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28/11/2012 - 08:38

Presidente da CNI defende revisão de barreiras comerciais entre Brasil e Argentina

Robson Andrade acredita que fortalecimento da integração bilateral ajudará os dois países a aumentar a produtividade e construir empresas capazes de competir no mercado global.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu a revisão das barreiras comerciais entre Brasil e Argentina para que os dois países enfrentem a concorrência internacional. "É preciso trocar a escalada de controles de importações e outros obstáculos ao comércio pelo aprofundamento do diálogo institucional e pela busca da cooperação", afirmou Andrade na 18ª Conferência Industrial Argentina, que ocorre no dia 27 de novembro (terça-feira),, em Los Cardales, a 65 quilômetros de Buenos Aires. Ele destacou que Brasil e Argentina, as duas maiores economias do Mercosul precisam estreitar a relação estratégica. "É necessário que promovam maior convergência econômica e comercial para que possam recuperar mercados externos e enfrentar a concorrência desigual por parte de outros países." Andrade avaliou que a união dos dois países é decisiva para a construção de empresas robustas e preparadas para atuar em nível global. "Devemos ter uma visão estratégica, que leve em conta o atual contexto e a nossa necessidade de integração global. Precisamos promover iniciativas convergentes a fim de ampliar nossa produtividade e competitividade", recomendou.

Entre as medidas que podem ser tomadas para ampliar a integração dos dois países, o presidente da CNI citou a discussão e a promoção de regras e regimes setoriais bilaterais para fomentar cadeias inovadoras e competitivas, a execução de projetos nas áreas de energia e de recursos naturais, além de políticas conjuntas de promoção das exportações e de controle de importações desleais.

APOIO - Durante a Conferência, o presidente da União Industrial Argentina (UIA) , José Ignácio de Mendigúren, salientou que empresários brasileiros e argentinos estão prontos para coordenar, se preciso, o desenvolvimento econômico dos dois países. Para o governador da Província de Buenos Aires, Daniel Scioli, o diálogo entre os empresários no evento terá impacto positivo na forma como o governo argentino lidará com a indústria, pois isso reflete diretamente na geração de empregos dos países. “É importante que para nós, que representamos juntos a 5ª economia do mundo, que pensemos em criar empregos”, explicou Scioli.

A Conferência Industrial Argentina é o evento empresarial mais importante do país vizinho. As conclusões do evento, que se encerra nesta quarta-feira, 28 de novembro, serão apresentadas às presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e da Argentina, Cristina Kirchner. Também participam da Conferência os ministros Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e Edison Lobão, de Minas e Energia e 60 empresários brasileiros. A comitiva empresarial do Brasil é liderada pelo presidente da CNI.

Comércio - A corrente de comércio entre Brasil e Argentina passou de US$ 2 bilhões em 1990 para US$ 39,6 bilhões em 2011. Até outubro de 2012, o fluxo foi de US$ 28,3 bilhões, que representa 82% de todo o comércio brasileiro com o Mercosul.

Apesar de ainda ser parceiro o principal parceiro na região, as vendas brasileiras para a Argentina caíram 20,2% de janeiro a setembro de 2012 em relação ao mesmo período do ano passado.

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