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14/12/2012 - 08:53

Crédito y Caución revela a performance atual dos setores de atividade no Brasil

Os setores metalúrgico, farmacêutico, construção, serviços financeiros, alimentação e engenharia têm as melhores previsões. O setor têxtil é, por sua vez, o que se encontra em piores condições. Brasil tem atualmente uma das percentagens de desemprego mais baixas de toda a história do país. O crescimento abrandou em 2012, mas será forte nos próximos anos.

A Crédito y Caución acaba de realizar um estudo sobre o Brasil que apresenta as perspetivas do país para o futuro a curto, médio e longo prazo.

Diminuição do crescimento-Depois de uma recuperação econômica forte e com uma base ampla em 2010, graças à normalização das exportações para a Ásia, aos investimentos e a uma procura estável por parte dos consumidores, o desempenho econômico do Brasil perdeu força desde 2011. Os volumes de exportação caíram e a demanda interna e o investimento líquido diminuíram. Depois de um crescimento de 2,7% em 2011, o PIB deverá subir apenas 1,5% em 2012. De fato, no primeiro e no segundo trimestre de 2012, a economia cresceu apenas 0,8% e 0,5% em relação ao ano anterior.

O PIB acumulado para o período de 12 meses que termina no segundo trimestre de 2012 cresceu apenas 1,2% face ao ano anterior, em comparação com o período de 12 meses que terminou no segundo trimestre de 2011. O consumo das famílias cresceu apenas 2,5%, apesar da confiança dos consumidores ser relativamente elevada e do aumento de salários observado ao longo dos últimos dois anos. O consumo do governo aumentou 2,2%, ao passo que a formação bruta de capital fixo diminuiu 0,3%.

No que diz respeito a setores em particular, a produção nos serviços aumentou 1,6% e a agricultura registrou um crescimento de 1,5%, mas o setor industrial registrou queda de 0,4%, devido a custos elevados, infraestruturas deficientes e à moeda forte, sendo que a situação foi agravada pela fraca demanda em termos globais.

Recuperação econômica em andamento-Entretanto, há sinais de recuperação no segundo semestre deste ano que ganhará força em 2013. Grande parte dessa expectativa baseia-se na recuperação dos mercados de exportação – especialmente a China –, nos preços mais altos das matérias-primas e numa leve, embora ainda incerta, recuperação na economia global. A inflação diminuiu desde o início de 2012, para 5,4% em outubro, mas ainda está acima do objetivo de 4,5% do Banco Central do Brasil.

O mercado de trabalho mantem-se saudável, com uma taxa de desemprego de 5,4% em setembro de 2012: uma das percentagens mais baixas na história do Brasil. Isto, juntamente com um aumento da renda média, ajuda a sustentar o consumo doméstico.

O valor total dos empréstimos de crédito concedidos por instituições financeiras brasileiras deve chegar a 52% do PIB até o final de 2012. Além disso, de acordo com o Banco Central, no terceiro trimestre de 2012 a taxa média de inadimplência do consumidor (isto é, os pagamentos realizados com mais de 90 dias de atraso) foi de 7,9% – a maior taxa desde dezembro de 2009 –, enquanto a taxa de inadimplência das empresas manteve-se nos 5,9%.

Relações Internacionais estáveis-As relações internacionais são particularmente estáveis com uma atitude pragmática em relação aos EUA e países da América do Sul, incluindo Bolívia e Venezuela. Cada vez mais, o Brasil procura projetar sua crescente força política e econômica a um nível global: por exemplo, no seu papel como membro do G20.

Uma política fiscal mais expansiva-A flexibilização da política monetária do Banco Central chega num momento em que a política fiscal é bastante expansionista. O investimento para explorar os enormes campos de petróleo offshore e os próximos eventos esportivos – como a Copa do Mundo da FIFA de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 – estão a impulsionar os gastos do setor público. Em geral, a política orçamental do Brasil é prudente, mas, nos últimos anos, os superavits primários (isto é, antes do pagamento de juros) têm estado abaixo da taxa pretendida pelo governo de 3,1% do PIB.

Em vista da ainda elevada dívida pública (56% do PIB), o governo deve implementar mais medidas de austeridade no setor público, de modo a reduzir o déficit fiscal e evitar que a dívida pública suba ainda mais. As medidas poderiam incluir uma reforma do complexo sistema fiscal e do mercado de trabalho, mas o progresso em ambas as áreas é improvável.

Até agora, o governo tem sido bem sucedido apenas na revisão do sistema público de pensões.

Situação energética: reservas de petróleo muito grandes-Há grandes reservas marítimas de petróleo no pré-sal (localizadas abaixo das camadas profundas de rocha e sal na costa do Brasil) estimadas em 50 bilhões de barris. A crescente exploração destes recursos poderia transformar o Brasil num dos maiores produtores de petróleo do mundo. Em julho de 2011, a Petrobras anunciou investimento de 225 bilhões de dólares para aumentar a produção diária de 2,6 milhões para 4 milhões de barris em 2015 e 6,4 milhões de barris em 2020.

O crescimento econômico será forte nos próximos anos-Em curto prazo, espera-se que a demanda doméstica seja impulsionada por taxas de juros mais baixas e do estímulo orçamental adicional oferecido nos últimos meses. Em 2013, o crescimento deve ser de 4,2%, à medida que o consumo privado, o investimento empresarial e as importações – especialmente da Ásia – melhorem. Todavia, a inflação mais alta (prevê-se que chegue a 5,7% em 2013) é um efeito colateral negativo desta recuperação, potencialmente forçando a política monetária a tornar-se mais restritiva de novo. A médio prazo, os investimentos – em infraestruturas, que culminarão na Copa do Mundo e nos Jogos Olímpicos, e nos campos marítimos de petróleo – contribuirão para uma verdadeira atividade econômica e, se tudo correr da melhor forma, para receitas cambiais extraordinárias. Para 2014 e 2015, são esperadas taxas de crescimento econômico entre 4% e 5% ao ano.

Perfil-Crédito y Caución é a operadora líder no seguro de crédito interno e de exportação no mercado ibérico desde sua fundação, em 1929. Com participação de mercado de 54%, contribui há mais de 80 anos para o crescimento das empresas, protegendo-as dos riscos de não pagamento, associados às suas vendas a crédito de bens e serviços. Desde 2008, é o operador do Grupo Atradius em Espanha, Portugal e no Brasil.

O Grupo Atradius é um operador global do seguro de crédito, presente em 45 países. Com participação de mercado mundial de seguros de crédito de aproximadamente 31%, tem acesso a dados em mais 100 milhões de empresas em todo o mundo e toma cerca de 20 mil decisões diárias sobre limites de crédito comercial. O operador global consolida sua atividade dentro do Grupo Catalana Occidente.

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