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11/12/2012 - 07:22

Mudando hábitos e diversificando os investimentos

O perfil do investidor brasileiro é comprovadamente conservador, ou seja, ele ainda é muito desconfiado quando o assunto é como, onde e de que forma aplicar o seu dinheiro, além de ser totalmente avesso às oscilações nos rendimentos. Mas isso não é uma exclusividade do nosso país. Segundo a pesquisa “Global de Atitudes de Investimento ao Redor do Mundo”, divulgada em agosto pela empresa Nielsen, 38% dos brasileiros são conservadores, ficando atrás apenas dos mexicanos, com 43%, e com o mesmo percentual de nossa vizinha Argentina.

Outro dado interessante é que 7% dos brasileiros tomam decisões sobre seus investimentos de forma impulsiva, sem buscar conhecimento. Pode parecer pouco, mas é o maior índice da América Latina.

Apesar do conservadorismo e da aversão à volatilidade, quando falamos de investimentos, há uma grande controvérsia nesse posicionamento: muitos brasileiros aplicam seus recursos em apenas um tipo de investimento, ou seja, não diversificam. E diversificação é uma das regras básicas na hora de investir.

Um exemplo brasileiro clássico, que ilustra muito bem a questão do conservadorismo, da aversão à volatilidade e da falta de diversificação, é a caderneta de poupança, que sempre figurou como um investimento seguro, mas que, ao contrário do que se apregoa, não é garantida pelo governo (os investimentos em poupança são garantidos até o limite de R$ 70 mil pelo Fundo Garantidor de Crédito – FGC, regra válida para outras aplicações, como CDB).

As duas maiores dificuldades na hora de investir são a falta de conhecimento sobre os produtos disponíveis e falta de planejamento, como a definição de objetivos e o prazo de realização.

O fato é que há uma variedade de opções de investimentos disponíveis no mercado, mas cada uma é voltada para um tipo de prioridade na vida do investidor e, consequentemente, do prazo que ele estabelece para realizar um sonho, comprar um bem ou simplesmente garantir uma renda maior no futuro.

Se for para pagamento de algum tipo de dívida, para comprar algum bem de pequeno porte, como um eletrodoméstico, ou até para uma pequena reforma, é aconselhável que se escolha investimentos de curto prazo, de até seis meses, e aí, sim, a caderneta de poupança é recomendada.

Se a intenção do investidor for dar a entrada na casa própria, adquirir um carro ou pagar uma pós-graduação, a renda fixa é uma opção interessante. Entre os diversos produtos da renda fixa disponíveis estão o Tesouro Direto, LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), em especial de bancos menores, que pagam as melhores taxas.

Outra opção para quem procura diversificar, mas pensando no longo prazo, em ter uma reserva financeira futura, é investir em fundos de investimento imobiliário. A vantagem nessa aplicação é a possibilidade do recebimento de rendimentos proveniente de aluguel, sem a necessidade de pagar custos com escritura e impostos, como o ITBI. Além disso, os fundos imobiliários permitem a venda de parte da aplicação, são isentos de Imposto de Renda e permitem a negociação das cotas na Bolsa de Valores de São Paulo.

Taxas de investimento e de retorno e prazos variam entre as instituições. Então, a receita básica é ter em mente o seu plano, o seu objetivo, e quanto tempo está disposto para realizá-lo. Feito isso, é procurar no mercado investimentos que possam tornar seu sonho o mais próximo e rentável possível.

.Por: Mauro Calil, palestrante, educador financeiro e autor dos livros “Separe Uma Verba Para Ser Feliz” e “A Receita do Bolo” – www.academiadodinheiro.com.br

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