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27/11/2012 - 09:16

Risco de apagão de mão de obra na Copa e nas Olimpíadas é tema de Congresso no Rio

Palco da final da Copa do Mundo, das Olimpíadas e um dos estados que mais cresce no país, o Rio de Janeiro precisa investir em treinamento profissional se não quiser sofrer as conseqüências de um apagão de mão de obra nos próximos anos. O alerta é do autor do livro “O Brasil profissional: a hora e a vez da competência”, o professor universitário Lívio Giosa, que falará sobre o assunto no II Congresso Nacional de Terceirização e Gestão de Serviços (Conterge), que será promovido pela Associação das Empresas Prestadoras de Serviços do Rio de Janeiro (Aeps-RJ), no próximo dia 30, das 8h às 18h, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. “A situação é ainda mais preocupante do que na indústria”, diz o especialista.

Giosa explica que o setor de serviços demanda uma mão de obra diversa, com vários tipos de especializações, mas, devido à baixa qualidade do ensino de base no Brasil, a capacitação profissional não corresponde às necessidades do mercado. Enquanto na indústria, boa parte dos investimentos é destinada à tecnologia, no setor de serviços, o gasto com mão de obra chega a 70% da receita, mas nem sempre os profissionais são capazes de atender à demanda do mercado. O professor universitário explica que, neste setor, a composição de atividades se baseia em pessoas. Para se ter uma ideia, uma grande empresa de serviços tem cerca mil funcionários.

“O Rio de Janeiro e o Nordeste estão se desenvolvendo muito mais rapidamente do que o restante do país. Nos próximos anos, o Rio receberá eventos internacionais, por isso, as empresas precisam investir em treinamento para que sejam bem vistas pelos turistas. Tudo isso para que não se repita o que ocorreu com Atenas, que recebeu os Jogos Olímpicos de 2004 e não reverteu os investimentos feitos em benefício próprio. É imprescindível que se tome providências em relação à infraestrutura e ao atendimento”, avalia.

Outro problema que o setor enfrenta é escassez de profissionais fluentes em inglês. O diretor de empresas de RH e Trabalho Temporário da Aeps-RJ, Adalberto Santos - que também falará sobre apagão de mão de obra no Congresso - , destaca que é importantíssimo que quem trabalha com o público tenha o domínio de um segundo idioma, já que o Rio de Janeiro receberá uma série de eventos internacionais nos próximos anos.

“Mas é na área de vendas que se escuta mais reclamação de falta de mão de obra especializada. Vender é uma arte e, para isso, não basta saber uma segunda língua. Tem que saber se comunicar. E quem mais perde com um mau atendimento no comércio é o próprio empreendedor”, diz Adalberto.

As profissões que enfrentam maior risco de apagão de mão de obra na área de serviços, atualmente, são as ligadas a atendimento ao público de uma forma geral, como recepção, vendas e atendimento em bares e restaurantes.

O salário de um vendedor pode chegar a R$ 1,5 mil ou mais, dependendo do desempenho. Já quem trabalha com atendimento em lojas e restaurantes ganha entre R$ 800,00 e R$ 1,3 mil.

“Os salários, no entanto, podem ficar maiores conforme o profissional for se aperfeiçoando. Para o empregador, é imprescindível investir em treinamento para manter o alto nível de atendimento. Mas, tendo em vista os eventos que o Rio de Janeiro receberá nos próximos anos, seria interessante mesmo a criação de cursos voltados para o atendimento ao público na área técnica”, ressalta Adalberto.

Números da Terceirização- No Brasil, 32,5 mil empresas atuantes nos segmentos de Prestação de Serviços Especializados geram empregos diretos e indiretos e contribuem para reduzir a informalidade. Estima-se que atualmente, dez milhões de trabalhadores sejam terceirizados, ou seja, contratados por uma empresa que presta serviço para outra ou para o estado.

.Há risco de apagão de mão de obra nos próximos eventos internacionais? - Por ser palco de eventos internacionais nos próximos anos, o Rio de Janeiro precisa investir em treinamento para evitar péssimos atendimento e prestação de serviço.

. Por que há o risco e apagão de mão de obra em prestação de serviços? -O setor de serviços demanda uma mão de obra diversa, com vários tipos de especializações, mas, devido à baixa qualidade do ensino de base no Brasil, a capacitação profissional não corresponde às necessidades do mercado. Enquanto na indústria, boa parte dos investimentos é destinada à tecnologia, no de serviços, o gasto com mão de obra chega a 70% da receita, mas nem sempre os profissionais são capazes de atender a demanda do mercado.

.Por que o Rio de Janeiro é mais ameaçado? - O Rio de janeiro está se desenvolvendo muito mais rapidamente do que o restante do país. Nos próximos anos, o estado receberá eventos internacionais, por isso, as empresas precisam investir em treinamento para que seja bem vista pelos turistas.

. Quais são os problemas mais constantes verificados no atendimento ao turista no Rio? - O grande número de trabalhadores que não domina o inglês e que, muitas vezes, não adota um comportamento padronizado no atendimento ao cliente é um dos fatores que mais preocupa.

Números:- A economia brasileira teve, na última década, o maior crescimento desde os anos 70. Entre 2001 e 2010, o país criou quase 18 milhões de empregos com carteira assinada, um aumento de 68%.

- De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, cerca de 90% dos novos empregos no Brasil com carteira assinada exigem pelo menos o ensino médio completo. Só que quase metade dos trabalhadores não completou nem a segunda etapa do ensino fundamental. Destes, 16% são analfabetos funcionais, aqueles que, embora consigam ler, não são capazes de interpretar textos ou fazer as operações matemáticas mais simples.

- No Brasil, 32,5 mil empresas atuantes nos segmentos de Prestação de Serviços Especializados geram empregos diretos e indiretos e contribuem para reduzir a informalidade. Estima-se que atualmente, dez milhões de trabalhadores sejam terceirizados, ou seja, contratados por uma empresa que presta serviço para outra ou para o estado.

Quais são as profissões que enfrentam maior risco de apagão de mão de obra na área de serviços? - As ligadas a atendimento ao público de uma forma geral, como recepção, vendas e atendimento em bares e restaurantes.

.[ II Congresso Nacional de Terceirização e Gestão de Serviços (Conterge), dia 30 de novembro, no Centro de Convenções Bolsa do Rio, Praça XV de Novembro, 20 – Centro, Rio de Janeiro (RJ).

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