2012 alcançou 164 mil bpd.

No trimestre, houve aumento das importações de derivados, principalmente gasolina, visando atender ao= crescimento do mercado interno, com ligeira redução do nível de importação de diesel devido ao aumento da produção nas refinarias. As importações de petróleo aumentaram, com o objetivo de adequar o perfil de produção de derivados à demanda interna. As exportações de petróleo cresceram 7%, em 24 mil bpd, por meio da redução nos estoques, e as exportações de derivados diminuíram para suportar o crescimento da demanda no mercado interno. A menor exportação de derivados e a maior importação de petróleo e derivados impactou a balança comercial, que fechou com déficit de 271 mil bpd no trimestre.

Custo de extração e de refino – O custo de extração sem participações governamentais no país, em reais, aumentou R$ 5,99 por barril em relação aos primeiro nove meses de 2011. Este crescimento se deu em razão do aumento dos custos operacionais resultantes do aumento de intervenções e manutenções em poços, em parte decorrentes do PROEF, da menor produção devido a paradas operacionais e do reajuste salarial concedido pelo Acordo Coletivo de Trabalho. Além disso, parte deste aumento deve-se à desvalorização do real frente ao dólar no período. A elevação do preço de referência do petróleo nacional contribuiu para o acréscimo de R$ 12,16 por barril no custo de extração com participações governamentais no comparativo do acumulado do ano em relação a 2011.

O custo de refino no país, em reais, reduziu 2% em relação aos nove meses de 2011, em função de menores gastos com paradas programadas. A redução foi parcialmente compensada por gastos mais elevados, particularmente com pessoal.

.Endividamento –“ O endividamento líquido da Petrobras aumentou 30% em relação a 31 de dezembro de 2011, em função do efeito cambial e do volume de investimentos, que superou a geração de caixa no período. A Petrobras continua dentro das metas para alavancagem de 35% para Endividamento Líquido/(Endiv. Líquido + Patrimônio Líquido); e de 2,5 vezes para Dívida Líquida/Ebitda, divulgadas no Plano de Negócios e Gestão 2012-2016”, lembra o comunicado.

Contribuição Econômica e Participações Governamentais –“ A contribuição econômica da Petrobras, medida pela geração de impostos, taxas e contribuições sociais, totalizou R$ 55 bilhões 559 milhões. Nos primeiros nove meses de 2012, as participações governamentais no país aumentaram 19% em relação a 2011, devido ao acréscimo de 16% no preço médio de referência do petróleo nacional. Este aumento ocorreu principalmente devido a depreciação do real frente ao dólar e à elevação das alíquotas progressivas de Participação Especial dos grandes campos produtores.

No terceiro trimestre de 2012 as participações governamentais no país reduziram 1% em relação ao segundo trimestre, devido à diminuição de produção nos grandes campos pagadores de participações especiais no período. Esta redução foi compensada parcialmente pelo aumento de 3% no preço médio de referência do petróleo nacional, influenciado pela depreciação do real frente ao dólar de 4% e pelo aumento das cotações internacionais de petróleo de 1%”, conclui o comunicado.

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