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06/11/2012 - 07:56

Bolsa de Valores

O Ibovespa terminou o mês de outubro em 57.068 pts, com queda de 3,56%, acumulando +0,55% em 2012 e -2,18% em 12 meses, tendo agora resistências próximas de 59.400, de 60.400, e de 63.400 pts, com suportes em torno de 56.200, 55.400 e 52.200 pts.

O índice subiu no início do mês e encostou nos 60.000 pts na segunda quinzena, declinando a partir daí em uma trajetória de correção que durou até o final do mês. A máxima pontuação do mês foi em 60.411 pts 9 dia 16) e a mínima em 56.580, no dia 29.

No último dado disponível, a Bovespa teve saída de capital externo de R$ 248,485 milhões no último dia 29, acumulando agora saldo negativo R$ 901,550 milhões em outubro.

Em suma: “ao longo de outubro, as bolsas de Wall Street, inicialmente, seguiram digerindo positivamente a notícia do afrouxameto monetário (QE3) pelo Fed no dia 13 de setembro, bem como alguns indicadores econômicos norte-americanos um pouco mais favoráreis. Todavia, como os balanços de empresas nos EUA vieram, em sua maioria, abaixo das expectativas dos analistas, o mercado foi declinando a partir de meados do mês. Enfim, estas movimentações contaminaram os demais mercados bursáteis pelo mundo. O índice brasileiro, além ser impactado de modo desfavorável por esta trajetória externa, ainda sofreu viés negativo com indicadores da economia da China sinalizando a continuidade da desaceleração do país”, aponta Henrique Koch – CNPI,analista do BB Investimentos.

Nos EUA, o PIB 3T12, em dado preliminar, subiu 2%, acima do 1,3% do trimestre anterior e da expectativa de mercado de +1,8%, com o consumo das famílias crescendo 2,0%, ante 1,5% no 2T12. Todavia, os dados favoráveis foram suplantados pelos balanços de empresas aquém dos esperados.

Na Europa, a questão da Espanha, cujo desemprego ronda os 25%, continuou como foco dos agentes. O governo espanhol seguiu postergando um pedido de resgate ao BCE, nos moldes de Grécia, Irlanda e Portugal, parecendo que tentará protelar sua situação para o próximo ano. Vale ressaltar que o Banco Central da Espanha sinalizou o não cumprimento da meta de déficit orçamentário de 6,3% do PIB em 2012 e divulgou expectativa que o PIB 3T12 tenha recuado 0,4% em relação ao 2T12, bem como, retração de 1,7% em comparação com o PIB 3T11, já tendo tido contração de 1,3% no 2T12 versus 2T11.

Na China, a bolsa Xangai patinou e cedeu para 2.069 pts (- 0,83%) em outubro, acumulando -5,94% em 2012 e -16,2% em 12 meses.

Perspectivas-Assim, para novembro, os agentes estarão na expectativa da eleição presidencial norte-americana, no dia 06 de novembro (terça-feira). Alguns resultados corporativos ainda serão divulgados no Brasil e os agentes continuarão a monitorar os indicadores de atividade econômica dos EUA e da China. A economia chinesa poderá mostrar alguma melhoria em seus índices, mas, por efeito sazonal do 4T12. A Espanha deve ser monitorada, pois, mesmo adiando um pedido de auxílio integral, como Grécia, Irlanda e Portugal, poderá fazer um acordo de resgate parcial para o BCE, que poderá incluir seu sistema financeiro, trazendo algum alívio para os mercados.

Destaques: commodities agrícolas continuam recuando e exportações de proteínas têm novo avanço.

Retrospectiva mensal-O Ibovespa encerrou o mês com queda de 3,56% e as ações do setor tiveram movimentos distintos em outubro. Os destaques positivos foram as ações da Vigor (+7,14%), São Martinho (+6,10%), BRF Foods (+5,54%) e M. Dias Branco(+2,71%). No outro lado, os papeis que registraram queda no mês destacamos Fertilizantes Heringer, Marfrig, SLC Agrícola, JBS e Minerva que caíram 22,25%, 11,02%,10,80%, 2,23% e 2,14%, respectivamente.

No mês de outubro quase todas as commodities agrícolas continuaram o movimento de queda verificado em setembro. No mercado internacional, a soja foi a que teve maior queda no mês com 7,10%, seguida por etanol, café arábica e boi gordo, que registraram quedas de 3,43%, 2,60% e 1,77%, respectivamente. Somente o milho seguiu em direção oposta e encerrou outubro com alta de 2,69%.

Seguindo os movimentos das cotações em Chicago, por conta da queda da safra nos Estados Unidos, e após registrar sua maior média mensal em agosto, a soja, não conseguiu sustentar os preços e registrou duas quedas consecutivas.

Pressionado pelo ritmo da colheita, os preços dos contratos futuros de café, na BM&FBovespa, também recuaram no mês de outubro ficando com cotação 2,60% abaixo da média. Com relação aos preços do boi gordo, confirmando o período positivo para os frigoríficos, mesmo com queda de 1,77%, encerrou o mês com alta de 0,99% em relação a dezembro.

“O valor dos contratos de etanol, comparado com a média de dezembro, acumula uma queda de 16,5%. Mesmo com essa arrefecimento ao longo dos meses, o consumo de etanol ainda não se recuperou. Na contramão das outras cotações, o milho registrou alta de 2,69%, influenciado principalmente pelo setor externo e pela elevação demanda”, conclui o analista.

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