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18/10/2007 - 10:23

Ônibus fretado polui menos do que carros de passeio

Para Jorge Miguel dos Santos, diretor do Transfretur e da FRESP – Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo, um ônibus de fretamento polui menos do que 15 veículos de passeio circulando na cidade. Mas o que garante o sucesso da troca são as condições técnicas do ônibus, como tempo de vida e a constante manutenção.

Todas as questões voltadas para a preservação e para o cuidado do meio ambiente vêm atingindo grandes proporções nos últimos tempos. Num passado bem recente, já ouvíamos comentários sobre o que o superaquecimento global poderia causar às pessoas e ao nosso planeta. Hoje, podemos dizer, que vivenciamos isso, com a falta de água; com a poluição dos rios e mares, que coloca em extinção a vida marinha; a atmosfera que recebe detritos de veículos automotores e industriais a todo o segundo, dentre outros.

As pesquisas sobre a poluição da atmosfera já se arrastam por décadas e sempre nos deparamos com estudos comprovados de que os veículos automotores, em maior grau, são os principais responsáveis pela emissão de poluentes. Segundo dados da OMS - Organização Mundial de Saúde, só na cidade de São Paulo os veículos automotores, carros, ônibus e também os de pequeno porte, como as motocicletas, são responsáveis por 92% da poluição atmosférica.

Para Jorge Miguel dos Santos, diretor da FRESP e do Transfretur – Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros e Turismo de São Paulo, os números são preocupantes e a responsabilidade de inverter esse quadro de alarmante terá que ser dividida entre toda a sociedade. “Os proprietários de carros de passeio e de transporte de materiais e cargas, os empresários do setor de ônibus por fretamento ou urbanos e, também as autoridades e entidades responsáveis pelo setor devem assegurar as condições técnicas dos veículos, para que esses não poluam o meio ambiente’’, comenta.

“Não há como os empresários do setor de transporte de passageiros serem ‘omissos’ com o que vem ocorrendo à cidade de São Paulo. A emissão desordenada dos gases tem trazido diversos problemas não apenas ao meio ambiente, mas também à saúde da população e para ajudar a combater isso, grande parte da frota regular de fretamento, dentro da cidade e do Estado de São Paulo, já utiliza o biodiesel, combustível que provém de óleos renováveis como a mamona, a soja e até o girassol. Nossos empresários também se preocupam com a manutenção efetiva para que não ocorra a conhecida queima de óleo”, explica o diretor.

Só na cidade de São Paulo, circulam ou atravessam a cidade para turismo e negócios, cerca de 6.500, desses 3.400 é a quantidade estimada de ônibus cativos da cidade. Para Santos, é notória a importância do fretamento para a circulação do tráfego nas capitais, já que o transporte público tradicional, possivelmente, não atenderia a demanda de passageiros existente.

“Um ônibus retira 15 carros de passeio da rua. Assim as emissões dos gases poluentes serão consideravelmente menores, mas para tanto o coletivo deve estar em condições corretas de manutenção para a circulação”. Veículos antigos ou desregulados emitem altos índices de agentes poluentes. Ao utilizar esse tipo de veículo, o usuário está ajudando a degradar o meio ambiente”, defende.

Cidade Limpa - Em São Paulo, a prefeitura lançou o Programa de Inspeção Veicular Ambiental, integrante do Programa Cidade Limpa. A inspeção veicular tem por objetivo controlar as emissões de poluentes e assim combater a poluição do ar. A vistoria nos ônibus de fretamento é dividida em duas partes: a ambiental e a técnica.

Na fase ambiental são verificados os níveis de emissão de gases. Se o veículo for a diesel, os níveis de poluição são medidos pelo opacímetro ou por meio da ‘Escala de Ringelman’, que é menos precisa, pois compara a tonalidade da fumaça com uma escala impressa em papel. Quanto mais escura a cor, mais indícios de poluentes possui. Já na fase técnica são verificados 154 itens de segurança, dentre eles a suspensão, freios, direção e sinalização. Se o veículo for a gás, gasolina ou álcool, o item analisado é a concentração de monóxido de carbono.

“Tivemos até o dia 20 de setembro, 1.789 veículos fretados vistoriados no programa, e desses apenas 11% não foram aprovados. Os números são comprobatórios que temos a preocupação com o meio que nos cerca e, para tanto, temos atentado para que nossos veículos poluam menos e não transgridam as leis municipais”, analisa Santos.

As empresas de fretamento regulamentadas também possuem oficinas de manutenção, borracharia, funilaria, lubrificação, abastecimento e lavagem de veículos e equipes técnicas 24 horas de plantão e frota reserva. As empresas autorizadas possuem garagens próprias para o estacionamento de seus veículos, fazem manutenções preventivas com mecânicos especializados. Além disso, são conveniadas à RAFE – Rede de Apoio ao Fretamento Eventual que garante o pronto atendimento em todo o País.

“Ao analisarmos todos esses pontos, podemos considerar que hoje a nossa preocupação é atender bem aos nossos passageiros, dentro das prerrogativas ambientais e também legais, contribuindo assim para a melhoria da natureza e da cidade”, finaliza Santos.

Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo (www.fresp.org.br).

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