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11/12/2012 - 06:15

Fundo P2 Brasil anuncia startup em infraestrutura no setor de telecomunicações

Sexto investimento do maior fundo de infraestrutura do país irá prover serviços para operadoras de telecomunicações no Brasil.

São Paulo– O fundo P2 Brasil de infraestrutura (joint venture formada pelo Pátria Investimentos e Grupo Promon) anunciou no dia 14 de dezembro (sexta-feira), seu sexto investimento: a Highline do Brasil. A companhia é uma startup e irá atender clientes privados, principalmente grande operadoras, com infraestrutura para telefonia móvel. O foco da empresa será construir e comprar ativos para o setor incluindo sites (torres e estruturas em topos de edifício) e DAS (Distributed Antenna Systems) que serão atrelados à contratos de longo prazo com as operadoras. Para o estabelecimento da empresa e construção dos primeiros ativos, o P2 Brasil alocou, inicialmente, R$ 300 milhões de capital próprio.

O setor de telefonia móvel no país apresenta números superlativos e a expectativa é que siga demandando crescentes investimentos nos próximos anos. Em 2009, o Brasil tinha 92 linhas de telefonia celular para cada 100 habitantes e, em 2012, é esperado que esta número atinja 140 linhas para cada 100 habitantes, em razão do aumento da renda média da população. Além disso, os aparelhos que usam banda larga têm crescido substancialmente (de 2% de penetração em 2008 para 17% em 2011). O uso destes aparelhos aumenta a pressão sobre a atual infraestrutura, dado que os aparelhos de banda larga exigem maior capacidade de transmissão, especialmente devido ao maior tráfego de dados.

Especialistas indicam que a infraestrutura ideal deve ser de aproximadamente 1.000 linhas de telefonia celular por site. Países como Japão e Estados Unidos apresentam aproximadamente 400 e 1.200 linhas por site, respectivamente. No outro extremo, o Brasil possui cerca de 4.500 linhas de telefone celular por site, o que indica uma grande necessidade de expansão.

Dos atuais cerca de 60.000 sites de telefonia celular no Brasil, cerca de 15% são controladas por operadores independentes. A Highline estima a necessidade de um crescimento de duas a três vezes da infraestrutura atual nos próximos anos no país, e uma participação de operadores independentes de até 40%, como ocorre nos Estados Unidos. A Highline pretende ser um dos principais operadores independentes deste mercado nos próximos anos.

“Além do crescimento consistente do setor e do uso cada vez mais difundido de dispositivos de banda larga, que exigem significativamente mais capacidade de transmissão, já estamos lidando atualmente com uma infraestrutura deficiente e de baixa qualidade”, aponta Ivo Godoi Jr., diretor executivo da Promon e managing director do P2 Brasil.

Segundo Otávio Castello Branco, sócio do Pátria e managing director do P2 Brasil, grande parte da infraestrutura atual é feita pelas próprias operadoras de telefonia móvel. “Esse cenário deve mudar significantemente nos próximos anos, com as grandes operadoras fazendo uso de fornecedores independentes de infraetrutura, seguindo o que já acontece em mercados mais maduros. Além disso, o setor de operadores independentes ainda é muito fragmentado no país”.

Para o cargo de CEO da Highline do Brasil, o P2 Brasil contará com a comprovada experiência de Alexandre Braga no setor detelecomunicações. Alexandre foi managing director da American Tower no Brasil, e também liderou os trabalhos de desenvolvimento de operações em outros países da América Latina.

“Estamos vivendo um momento em que as necessidades de infraestrutura em telefonia móvel estão cada vez mais visíveis, com os consumidores e o próprio governo, mais atentos à qualidade dos serviços prestados. Pelo seu tamanho e futuras oportunidades (incluindo a realização da Copa do Mundo e Olimpíadas), o Brasil demanda fortes investimentos em infraestrutura de apoio às operadoras de telefonia”, diz Alexandre Braga.

Perfil-O P2 Brasil é um fundo de investimentos formado em joint venture pelo Pátria Investimentos e Grupo Promon, com o foco nos setores de logística e transporte, óleo e gás, telecomunicações e serviços ambientais, com ênfase na infraestrutura de apoio para clientes corporativos. Em meados de 2011, o P2 Brasil concluiu a captação de US$ 1,15 bilhão junto aos principais investidores institucionais do mundo. Neste ano, além da Highline, o P2 Brasil já anunciou investimentos na NovaAgri, Hidrovias do Brasil, Oceana, LAP (Latin America Power) e Nova Opersan.

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