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08/12/2012 - 08:02

Poupador precisa ter cuidado com as promessas exageradas de rentabilidade

O mercado internacional esta bem sensível a qualquer notícia relacionada à crise, seja na Eurozona, nos Estados Unidos ou na China. Infelizmente, parece que a luz no final do túnel não está tão perto e cada nova alternativa de acordo ou de ajuste acaba se agravando. Para os países emergentes é muito importante a exploração do mercado interno, de maneira a não se criarem impactos negativos em sua economia e minimizar a dependência de recursos estrangeiros. Isso, obviamente, é difícil e complicado, em virtude da globalização. Trocam-se mercadorias a todo momento, e para alguns países a sobrevivência depende das exportações, principalmente de insumos primários, e aquisição de produtos industrializados, tecnologicamente melhores do que aqueles internamente produzidos.

No Brasil, várias alternativas para aquecer o mercado estão sendo utilizadas, inclusive com a redução dos juros, com o objetivo de gerar "oxigênio" para as empresas conseguirem melhorar sua produção e vendas e manter ou melhorar a empregabilidade. Com a queda dos juros e fixação da taxa Selic no patamar de 7,25% ao ano, as aplicações financeiras acabaram sendo desestimuladas. Muitas delas chegam a gerar prejuízos em suas operações, principalmente as que são efetuadas par a um curto espaço de tempo.

As propostas de aplicações disponibilizadas pelas instituições financeiras, que precisam captar recursos com custo cada vez menor para emprestá-los, podem implicar alto risco para o investidor, principalmente quando se tratar de bancos de segunda linha e que proponham rendimentos fora da realidade. Uma das aplicações que podem gerar alto retorno é o investimento no mercado de ações, mas deve ser efetuado somente por quem dispõe de recursos para o longo prazo. Para o curto prazo, a única aplicação aparentemente melhor é a poupança.

Recentemente, vem sendo discutida alternativa de aplicações que, de acordo com especialistas, propõe a redução do imposto de renda e é bem mais rentável do que qualquer outra modalidade e com menos risco: o FIP (Fundo de Investimento em Participações). É constituído em forma de condomínio fechado, ou seja, como os fundos de investimento tradicionais. Administra os recursos, destinados à diversas modalidades de investimentos, como aquisição de ações, debêntures, bônus de subscrição ou outros títulos e valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em ações de emissão de companhias abertas ou fechadas. Esses fundos participam do processo decisório da companhia na qual investem.

O grande problema desses investimentos é saber quem está gerindo a carteira e quais são os seus limites. O prazo de resgate também é longo, de no mínimo cinco anos. Essa situação já limita o investimento de pessoas mais humildes e que não têm normalmente recursos para o longo prazo. Outra observação importante é que os FIP não têm a segurança, em caso de quebra, do Fundo Garantidor de Crédito, que banca o aplicador no valor limite de R$ 70 mil.

Todo cuidado é pouco em uma situação em que a economia não apresenta aos investidores oportunidades de grandes ganhos. Qualquer opção diferente deve gerar desconfiança. Não há como as Instituições assumirem pagamentos de rendimentos fora da realidade do mercado, buscando capitalizar-se. O risco de perda é grande para o poupador. Vejam o exemplo recente do Banco Cruzeiro do Sul, em que vários investidores perderam seus recursos.

Os FIP´s nada mais são do que recursos aplicados pelos investidores, sendo direcionados para investimentos em várias empresas, inclusive em construção civil, como forma de participar de um empreendimento. Os ganhos são gerados ao fundo através dos juros sobre aportes que possam ser efetuados através de debentures, ou através de juros sobre o capital próprio e dividendos das empresas onde houve a compra de ações.

.Por: Reginaldo Gonçalves, coordenador de Ciências Contábeis da FASM (Faculdade Santa Marcelina).

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