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18/12/2012 - 06:51

Defesa brasileira apresenta indefinições

A Copa das Confederações – que começa a pouco mais de seis meses - será o primeiro de três grandes eventos que acontecerão no Brasil e que contarão com pessoas de inúmeros países (Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016 são os outros dois). Porém, mesmo às vésperas de iniciar esta importante sequência, o País ainda precisa definir a questão da segurança.

Segundo determinação da FIFA, os agentes (ou stewards) que trabalharão dentro dos estádios e em grandes eventos devem ser de organizações privadas, cabendo a polícia brasileira e outras corporações a segurança fora dos campos de jogo. Os policiais só poderão intervir caso entendam que a segurança não está garantida ou se a entidade que regula o futebol mundial pedir apoio.

De acordo com a Polícia Federal, órgão que regula a atividade no País, o contingente é de mais de dois milhões de vigilantes cadastrados, sendo que 600 mil atuam regularmente em duas mil empresas. Desses, a estimativa é que sejam usados 25 mil profissionais que devem realizar um curso de especialização no controle de multidões e na prevenção de tumultos e problemas com racismo, homofobia e xenofobia entre os torcedores esperados de 32 países.

O primeiro problema é que a portaria que prevê como serão os cursos - apesar de conter alguns preceitos como 50 horas em cinco dias de aula para os agentes atuarem em eventos acima de três mil pessoas - ainda precisa ser aprovada, sendo que o prazo para a exigência do curso entrar em vigor é de seis meses após a publicação do documento. Assim, para valer para a Copa das Confederações, a portaria tem de ser publicada até o final deste ano.

Outra questão a ser considerada pelo governo é quem aplicará esses cursos. É importante que empresas idôneas e com know-how possam treinar os agentes para que não se repita o que aconteceu em Londres-2012, quando militares foram convocados às pressas porque a empresa contratada para preparar os agentes não conseguiu treinar os 13.700 profissionais.

Empresas que já atuaram em outros eventos e/ou ações internacionais, que possuam profissionais com altos níveis acadêmicos também serão indispensáveis para trazer aos agentes brasileiros exemplos, situações vivenciadas no exterior que deram certo ou errado, mostrar quais são as diferenças comportamentais e culturais dos turistas, entre outros. Só assim, os profissionais poderão ter uma visão mais operacional possível de como será a atividade durante os eventos.

Fazendo uma alusão com a paixão nacional que é o futebol, o juiz já está chamando os times para o gramado e o Brasil sequer montou seu esquema tático e nem iniciou o aquecimento para disputar a partida da Copa do Mundo.

.Por: Laurent Serafini, sócio diretor da Velours International no Brasil.

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