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01/11/2012 - 08:12

Petrobras: segmento de Abastecimento ainda impacta resultado, aponta analista do BB Investimentos

Destaques do relatório do terceiro trimestre de 2012 mostra que a Petrobras apresentou lucro líquido de R$ 5,6 bilhões no 3T12, ante prejuízo de R$ 1,3 bilhão no último trimestre. O Ebitda chegou a R$ 14,4 bilhões, representando aumento de 36% T/T. O resultado da companhia é reflexo dos aumentos dos preços da gasolina e do diesel, da estabilidade cambial e das menores baixas de poços secos ou subcomerciais, analisam Nataniel Cezimbra (CNPI), Andréa Aznar e Carolina Flesch, do BB Investimento.

Segmentos. O segmento de Exploração e Produção obteve um resultado líquido de R$ 10,8 bilhões no 3T12, praticamente estável com o resultado anterior (+1% T/T). A redução de 3% na produção de petróleo e LGN e os maiores custos com manutenção e intervenção em poços, foram compensados pelas menores baixas de poços secos ou subcomerciais. A área de Abastecimento, que apresentou prejuízo de R$ 5,7 bilhões (-20% T/T), foi beneficiada pelos reajustes nos preços da gasolina e do diesel anunciados em junho e julho. No comparativo trimestral, a companhia aumentou a importação de gasolina, com o objetivo de atender a demanda interna, e reduziu o nível de importação de diesel, devido ao aumento da produção.

Volume de vendas. O volume de vendas da Petrobras permaneceu praticamente estável na comparação trimestral e também na comparação com o mesmo período do ano passado (+3,7% T/T e +1,2% A/A). O aumento nas vendas da gasolina, que chegou a 16,6% A/A, deve-se ao crescimento da frota de veículos flex, à vantagem do preço do combustível em relação ao etanol em diversas regiões do país e também à redução do teor de etanol hidratado na gasolina C. O volume vendido de gás natural e de óleo diesel também apresentou incremento, explicado pela maior demanda termelétrica, em razão do menor nível dos reservatórios das hidrelétricas, e pelo crescimento da atividade de varejo.

Endividamento. O endividamento bruto total da companhia registrado no final de setembro foi de R$ 186,6 bilhões, 20% superior ao registrado no final de 2011. A dívida de longo prazo corresponde a 92% do total e está alocada, principalmente, em notes (33%), empréstimos junto a instituições financeiras (28%) e ao BNDES (26%). A maior parte desse endividamento está em dólar (56%) e tem vencimento após 2017 (70%).

Perspectivas: “embora a empresa apresentou lucro líquido trimestral, após prejuízo de R$ 1,3 bilhões no 2T12, o resultado de R$ 5,5 bilhões do 3T12 ficou 12% abaixo do mesmo período do ano anterior, devido sobretudo a pressão dos custos, menor produção, elevação do saldo de importação e aumento das despesas financeiras. Ainda que a companhia mostrou fatores positivos, como a interessante evolução das receitas, devido em parte aos últimos reajustes de diesel e gasolina, e ao firme aumento da demanda de derivados, bem como baixo impacto da variação cambial, os fatores negativos foram preponderantes na compressão de margens e de um resultado abaixo das expectativas. Ademais, o resultado evidenciou que no médio prazo ações estratégias voltadas à elevação de eficiência e alinhamento de preços de derivados contribuem diretamente para melhores resultados e perspectivas positivas de valorização da empresa, enquanto a produção estiver estável e o impacto de importação de derivados e petróleo ainda impactar negativamente. Entendemos também que a aceleração dos desinvestimentos pode contribuir tanto com a redução do nível de alavancagem da empresa (2,4x dívida líquida/Ebitda no 3T12, próximo a meta de 2,5x) como pode dar espaço ao incremento de dispêndios de capital contidos no plano de negócios. Reafirmamos nosso preço alvo de R$ 26,00 para PETR4 e R$ 27,50 para PETR3 para o final de 2013 e rating market-perform”, concluem os analistas.

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