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02/11/2012 - 06:45

Gerdau: desempenho no 3T12 é impactado pela queda no volume, aponta analista do BB Investimentos


Margens pressionadas com redução no volume de vendas.

No 3T12, a Gerdau apresentou queda no volume de vendas no comparativo anual, com exceção da ON América do Norte, como conseqüência da diminuição nas exportações devido aos preços baixos, que foram praticados no mercado internacional. Já o mercado interno foi impactado pelo arrefecimento da atividade nos segmentos residencial e comercial. A queda na produção de veículos pesados no país, também impactou a demanda por aço. Por outro lado, a ON América do Norte registrou alta no período como reflexo da boa demanda no setor industrial e de energia, somado ao aumento dos investimentos em construção não-residencial.

A análise foi feita por Victor Penna do BB Investimentos.

Maior receita por tonelada compensa queda de volume: a elevação na receita líquida por tonelada contribuiu para mitigar o impacto da queda de volume. Com isso, o faturamento avançou 10% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo R$ 9.819 milhões. Destacamos o resultado na América Latina e América do Norte, cujos incrementos foram, respectivamente, de 27% e 28% na relação anualizada.

Custos e resultado operacional: os custos tiveram aumento como conseqüência de reajustes nas matérias-primas, impactando a margem bruta da companhia que registrou decréscimo de 3 p.p. no comparativo anual. Na ON América do Norte, as margens foram pressionadas pelo descompasso entre a redução dos preços de aço em relação à sucata mais cara adquirida ao longo do 2T12 e a alta volatilidade dos preços. Já na ON Aços Especiais, as menores vendas ocasionaram a menor diluição do custo fixo, com redução da margem bruta. Na ON Brasil, o aumento da margem bruta foi decorrente da maior receita líquida por tonelada vendida no mercado interno.

Despesas com vendas, gerais e administrativas: os SG&A da companhia ficou em R$ 9.819,0 milhões, com participação relação à receita líquida apresentando redução de 1,0 p.p. no 3T12 quando comparada com o mesmo período do ano anterior, em virtude do crescimento da receita líquida, ocasionado, principalmente, pela maior receita líquida por tonelada vendida.

Ebitda e margem Ebitda: o Ebitda consolidado da companhia apresentou redução de 15% em relação ao mesmo período do ano passado e de 17% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, atingindo R$ 1.033,0 milhões.

O principal motivo para este desempenho pode ser atribuído aos maiores custos de matérias-primas terem superado o crescimento da receita líquida por tonelada vendida. Com isso, a margem Ebitda também foi comprometida sofrendo quedas de 3,0 p.p. no comparativo com o 3T11 e de 2,0 p.p. em relação ao segundo trimestre deste ano.

Resultado Financeiro e lucro líquido: “o resultado financeiro ficou negativo em R$ 134,0 milhões (+131% A/A), influenciado pela forte queda de 58% A/A nas receitas financeiras. Já em relação ao 2T12, a melhora no resultado pode ser atribuída ao efeito da variação cambial no período, que foi de R$ 8 milhões negativos no 3T12 contra R$ 157 milhões negativos no 2T12. Como conseqüência disso e, somado ao resultado operacional fraco, o lucro liquido da companhia revê redução de 43% A/A, ficando em R$ 408,0 milhões, com margem de 4,2% (-3,8 p.p. A/A),”conclui o analista.

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