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24/11/2012 - 08:12

Tecnologia e eleições: grandes aliadas

O incremento da tecnologia no processo eleitoral é um enorme avanço para o Brasil. Há 16 anos, as urnas eletrônicas chegaram ao mercado e deram início a um novo período da democracia no país. Com o uso das novas urnas foram deixadas para trás as “eleições manuais”, nas quais eram preciso de dias para a contagem manual dos votos, armazenados nas urnas de lona, além de levar horas para as votações, dias para as conferências e, consequentemente, mais dias para o resultado final.

Neste antigo processo havia inúmeros problemas, como a ampla possibilidade de fraude, a dificuldade na identificação da ortografia tanto de nomes como dos números dos candidatos e a própria contagem dos votos, em muitos casos duvidosos.

Nesta época, todo o processo eleitoral era um imenso caos. A começar pela forma de votação, no qual cada candidato cadastrava seu número, nome e pseudônimos, de forma a garantir que os votos que citassem uma destas formas fossem contabilizados para ele. Se não soubesse o número do seu candidato, valia uma das outras formas. As divergências e brigas eram constantes, tornando a apuração muitas vezes duvidosa em alguns colégios eleitorais.

As urnas eletrônicas modernizaram e transformaram o processo eleitoral brasileiro, transformando-o em exemplo mundial. O Brasil se tornou pioneiro na tecnologia, permitindo que tenhamos 95% dos votos apurados até a meia-noite do mesmo dia da eleição. Sem dúvida, uma marca surpreendente.

Toda a agilidade no processo se torna possível porque os votos são armazenados em um cartão de memória seguro, com as informações criptografadas digitalmente, o que dificulta possíveis ações fraudulentas. Ao final da votação, os cartões são levados a um ponto de transmissão para que sejam enviados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e processados numa escala de 300 mil votos por minuto. E, graças à internet, em menos de um minuto após o processamento todas as informações são divulgadas pelos sites de apuração do TSE.

Depois de inovar com a urna eletrônica, o Brasil passa pelo processo de implementação da votação com o uso da biometria. Essa tecnologia é utilizada em projetos pilotos do governo desde 2008, precisamente nas cidades de Colorado do Oeste, em Roraima, São João Batista, em Santa Catarina e Fátima do Sul, no Mato Grosso do Sul. Com o sucesso na experiência, ocorreu a expansão do projeto e, em 2012, cerca de oito milhões de eleitores utilizaram a biometria para votar no primeiro turno.

Em 2016, praticamente todos os eleitores do país estarão com as digitais cadastradas para a utilização da biometria na votação. Em 2018, a expectativa é de extinção do título físico de eleitor, o que deverá até mudar a forma de votar, pois não serão necessários mesários para identificar o eleitor. Assim, provavelmente caminharemos para um “auto serviço” ou algo similar. Em países de menor porte, como a Suécia, isso já acontece e pode-se votar também pela internet. Mas não podemos comparar o tamanho da Suécia com o do Brasil, principalmente em termos de custos e logística.

Além de oferecer maior segurança e agilidade, o mundo tecnológico está presente também nas campanhas eleitorais de diversos candidatos por meio das redes sociais. Foi o que vimos na campanha eleitoral de 2008, do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e de diversos outros candidatos que lançaram blogs e diversas mídias sociais como fonte e troca de informações.

De lá para cá, a tecnologia utilizada na política vem inovando também no mercado de aplicativos para smartphone, tablet, Facebook e Twitter. Um deles é o “Candidates” - um aplicativo para iPhone e iPad, que ajuda o eleitor a descobrir qual candidato combina mais com ele – e o Votesocial – para Facebook – que fornece ao eleitor uma grande variedade de informação sobre as eleições, desde os locais de votação até uma rica coleção de dados de cada candidato.

Enfim, vemos que, quando bem utilizada, a tecnologia é grande parceira de todo o processo eleitoral, desde a criação das campanhas dos candidatos até o último dia, o da votação. Nada mais justo que votar de forma rápida, segura e sem nenhuma preocupação com o destino do seu voto. Assim, esperamos que este status apenas evolua e quem sabe poderemos votar sem ao menos sair de casa. Imagina o quanto de lixo e papel não serão economizados?

. Por: Marcos Sakamoto, presidente da Assespro-SP (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação do Estado de S. Paulo)

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