Exportações de couros crescem 21% até setembro

As exportações brasileiras de couros somaram US$ 1,62 bilhão até setembro, registrando um crescimento de 21% em comparação à receita obtida no mesmo período de 2006, segundo dados elaborados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).

“O couro já figura como um dos principais produtos da pauta de exportações do País”, diz o diretor-executivo do CICB, Luiz Bittencourt. De fato, as exportações de couros nos nove meses deste ano superaram as vendas externas de calçados (US$ 1,44 bilhão) e correspondem à cerca de metade dos embarques de carne bovina (US$ 3,29 bilhões).

Esse desempenho é resultado da mudança do perfil da cadeia produtiva, cada vez mais focada em mercados em expansão, que operam com produtos de alto valor agregado, como os setores automotivo e de móveis, , que absorvem mais de 60% da produção– o restante é direcionado aos segmentos de artefatos, vestuário e calçados.

Os principais destinos do couro brasileiro continuam sendo a Itália (participação de 27,21% e aumento de 26% ante 2006), China (participação de 23,35% e elevação de 47%) e Hong Kong (11,32% e decréscimo de 12%).

Os demais compradores do produto nacional foram os Estados Unidos, Indonésia, Vietnã, Coréia do Sul, México, Países Baixos e Taiwan. No período, as exportações para os norte-americanos cresceram 11%, saindo de US$ 154,87 milhões para US$ 171,58 milhões. Os embarques para a Indonésia aumentaram 67%, de US$ 29,97 milhões para US$ 49,91 milhões. Já as aquisições dos vietnamitas cresceram 54%, de US$ 23,41 milhões para US$ 36,12 milhões.

As vendas externas de couros também registraram aumento significativo para países que não são importadores tradicionais do Brasil, a exemplo da República Tcheca, cujas compras saltaram 88,8 vezes, saindo de US$ 29,19 mil para US$ 2,59 milhões, e as Filipinas que importaram 10,8 vezes, saltando de US$ 134,26 mil para US$ 1,46 milhão.

Principais estados exportadores - Segundo o balanço dos embarques de couros de janeiro a setembro de 2007, em relação ao ano passado, São Paulo continua na liderança nacional (participação de 35% e expansão de 27%), seguido pelo Rio Grande do Sul (participação de 24% e aumento de 7%), Paraná (6,33% e crescimento de 44%) e Mato Grosso do Sul (6,3% e elevação de 33%). Os demais estados são Ceará (6,21% e 7% de crescimento), Bahia (4,83% e expansão de 24%) e Goiás (4,74% e aumento de 4%).