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20/10/2007 - 09:57

Empresários debatem voto distrital em evento

O parlamentar eleito pelo voto popular responde aos interesses do eleitor ou das organizações que financiaram sua campanha? Pensando em como as entidades empresariais podem participar ativamente dos rumos políticos do país e afinar interesses entre eleitos e eleitores, cerca de 1200 empresários ligados a associações empresariais de todo o Brasil irão debater sobre a importância do voto distrital, no 17º Congresso Brasileiro CACB, de 07 a 09 de novembro, em Florianópolis.

Falar sobre voto distrital está intrinsecamente ligado ao debate sobre a necessidade de uma reforma política. No atual sistema de eleição proporcional para vereadores e deputados estaduais e federais, o total de votos válidos é dividido pelo número de vagas em disputa, chegando-se ao quociente eleitoral. Dividindo-se o total de votos de um partido pelo quociente eleitoral, chega-se ao quociente partidário, que é o número de vagas que ele obteve. Se o quociente partidário der 6,5, por exemplo, significa que aquele partido elegeu seis de seus candidatos, mesmo que não sejam os mais votados. O resultado é um privilégio do partido, e não o candidato, isto é, o parlamentar não sabe quem esta representando na câmara.

Com a adoção do voto distrital, os estados e municípios seriam divididos em distritos eleitorais e cada região estaria representada pelos parlamentares locais. Um bom exemplo de voto distrital puro é o que acontece hoje na Inglaterra. Lá, o país é dividido em pequenas regiões, onde cada partido lança seus candidatos e o mais votado em cada uma é eleito. Já o voto distrital misto é o que existe na Alemanha, sendo uma mistura dos dois sistemas: uma porcentagem é eleita pelos distritos e outra, por eleições proporcionais.

Para o presidente da CACB, Alencar Burti, a “reforma eleitoral deveria ser a prioridade da reforma política”, que se arrasta há décadas no Congresso. O voto distrital, que divide estados e municípios em distritos eleitorais, seria uma forma de melhorar a qualidade da representação. "Ao se aproximar eleitos e eleitores, opera-se uma transformação fundamental: os cidadãos passam a fiscalizar, cobrar e responsabilizar seus representantes, num claro exercício de cidadania. O voto distrital pode alterar as relações de poder da sociedade brasileira", defende.

O papel dos empresários, nesse processo, é unir-se por meio do associativismo para votar no candidato que apresentar projetos que atendam aos interesses das micro e pequenas empresas, promovendo o crescimento econômico do país e favorecendo o cenário de empreendedorismo brasileiro. Um exemplo de sucesso é a Associação Comercial e Industrial de Joinville, que já possui um planejamento estratégico do município para os próximos 20 anos, independente de partidos políticos que assumam a prefeitura. A cada novo candidato a gestor público é apresentado o planejamento para que este possa ser incluído em seu programa de governo.

Não só as empresas ganham, mas toda a população desfruta dessas conquistas. Sorte dos habitantes dos municípios da região de Laguna, em Santa Catarina, por exemplo, que lucraram com os avanços na duplicação da BR101 e com a construção do Aeroporto Regional Sul – vitórias do Conselho Político Empresarial para o Desenvolvimento da Região.

O 17º Congresso Brasileiro CACB acontece simultaneamente ao 4º Encontro Nacional do Empreender e 11º Encontro Estadual do Empreender, entre os dias 7 e 9 de novembro, no Costão do Santinho, em Florianópolis. Além do debate sobre o voto distrital, estarão em pauta no Congresso temas como “A Participação das Entidades Empresariais nos Rumos Políticos do Brasil”, “O PAC e o Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas”, “Casos de Sucesso do Programa Empreender e Tendências para 2008” e “Ações para o Fortalecimento dos Pequenos Negócios”. As inscrições podem ser realizadas pelo site www.congressocacb2007.org.br até o dia 15 de outubro com parcelamento em duas vezes e, após este período, com o pagamento em uma única parcela.

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