CNI e congênere holandesa assinam acordo para elevar comércio entre Brasil e Holanda

O protocolo, firmado na presença do casal real da Holanda, prevê, entre outras iniciativas, associações entre empresas e transferência de tecnologia.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Associação Real Holandesa de Pequenas e Médias Empresas (MKB-Nederland) e a Confederação das Indústrias e dos Empregadores dos Países Baixos (VNO-NCW) firmaram nesta segunda-feira, 19 de outubro, na CNI, com a participação do casal real da Holanda, príncipe Willem Alexander e princesa Máxima, acordo para promover o comércio bilateral, por meio de joint ventures (associações), transferência de tecnologia, intercâmbio de delegações empresariais e pelo mapeamento de áreas da indústria, comércio e serviços de interesse dos dois países. O acordo prevê também que as três entidades proporão em conjunto medidas para ampliar os negócios dos dois lados.

Em outro acordo, o Serviço Social da Indústria (SESI), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e o Ministério da Educação, Cultura e Ciência dos Países Baixos se comprometeram a realizar intercâmbios para absorção, pelo Brasil, de novas tecnologias, e capacitação, nos Países Baixos, de gestores e técnicos de empresas brasileiras e de professores e estudantes brasileiros, além de promoverem conferências e seminários.

O diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes, disse ao casal real e a uma comitiva de 60 empresários holandeses que o Brasil está crescendo, mas que o PIB (Produto Interno Bruto) continua abaixo do seu potencial. Um dos caminhos para mudar esse quadro, segundo ele, está nos investimentos em inovação, educação e infraestrutura, em especial rodovias, ferrovias e aeroportos, setores em que os recursos de empresas da Holanda serão bem- vindos. "A redução dos custos pelos investimentos em infraestrutura é tão importante quanto acordos comerciais", assinalou Fernandes.

O Brasil é considerado pelo governo holandês o parceiro mais importante na América Latina. A balança comercial bilateral somou US$ 41,8 bilhões nos primeiros dez meses do ano. O casal real e a delegação de empresários holandeses em visita ao país estão interessados em investir na agricultura, preservação ambiental, em obras para a Copa do Mundo e Olimpíadas e na indústria aeroespacial.