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19/12/2012 - 08:07

Tecnologia pode favorecer o meio ambiente


Quem respira o ar de São Paulo ou do Rio de Janeiro no horário de pico sabe que as práticas de trabalho tradicionais são prejudiciais ao ambiente. A emissão de poluentes causada pelos carros é um problema para a saúde e para a economia. Estima-se que, em 2008, o tempo e o combustível desperdiçados no trânsito custaram a São Paulo cerca de US$ 21 bilhões, ou 10% da economia da cidade. E desde então, o número de veículos só aumentou.

Este cenário é uma realidade não apenas no Brasil. Segundo a ONU, cerca de 3 bilhões de pessoas vivem em áreas urbanas. Em 2050, esse número chegará a 6,5 bilhões. Agora imagine o tamanho dos congestionamentos em 2050, se os moradores das cidades continuarem a se locomover até o trabalho?

A boa notícia é que, em 2050, esse quadro não será o mesmo, pois a tecnologia torna desnecessário trabalhar todos os dias em um escritório fixo. A computação em nuvem, os smartphones e a videoconferência proporcionam aos profissionais as condições para que possam trabalhar em diferentes escritórios, em casa, enquanto se locomovem de um endereço a outro, ou em locais de trabalho compartilhados nas regiões onde moram.

A flexibilidade de horários e locais de trabalho pode reduzir custos com imóveis e aumentar a produtividade. No Brasil, 73% dos executivos consideram que a companhia em que atuam tornou-se mais produtiva com a adoção de práticas alternativas.

Trajetos mais curtos-Uma das formas de se aumentar a produtividade, adotada pelo trabalho flexível, é a redução dos trajetos ao permitir que os profissionais trabalhem mais perto de onde residem. Além disso, o uso de ambientes de trabalho próximos a clientes ou aeroportos também diminuem as distâncias, o que representa uma redução de poluentes no ar.

Quando questionados sobre qual seria o tempo ideal de trajeto ao trabalho, 63,5% dos profissionais responderam 20 minutos ou menos. Infelizmente, a média global é de 40 minutos. Não raro este percurso leva uma ou duas horas na ida e na volta ao trabalho em grandes metrópoles. Além do tempo de trabalho e lazer perdidos, do stress e da baixa produtividade, o veículo em baixa rotação polui mais que o normal. A flexibilidade de horários permite aos profissionais evitarem os congestionamentos.

O desejo de instalar os escritórios próximos a clientes e aos meios de transporte é evidenciado pela revitalização do centro do Rio. As empresas, principalmente do setor de óleo e gás que estão chegando ao Brasil, preferem a região e também as de TI devido à proximidade com o aeroporto Santos Dumont. O recém-inaugurado centro empresarial no histórico Edifício Sul America, no centro do Rio, viu um crescimento imediato da demanda, devido às características favoráveis, o fácil acesso ao aeroporto e à região portuária. O edifício renovado, graças à tecnologia do retrofit, proporciona uma forma de trabalho mais sustentável, além de reduzir as viagens, o projeto preservou um edifício existente e tornou-o energeticamente eficiente.

Ambientes de trabalho compartilhados podem promover o uso eficiente de energia ao racionalizar o uso dos escritórios e por isso, apresentam taxa de ocupação maior. Já a ocupação nos escritórios tradicionais é de cerca de 50%, pois as salas de reuniões permanecem vazias durante a maior parte do dia.

.Por: Guilherme Ribeiro, diretor geral da Regus no Brasil.

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