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14/12/2012 - 07:51

Construção naval brasileira avança com geração de empregos e expansão regional


O presidente do Sindicato da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Ariovaldo Rocha, divulga o balanço anual setor da construção naval mostrando que indústria de construção naval brasileira encerra o ano de 2012 com 367 projetos na carteira de encomendas dos estaleiros, gerando 62 mil empregos em diversas regiões do país.

É um setor consolidado, com datas de entregas previstas para navios, plataformas e sondas de perfuração até 2020. Tem perspectivas de mais encomendas nos próximos 10 anos. O emprego vai aumentar para 100 mil pessoas, até 2017, considerando nove novos estaleiros em implantação e a demanda de pessoal nos estaleiros atuais.

O setor apresenta uma distribuição em polos de construção naval regionais, cumpre seu papel na criação de uma nova categoria profissional, proporciona integração entre instituições de ensino e pesquisa e empresas.

A construção naval cumpre uma política de Estado de geração de empregos, formação de recursos humanos e aumento do conteúdo local a navios e plataformas.

.Novembro 2012: .Fonte: Sinaval e estaleiros - * Informações do Sindnaval AM.

São empregos de qualidade, bem remunerados, com possibilidade de avanço na profissão, amparados nas normas de segurança e saúde do trabalho da NR-34, desenvolvida por comissão tripartite formada por trabalhadores, estaleiros e técnicos do Ministério do Trabalho e Emprego.

Um amplo programa de formação de recursos humanos, desenvolvido ao longo dos anos, está atuante envolvendo universidades, escolas técnicas e governos federal, estadual e municipal, em diversos polos navais regionais (Amazonas; Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

A carteira de encomendas dos estaleiros brasileiros representa 8% do total da construção naval internacional. O Brasil é destaque nas estatísticas mundiais na construção de plataformas e sondas de perfuração.

Uma demanda identificada até 2020, nas encomendas da Petrobras, atrai investimento de grandes empresas locais e internacionais. Entre as mil maiores empresas instaladas no Brasil 30 participam da atividade de construção naval, 13 são acionistas de estaleiros e 17 são fornecedoras.

Desembolsos do FMM - Os desembolsos do FMM, segundo a Controladoria Geral da União (CGU – Portal da Transparência), até novembro de 2012 representaram R$ 2,924 bilhão, confirmando a expectativa de desembolsos superiores a R$ 3 bilhões, ao final de 2012.

Os desembolsos através dos agentes financeiros com recursos do FMM, desde 2001, somam R$ 16,8 bilhões.

.Obras: .Fonte: Sinaval.

Os estaleiros brasileiros têm em sua carteira de encomendas 367 obras de construção naval e offshore.

Os destaques são as unidades de maior valor agregado: a construção e integração de 20 plataformas de petróleo e seus módulos de produção; 28 sondas de perfuração; 70 navios de apoio marítimo; os 66 navios petroleiros (incluindo produtos e bunker); e 15 navios gaseiros.

As obras do segmento de transporte fluvial deverão se ampliar nos próximos anos, em função da prioridade logística que reconhece a importância desse modal.

Permanecem tímidas, para as dimensões do nosso mercado, as encomendas de navios graneleiros e porta contêineres.

Navios petroleiros do Promef (Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro), plataformas de produção de petróleo e sondas de perfuração têm seu cronograma de construção definido, com datas de entregas previstas.

.Navios do Promef: [Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro] | Situação da construção e previsões de entrega até 2020:

Plataformas de produção de petróleo - Os estaleiros brasileiros estão construindo 20 plataformas de produção de petróleo, das quais 14 inteiramente construídas no país. Seis cascos foram convertidos em estaleiros internacionais. É nítida ênfase na construção local desses equipamentos, implantando no Brasil uma ampla capacidade industrial para atender a demanda do segmento de produção de petróleo offshore.

.Construção plataformas de produção de petróleo: .Fonte: Sinaval e Petrobras.

O FPSO Cidade de São Paulo, cuja construção e integração de módulos foi realizada pelo estaleiro BrasFELS, foi entregue à Petrobras em novembro de 2012, antecipando em três meses em relação ao prazo previsto (janeiro de 2013).

.Sondas de perfuração | Construção no Brasil: 28 sondas contratadas.

.Entregas realizadas e previstas: .Fonte:Petrobras.

.Novos estaleiros | Capacidade produtiva dos novos estaleiros em implantação: .Fonte: Sinaval e estaleiros.

Os novos estaleiros em implantação aumentam em 70% a capacidade de processamento de aço do setor, representam investimentos no valor de R$8,7 bilhões, com previsão de gerar 24.700 novos empregos.

Conteúdo local-O aumento do conteúdo local nos fornecimentos a navios e plataformas offshore é uma prioridade no Sinaval, desde 2008. Em 2011 o Sinaval realizou o I Fórum de Conteúdo Local.

É uma política de Estado. Estão envolvidos neste esforço o Ministério da Fazenda (Caixa e BB); o Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior (ABDI e BNDES); o Ministério das Minas e Energia (Petrobras e Prominp); Ministério dos Transportes (Fundo da Marinha Mercante – FMM); Ministério da Ciência e Tecnologia (FINEP); instituições da iniciativa privada (ONIP, Sobena, Sinaval, Syndarma) e instituições de ensino e pesquisa (CEENO, UFRJ-Coppe, USP, UFPE e FURGS).

Polos Navais, tecnologia e inovação-A diversificação regional dos polos navais é uma realidade. Existem no Amazonas; Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A RICINO - Rede de Inovação para Competitividade da Indústria Naval e Offshore é um projeto da Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (Sobena),Centro em Excelência em Engenharia Naval e Oceânica (CEENO), Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítimas (SYndarma) e Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval).

Atua através de núcleos regionais no Rio Grande do Sul e Pernambuco, núcleo de projeto naval, em São Paulo; e núcleo de tecnologia no Rio de Janeiro.

O objetivo é coordenar ações de instituições de ensino pesquisa e instituições governamentais com os empreendimentos de construção dos estaleiros.

Esse esforço é essencial para aumento do conteúdo local nos fornecimentos, para suprir necessidades de tecnologia e apoiar a inovação no setor.

Em dezembro, o Prominp – Programa de Mobilização da Indústria Nacional do Petróleo e Gás anunciou que, a partir de 2013, será implementado o programa APLS - Arranjos Produtivos Locais, no entorno das regiões onde a Petrobras tem grandes empreendimentos em andamento (refinarias, complexos petroquímicos e construção de navios e plataformas).

Cinco projetos piloto serão implementados: Rio Grande (RS), Itaboraí (RJ), Ipatinga (MG), Maragogipe (BA) e Ipojuca (PE). O programa tem parceria com o Ministério do Desenvolvimento (Mdic) e com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A característica dos polos navais é a existência de um conjunto de estaleiros, a integração de ações de governos estaduais e municipais, universidades e escolas técnicas para formação de recursos humanos; a criação de centros de tecnologia.

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