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27/10/2012 - 09:51

Grupo Agropalma investe na construção de primeira refinaria sustentável da América

Também estão previstas uma nova usina de extração no Pará e melhorias no processo do cultivo da palma.

São Paulo e Minas Gerais estão na mira do Grupo Agropalma para a instalação de uma refinaria sustentável capaz de atender a alta demanda de óleo de palma certificado. A escolha da região Sudeste vem ao encontro da facilitação logística na melhor distribuição dos produtos, concentrada no Estado do Pará. Hoje, em função das distâncias e do consequente custo, a empresa não consegue atender o Sul do país, o Mercosul, entre outros países do mundo, devido à baixa frequência de rotas de navios nos portos do norte do Brasil.

“A segunda refinaria do Grupo contará com a mais avançada tecnologia disponível atualmente no setor e utilizará processos, conceitos e matérias-primas sustentáveis em cada passo da sua construção”, pontua Hilário Freitas, diretor executivo do Grupo Agropalma. O novo empreendimento processará somente óleo de palma e palmiste certificados pelo RSPO (Roundtable on Sustainable Palm Oil/ Mesa Redonda do Óleo de Palma Sustentável), atendendo à crescente demanda por consumo responsável no Brasil e no mundo.

Para assegurar o volume necessário de óleo bruto às duas refinarias do Grupo, uma nova usina de extração está sendo construída no Pará, que também adota os mais modernos conceitos sustentáveis de construção, como autossuficiência em eletricidade, inclusive com a captação e aproveitamento dos gases de efeito estufa resultantes do processo de efluentes industriais, e redução no consumo de água nos processos em cerca de 45%. Com esse investimento, que irá processar os frutos de áreas já plantadas que entrarão em produção a partir de 2014, o Grupo abrirá 1.200 empregos diretos na região e contará com um parque industrial composto por seis usinas, com capacidade de extração de 260 toneladas de cachos de frutos frescos por hora.

Além dos projetos que valorizam infraestrutura, produção e distribuição, uma parte do investimento total será destinada a melhorias no plantio da palma até 2015. “Para isso, o Grupo desenvolveu um programa que envolve a redução da densidade de parte dos plantios, substituição dos cultivos antigos pelos de alta produtividade, plantios de variedades híbridas para a produção de óleo de palma orgânico alto-oleico, programa teste de irrigação e um forte plano de mecanização, além de dar continuidade ao monitoramento ambiental da fauna e início da identificação da flora, aliado a um moderno manejo biológico de pragas e doenças”, explica Joel Buecke, gerente geral agrícola do Grupo Agropalma. O objetivo final é aumentar a produtividade média dos plantios adultos de 4 para 6 tons/óleo/ha/ano até 2017, quando se espera atingir uma produção anual de 260 mil toneladas de óleo bruto.

Segundo Marcello Brito, diretor comercial e de sustentabilidade do Grupo Agropalma, para concretizar o plano de expansão, que envolve a refinaria sustentável, a usina de extração e melhorias no cultivo da palma, a empresa destinará ao projeto cerca de R$ 300 milhões. “São etapas daquilo que chamamos de crescimento sustentável, calcado em um novo paradigma, onde a agricultura pode e deve se desenvolver em total conexão com o meio ambiente e os novos anseios da sociedade por um desenvolvimento limpo”, afirma o executivo.

Responsabilidade Ambiental -A manutenção de reservas florestais é uma exigência da legislação ambiental brasileira, que está entre as mais avançadas do planeta. Segundo o Código Florestal, toda propriedade rural do Brasil deve manter a vegetação nativa em uma parcela da sua área total, que pode variar de 20 a 80% dependendo de onde esteja, a chamada área de reserva legal.

O sucesso dos programas de Proteção das Reservas Florestais e Monitoramento da Biodiversidade do Grupo Agropalma se deve, em grande medida, à política de desmatamento zero e preservação florestal adotada em 2001. Naquele ano a empresa conduziu o último desmatamento em suas terras, devidamente licenciado e autorizado pelo órgão ambiental, realizado em uma área de aproximadamente 690 hectares. Por ocasião desta operação, a direção do Grupo discutiu a estratégia de expansão dos cultivos, a disponibilidade de terras degradadas na região e as exigências da sociedade em relação ao desempenho socioambiental da produção de óleo de palma e definiu adotar a política de banir os desmatamentos desde então, estabelecendo novas plantações somente em áreas já degradadas pela atividade humana.

