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30/11/2012 - 05:36

“Produz Brasil 2012” premiou melhores projetos do agronegócio nacional

BASF, Cerradinho Bio Energia, Cocamar, FMC e WEG foram as empresas vencedoras.

Com o objetivo de reconhecer e incentivar as empresas dos diferentes segmentos do agronegócio brasileiro, que investem em tecnologia e sustentabilidade, o Produz Brasil 2012 premiou, com troféu e certificado de reconhecimento, cinco empresas. A terceira edição, que aconteceu pela primeira vez em São Paulo, foi realizada no Jockey Club de São Paulo, na noite de 28 de novembro.

Entre os presentes, o Governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin, que no seu discurso falou sobre a integração com o campo desde a infância. “Agradeço a fidalguia desta homenagem, pois tenho raízes no campo também. Meu pai foi, por 40 anos, médico veterinário, e eu, até os 18 anos, sempre morei nas fazendas onde ele trabalhava. O contato com a natureza aproxima o homem de Deus. Podemos nos orgulhar de ter a mais eficiente agricultura dos trópicos”, disse.

O presidente do sistema FAESP/SENAR, Fabio de Salles Meirelles, também recebeu uma homenagem. “O homem do campo sempre precisou falar com a voz do coração! Gostaria de saudar todos os presentes, especialmente os representantes da Faesp, por alcançar a marca de 563 municípios onde a Federação está implantada”.

O cantor Eduardo Araújo abriu a cerimônia com um pocket show que animou os presentes. Também fazendeiro, Eduardo Araújo recebeu uma homenagem do prêmio, em reconhecimento ao incentivo e à contribuição que presta no meio rural.

Premiação-“Os cases são uma amostra do atual estágio do nosso setor, de crescente inovação, aprimoramento, ganho de produtividade e busca contínua pela excelência na produção, atendimento à demanda dos consumidores, além do respeito às pessoas que atuam diretamente na cadeia produtiva”, diz Claudio Silveira Brisolara, da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo e membro da comissão técnica do 3ª Produz Brasil.

De acordo com Brisolara, merece destaque a preocupação das empresas participantes com a sustentabilidade, palavra que para muitos é um chavão, mas que segundo a Comissão Técnica de avaliação está incorporada de forma pragmática nos processos de gestão das empresas, em especial daquelas que participaram do prêmio e foram visitadas, tanto é que algumas empresas já criaram diretorias de sustentabilidade.

“Sustentabilidade é, simultaneamente, cuidar da saúde financeira da empresa, cuidar dos colaboradores e da sociedade na qual a empresa está inserida, e é também se preocupar com o meio ambiente para garantir a reprodução das gerações presentes e futuras”, diz. “É isso que estamos semeando e colhendo e por isso somos referência mundial e temos tudo para sermos a maior potencial agrícola mundial”, completa Brisolara.

Na categoria “Responsabilidade Social” a vencedora foi a usina Cerradinho Bio Energia, com o projeto Criança Doce Energia. Implementado na cidade de Chapadão do Céu, Goiás, em 2010, o projeto atende 60 crianças e jovens entre 8 e 16 anos. É idealizado para incentivar e prepará-los para o mercado de trabalho e para a vida. São desenvolvidas atividades de esporte e lazer para atender às expectativas e carências locais dos jovens. Para inserir os jovens no mercado de trabalho, a usina ofertava vagas para os familiares dos empregados, mas hoje abriu para comunidade de Chapadão do céu.

Em “Responsabilidade Ambiental”, quem ganhou foi Cocamar, Cooperativa dos Cafeicultores de Maringá, com o projeto Cultivar “Produzindo Florestas com Mãos Especiais”. Com a implementação de viveiro de mudas nativas na APAE de Maringá, o projeto atende hoje 32 pessoas, todos colaboradores da COCAMAR. O projeto iniciou em 2006 com o objetivo de promover a inserção social e atender as necessidades ambientais. Até 2011, foram distribuídas 2 milhões de mudas. Para 2013 está prevista a ampliação do viveiro e o contínuo aperfeiçoamento do processo pedagógico para a inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho e na sociedade.

Já na categoria “Maior Investimento em Inovação e Tecnologia na Gestão, no Processo e no Produto”, BASF, com o projeto DIGILAB, ficou com o primeiro lugar. Um diagnóstico rápido e preciso de doenças que atacam as lavouras é fundamental para assegurar o sucesso da colheita. Com essa preocupação, a BASF criou o DIGILAB, um sistema que auxilia na identificação dos sintomas das principais doenças em diferentes tipos de plantações e auxilia o produtor a escolher o procedimento correto de controle e prevenção. Com um microscópio digital, o equipamento traz um software com banco de imagens das principais doenças. Com amostras de parte das plantas, o produtor encaminha ao Gestor de Produtividade e em poucos segundos obtêm o diagnóstico da lavoura. Além de identificar a doença, o DIGILAB auxilia os Gestores de Produtividade na indicação do melhor tratamento e o momento certo de efetuar a aplicação, evitando despesas desnecessárias que interferem no resultado final do produtor.

A WEG, empresa especializada na fabricação e comercialização de motores elétricos, transformadores, geradores e tintas, com o projeto Eficiência energética no sistema de aeração de silos de armazenagens de grãos ganhou na categoria “Melhor Integração Fornecedor-Produtor”. Em grande parte dos silos de grãos instalados o aerador funciona em velocidade constante e é acionado quando detectado o aumento de temperatura. A solução criada e desenvolvida pela WEG consiste no uso de um motor elétrico de alta eficiência, com um inversor de frequência e sensores de temperatura no silo. Com a instalação desse conjunto ocorrerá uma substancial economia de energia elétrica, aumento da qualidade do produto por meio do controle de umidade e temperatura.

A FMC, uma das líderes no fornecimento de inseticidas, herbicidas e fungicidas, venceu como a “Marca Mais Lembrada do Agronegócio”. No relatório de sustentabilidade enviado, a empresa descreve a estratégia da empresa tanto no Brasil como em outros países para gerenciar a marca, missão e visão, objetivando investir em novas tecnologias, preocupando-se com as pessoas e também com o meio ambiente. A empresa chegou ao Brasil na década de 50, com equipamentos voltados à pulverização e à extração de suco cítrico. Nos anos 90 nasceram projetos voltados à produtividade das lavouras, alinhando conhecimento e tecnologia. Nos dias atuais, tem uma extensa linha de produtos para controle de pragas, plantas daninhas e doenças diversas culturas.

Para concorrer ao prêmio foram recebidos, analisados e avaliados 38 cases de empresas. O prêmio é reconhecido pelo rigor e transparência da avaliação. Os projetos inscritos foram analisados por uma Comissão Técnica especializada, e depois por um Conselho de Jurados.

Esta edição do prêmio superou a marca de empresas públicas e privadas inscritas e atraiu importantes apoios de institucionais de entidades de classe ligadas ao setor rural, como Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC), Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool do Estado de Goiás (Sifaeg) e União Brasileira da Avicultura (Ubabef).

Por conta da diversidade e da qualidade dos cases recebidos nesta edição os organizadores do Prêmio já pensam em criar novas categorias e até em fazer etapas estaduais, por exemplo. A ideia é ampliar as possibilidades de participação de outros projetos que podem servir de referência.

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