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23/10/2007 - 10:25

Angra dos Reis surpreende em sua estréia no Mitsubishi Outdoor


5ª etapa do rali de estratégia foi considerada uma das mais difíceis de 2007.

Badalação característica do balneário carioca de Angra dos Reis não estava concentrada no mar, como de costume, mas sim em terra firm, no último sábado, dia 20 de outubro. Um total de 45 equipes, formadas por dois carros e até dez pessoas cada uma, disputou a 5ª etapa do rali de estratégia Mitsubishi Outdoor em trilhas off-road ao redor da cidade. Marcada por uma geografia diferente de tudo o que já foi apresentado antes nessa temporada 2007, a prova teve como fatores decisivos as grandes distâncias entre as atividades esportivas e culturais e as dificuldades de pilotagem, que complicaram a elaboração das estratégias de cada time.

“Nós resolvemos arriscar e fomos para uma parte onde havia um maior número de tarefas, que valiam pontuações menores”, explica Eduardo Martins, piloto da equipe vencedora desta etapa, a Virage by Pretty. “Ainda nos atrasamos na trilha de mountain bike e achamos que íamos perder, por isso a surpresa na hora de subir ao pódio!”, completa o paulista, que conquistou hoje sua 13ª vitória no Mitsubishi Outdoor. Concentrado na belíssima região da Serra da Bocaina, o rali se destacou pelo imenso potencial aventureiro; uma das atividades de maior sucesso com certeza foi o rapel na Pedra Branca. Apesar dos desafiantes 50 metros de altura, a estrutura montada no local permitiu que pessoas de todos os perfis pudessem completar a descida sem problemas e conhecer este esporte radical de uma maneira segura e muito divertida.

Os fãs de trekking também tiveram opções de todos os níveis: a caminhada mais fácil explorou um vale no meio da serra, enquanto a mais difícil contou com um desnível de 700 metros entre suas duas extremidades. Haja fôlego! Já os ciclistas colocaram suas mountain bikes na terra para completar uma trilha mais nivelada, onde o principal desafio era a navegação; para se orientar no caminho, todos os participantes precisaram usar uma bússola. A recompensa, no entanto, valeu a pena: o dia teve tempo bom e céu azul, com um visual espetacular dos morros cobertos de mata atlântica despencando sobre a baía de Angra dos Reis.

A região também ofereceu excelentes pontos para o desenvolvimento do núcleo cultural do rali. Na praça central de Bananal, os competidores tiveram a oportunidade de aprender a técnica de crochê com barbante, característica da cidade. O desafio era manufaturar um porta-celulares com a ajuda de artesões locais. Já as equipes que vieram a Angra munidas de GPS puderam testar suas habilidades de navegação, seguindo uma série de coordenadas para conquistar uma das provas.

Entretanto, o melhor das tarefas culturais com certeza foi São João Marcos: esse é o nome de um rico sítio arqueológico localizado no coração da serra carioca. As ruínas que hoje estão no local são os restos de uma cidade dos tempos coloniais, que acabou sendo inundada por uma represa e destruída há mais de 60 anos. Os competidores não sabiam do que se tratava até chegarem ao lugar especificado no mapa. Uma vez lá, cada equipe recebia um mapa original da antiga São João Marcos, onde estavam identificadas várias ruas e estruturas municipais; para completar a prova, era preciso percorrer as ruínas e encontrar três pontos marcados no desenho.

Já em Rio Claro, cidade próxima ao sítio arqueológico, também era possível visitar o museu onde estão guardados mapas e documentos históricos de São João Marcos. Contudo, quem chegou até lá não ficava apenas como mero observador: os técnicos da Casa de Cultura de Rio Claro equiparam os participantes com máscaras, luvas e jalecos e ensinaram todo o processo usado para catalogar e preservar tais materiais. “As ruínas foram muito interessantes e a tarefa sobre a preservação dos documentos foi uma grande curiosidade. Com certeza valeu a pena conhecer Angra com o rali!”, afirmou a curitibana Adriane Greca, que pela primeira vez subiu ao pódio, no segundo lugar, pela equipe Bora Bora.

As comunidades carentes da região de Angra dos Reis também foram premiadas durante o evento: 8,5 toneladas de alimentos não-perecíveis foram arrecadadas com as taxas de inscrição dos participantes, que precisam doar 30 kg por carro para competir no rali. “Selecionamos as instituições de caridade mais necessitadas de nossa cidade e vamos distribuir essa doação. Obrigada pela iniciativa, a ajuda será muito importante para nossa comunidade”, disse a sub-secretária de ação social de Mangaratiba, Maria Olívia Gomes.

Classificação da 5ª etapa: 1º lugar – Eduardo Martins e Gustavo Granado | Virage By Pretty – 1816 pontos. | .2º lugar – Sandor Shmuck e Amadeu Greca Bora Bora - 1604 pontos. | .3º lugar – Guido Salvini Neto e Carlos Salvini Junior Salvini Racing – 1598 pontos | .4º lugar – Daniel Hernandes e Gabriel Figueiredo Mercotubos Rally Team – 1595 pontos | . 5º lugar – Carlos Rossi e Guilherme Menes Tribo da Lama – 1488 pontos.

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