O Grupo Agropalma evita as práticas danosas ao equilíbrio ambiental por meio do Programa de Proteção das Reservas Florestais, que possui uma equipe de quarenta pessoas dedicadas exclusivamente a fazer a vigilância das fronteiras e a fiscalização das áreas de floresta, coibindo assim a atuação de caçadores, extratores de material vegetal e madeireiros. A proteção das áreas de floresta possibilita a existência de uma fauna diversa. A caça e a pesca são proibidas nos espaços de reserva florestal, como determina a legislação nacional.

Os resultados do Programa de Monitoramento de Fauna identificaram 37 espécies de mamíferos de médio e grande porte e 407 de aves que habitam as reservas florestais do Grupo Agropalma. Desse total, seis aves e seis mamíferos são considerados ameaçados de extinção, o que reafirma a importância das reservas para a preservação do patrimônio ambiental do país.

As áreas de reserva florestal da empresa estão localizadas no chamado “Centro de Endemismo Belém”, uma região específica da Amazônia no lado leste do Rio Tocantins, na qual 75% da vegetação nativa já foi removida, principalmente para a implantação de pastagens.

“Além disso, nessa área existe um conjunto de espécies endêmicas, ou seja, que vivem somente neste local. As reservas florestais do Grupo Agropalma se constituem em um dos remanescentes da cobertura vegetal capazes de manter essas populações específicas. Possivelmente, no futuro, as reservas florestais do Grupo poderão ser utilizadas como fonte de material genético (sementes de plantas e indivíduos animais) para programas de recuperação do ambiente original em áreas já degradadas do centro de endemismo Belém”, esclarece Tulio Dias, gerente de responsabilidade socioambiental do Grupo Agropalma.

Certificado RSPO -O Grupo Agropalma foi recertificado pelo RSPO no último mês de agosto, pelo segundo ano consecutivo, e celebra a venda de mais de 70% do óleo certificado em 2012 para a Europa na modalidade “segregado”.

De acordo com as normas do RSPO, uma empresa tem, a partir da data de sua primeira certificação, um prazo de três anos para também preparar, treinar e certificar toda a sua cadeia de fornecimento de cachos de palma, sob pena de perder integralmente o certificado obtido.

Assim, o Grupo efetivou uma parceria com a ONG holandesa Solidariedad para esse intento e o processo já está em andamento. Espera-se concluir a etapa no segundo semestre de 2013.

Essa foi a forma encontrada pelo RSPO de garantir que os ganhos advindos do processo de produção sustentável de óleo de palma sejam também estendidos aos mais de três milhões de pequenos produtores de palma espalhados pelo mundo, principalmente na Ásia.

Atualmente, o Grupo Agropalma tem 234 parceiros entre agricultores familiares e produtores integrados considerados como pequenos e médios plantadores, totalizando uma área de dez mil hectares. O processo de certificação para agricultura familiar segue um modelo especialmente desenhado para esse fim, respeitando as particularidades e as dificuldades inerentes a um pequeno agricultor.

Grupo Agropalma-Com 64 mil hectares de reservas florestais, 40 mil hectares de áreas de plantios e cinco usinas de extração de óleo bruto situados nos municípios de Tailândia, Acará, Moju e Tomé-Açu, a 230 quilômetros de Belém (PA), o Grupo Agropalma é o maior produtor individual de óleo de palma da América Latina.

Responsável pela geração de 5,3 mil empregos diretos, o Grupo vem investindo há 30 anos na região Amazônica com a implantação de seu complexo agroindustrial. Essa iniciativa fez com que a empresa desenvolvesse uma infraestrutura de apoio na região: criação de malha viária, agrovilas com residências, ambulatório, farmácia, escola de ensino infantil, fundamental e médio, instalação de rede de energia elétrica, abastecimento de água e assistência médica.

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