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22/11/2012 - 07:39

Controle da anemia em terapia tripla para Hepatite C não interfere na resposta do paciente ao tratamento

Os resultados do estudo foram apresentados em Boston (EUA), durante a reunião da Associação Americana de Estudos das Doenças do Fígado (AASLD).

São Paulo – Mais do que um efeito colateral, o aparecimento da anemia pode ser um indicativo de que o tratamento contra a hepatite C esteja funcionando, ou seja, de que o paciente em terapia tripla (boceprevir+interferon peguilado+ribavirina) tem maiores chances de atingir a resposta virológica sustentada (RVS) ou cura. Esse é um dos achados do estudo inédito coordenado por Fred Poordad, MD e chefe de Hepatologia e Transplante de Fígado do Cedars-Sinai (Los Angeles-EUA), que apresentado durante a 63ª reunião da Associação Americana para os estudos das Doenças do Fígado (AASLD), realizada em Boston (EUA).

O estudo foi realizado com boceprevir (nome comercial Victrelis) da MSD (Merck & Co. nos EUA e Canadá), um dos inibidores de protease (IP) que o Ministério da Saúde irá disponibilizar até 2013, via SUS, para o tratamento da hepatite C em terapia tripla para alguns portadores do genotipo tipo 1 da doença. O medicamento aumenta em duas vezes as chances de pacientes nunca tratados e em três vezes as de pacientes que não obtiveram sucesso com o tratamento atualmente disponível de se curar (RVS) da doença.

A anemia nos pacientes em tratamento contra a hepatite C é muito diferente da causada pela falta de ferro no organismo. Na realidade, ela é decorrente da ação da ribavirina nos glóbulos vermelhos, reduzindo a quantidade dos mesmos. A ribavirina é um dos medicamentos empregados tanto na terapia padrão (apenas interferon peguilado + ribavirina), quanto na tripla (boceprevir+interferon peguilado+ribavirina) de combate à doença. Os inibidores da protease também aumentam a incidência de anemia nesses pacientes.

Na terapia padrão cerca de 30% dos pacientes apresentam anemia, que é perfeitamente controlável e tratável, seja reduzindo a dosagem de ribavirina, seja introduzindo a eritropoetina – um hormônio que estimula a produção dos glóbulos vermelhos. O problema é que quando se opta pela redução da ribavirina, observa-se uma redução no percentual de chance de atingir a resposta virológica sustentada (cura) do paciente.

Todavia, o estudo apresentado na AASLD constata que na terapia tripla com boceprevir, independentemente da escolha do médico para controlar a anemia durante o tratamento (redução da ribavirina ou adição da eritropoetina), o percentual de chance de atingir a resposta virológica sustentada (ou cura) permanece o mesmo.

Hepatite C – doença desconhecida entre o maior grupo de risco-Pesquisa divulgada recentemente pela Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), realizada pelo Instituto Datafolha com o apoio da MSD, apontou que o índice de conhecimento sobre a doença declina com a idade, sobretudo entre os mais velhos, a partir de 60 anos. De acordo com a pesquisa, apenas 6% dos moradores das regiões metropolitanas do país citam espontaneamente a hepatite C entre as doenças de maior gravidade.

Essas informações são extremamente preocupantes, já que a hepatite C é uma doença assintomática. Em 80% dos casos, torna-se crônica, podendo evoluir para cirrose e câncer de fígado. Atualmente a hepatite C é responsável por 50% dos transplantes de fígado realizados no país. Vale ressaltar que as pessoas com mais de 40 anos são as mais afetadas pela doença, tanto que o governo norte-americano recomendou a testagem para detecção do HCV para pessoas nascidas entre 1945 e 1965 (baby boomers).

Estima-se que até 2020, 10% da população brasileira terá mais de 65 anos; 2% serão portadores de hepatite C. Nesse sentido, a introdução dos inibidores de protease no tratamento da hepatite C, além de aumentar em até 80% as chances de cura, pode reduzir consideravelmente o percentual de casos de cirrose e transplantes hepáticos. Por isso, atualmente se fala em políticas de "find and treat", ou seja, diagnosticar, tratar e curar os casos de hepatite C.

Compromisso global da MSD com a promoção da terapia de hepatite-A MSD baseia-se em seu forte legado no campo da hepatite viral ao continuar a descobrir, desenvolver e entregar vacinas e medicamentos para ajudar a prevenir e tratar a hepatite viral. Graças aos esforços de seus pesquisadores, desde 1986, a MSD comercializa vacinas para os tipos A e B da doença e, agora, torna-se pioneira em oferecer a terapia tripla, o melhor tratamento possível para hepatite C.

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