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14/12/2012 - 09:06

Indústria de conteúdo deve retomar nível de crescimento pré-crise de 2008, conclui estudo da Bain & Company

A pesquisa com mais de seis mil consumidores em oito países identifica cinco tendências que estão moldando os setores de música, vídeo, livro e videogame.

São Paulo– Novo relatório da empresa global de consultoria estratégica Bain & Company, "Criação de Valor na Era Digital", aponta que os mercados emergentes são a força motriz para a indústria de conteúdo retomar, até o final do ano, ritmo de crescimento econômico anterior à crise de 2008. "Fizemos uma pesquisa em profundidade para diagnosticar o estado das mídias e seus dispositivos. Apesar do campo se mostrar turbulento como sempre, um apetite crescente por conteúdo e novas experiências, impulsionado principalmente pelos mercados emergentes, traz um terreno fértil para novos modelos”, afirma Jean-Claude Ramirez, sócio da Bain & Company.

A pesquisa global da Bain, com mais de 6.000 consumidores do Brasil, EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Rússia, China e Índia, destaca como as inovações na indústria de conteúdo são em grande parte moldadas por cinco tendências: .Abundância – os consumidores querem acesso a uma estante infinita de conteúdo. Prova disso é que o tamanho do catálogo de livros na Amazon cresceu nove vezes, de 2,3 milhões de opções em 2005 para mais de 20 milhões em 2012.

.Personalização – os consumidores estão cada vez mais segmentados por seus interesses. Os filmes selecionados na Netflix com base em um mecanismo de recomendação cresceram 1,3 vezes, de 60% em 2005 para 75% em 2012.

.Aglutinação – públicos fragmentados se convergem em poderosas plataformas digitais. A participação do Google em receitas de publicidade online, por exemplo, praticamente dobrou, passando de 22% em 2005 para 42% em 2012.

.Comunidade – redes sociais estão se tornando fundamentais como opções de conteúdo. Usuários ativos do Facebook cresceram 167 vezes, de 6 milhões em 2005 para um bilhão em 2012.

.Engajamento – os consumidores estão ativamente envolvidos na descoberta e curadoria de conteúdo. O Crowdfunding, espécie de financiamento colaborativo, cresceu 12 vezes em dois anos, de 28 milhões em 2010 para 330 milhões em 2012.

Essas cinco tendências estão afetando setores-chave da indústria de conteúdo de diferentes formas: .Gravações musicais – vários sinais apontam para a estabilização da indústria musical, incluindo a previsão da Bain de que as vendas digitais vão superar as vendas físicas em 2012 na maioria dos mercados maduros. A socialização da música também está acontecendo, com o aumento da porcentagem de consumidores que utilizam as redes sociais para obter recomendações de seleção de música. Nos EUA e no Reino Unido, esse número subiu de 40% em 2009 para 48% em 2012, e de 63% na China em 2009 para 70% este ano

.Vídeo – tablets, como o iPad, estão mudando a forma como os consumidores assistem a vídeos, e estão dando início a uma era de TV social. De acordo com a pesquisa:

. Um terço dos consumidores nos EUA usam seus tablets para assistir a vídeos, enquanto esse número cresce para aproximadamente 40% no Reino Unido, China e Brasil: . Metade dos proprietários de tablets deixou de usar a TV para assistir a certos tipos de conteúdo, seja ele noticiário ou entretenimento.

.Em termos de apetite do consumidor por experiências inovadoras de TV, 54% dos pesquisados nos EUA, Reino Unido, França e Alemanha dizem que eles estariam interessados em interagir com um programa, como, por exemplo, de disponibilização de resenhas, votação, participação em quiz, etc

.O mesmo percentual, 54%, nos EUA e Reino Unido estaria disposto a assistir à publicidade durante novas experiências de TV. E 16% pagariam uma taxa extra por isso

.Livros – a transição digital de publicação de livros só começou realmente nos EUA e no Reino Unido, segundo a Bain. Quase metade dos consumidores nesses países já lê e-books, aproximadamente três por ano, em média.

. A quota de mercado varia, com base no gênero (40% dos e-books lidos nos EUA são lançamentos, 46% são outras seleções de literatura), mas e-books possuem um share de mercado de 15% nos EUA e 6% no Reino Unido. Esse número diminui para 2% na França e 1% na Alemanha. Vários fatores têm dificultado a penetração de e-readers na Europa, incluindo apego do consumidor ao papel e redes de distribuição físicas mais viáveis

. Clubes de e-book parecem atrair mais atenção no Brasil, Rússia, Índia e China, onde 70% dos consumidores estariam interessados em uma assinatura anual tendo como benefício um desconto de 10% a 20% no preço dos livros eletrônicos. Esse número cai para 50% na França e na Alemanha, e 30% nos EUA e no Reino Unido. Os leitores de e-books dos BRICs também estão mais propensos à exposição publicitária ao ler um e-book, com três quartos deles declarando interesse. Essa disposição cai pela metade para os consumidores nos EUA, Reino Unido, França e Alemanha

.Quarenta e quatro por cento dos consumidores nos EUA, Reino Unido, Rússia e Brasil afirmam ler mais livros (digitais e impressos) desde que começaram a utilizar e-books. Esse número cai para 32% na França e na Alemanha, mas salta para 59% na China e Índia

.Videogames – a Bain prevê que o mercado de videogames conectados à rede terá atingido, até 2014, 30% de penetração em domicílios

. Enquanto no geral os jogadores passam 12% do seu tempo jogando em smartphones e outros 34% em console, esse número salta para 38% no caso dos jogadores que só utilizam os smartphones para jogar, e cai para 27% entre aqueles que só usam consoles.

.Os jogadores que usam dispositivos móveis passam mais de um terço de seu tempo em jogos mais casuais, na maioria em redes sociais

. Nos EUA e Reino Unido, 15% dos jogadores passam 50% ou mais de seu tempo em jogos baseados em redes sociais. Na França e na Alemanha, são apenas 10% dos jogadores. O número cai para 8% nos países do BRIC.

"As plataformas digitais não só aumentam a profundidade do conteúdo disponível para os consumidores, mas também estimulam o interesse por novas experiências", conclui Jean-Claude "A satisfação desse apetite é ao mesmo tempo um grande desafio para os produtores de conteúdo e uma grande oportunidade para as editoras tradicionais e plataformas digitais se tornarem curadores do caos digital."

Perfil-A Bain & Company, empresa líder global em consultoria de negócios, orienta clientes em relação a estratégias, operações, tecnologia, constituição de empresas, fusões e aquisições, desenvolvendo práticas que assegurem aos clientes transparência nos processos de mudança e tomada de decisões. A Consultoria trabalha em sinergia com os clientes, vinculando seu fee aos resultados. O desempenho dos clientes da Bain superou o mercado de ações em 4 para 1. Fundada em 1973, em Boston, a Bain conta com 49 escritórios em 31 países e já trabalhou com mais de 4.600 empresas entre multinacionais e companhias privadas e públicas em todos os setores da economia.[ www.bain.com.br].

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