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20/12/2012 - 09:05

Mulheres invadem a construção pesada

Para suprir demanda do mercado e com o setor aquecido, elas assumem tarefas antes masculinas e destacam pelo profissionalismo e perfeccionismo.

Com a falta de mão de obra masculina diante de um cenário de crescimento da construção civil e pesada, as mulheres estão entrando cada vez mais nesse mercado para suprir a demanda da indústria. São serventes, carpinteiras, ajudantes de obras, pedreiras, soldadoras, técnicas em segurança do trabalho e engenheiras. Elas se misturam aos homens com naturalidade, e o melhor, em condições de igualdade de posição. E as construtoras têm se rendido a elas.

Ainda é cedo para quantificar a presença das mulheres nos canteiros de obras, mas uma coisa é certa: aos pouquinhos elas estão invadindo a praia dos homens. Para o Analista de Recursos Humanos da MIP Edificações Fabrício Antônio Bicalho, a movimentação de mão de obra feminina é natural. “No atual cenário econômico na construção civil, percebe-se a escassez de mão de obra masculina e, em contrapartida, vemos uma ascensão das mulheres nos diversos setores da construção civil”, pontua.

Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em 2010 as mulheres já somavam mais de 200 mil trabalhadoras com carteira assinada no país, quase o dobro do registrado em 2006, e 8% do total da construção civil. De janeiro a setembro deste ano, foram contratadas outras 24.904. E ainda há vagas.

Para Márcio Afonso Pereira, diretor de operações da MIP Edificações, a contratação de mulheres na empresa surgiu para suprir a falta de mão de obra masculina e o resultado superou as expectativas. “As mulheres são atenciosas, detalhistas, cuidadosas ao manusear os equipamentos e adaptaram bem nesse mercado que era exclusivamente masculino. Hoje temos vagas abertas para mulheres em nossas obras”, destaca Márcio Afonso.

Lílian Vogel, técnica de segurança do trabalho da MIP Edificações, entrou no mercado de trabalho de construção há 5 anos atrás e relata a dificuldade em conseguir emprego.“Quando entrei na faculdade tive muita dificuldade de conseguir um estágio na área, o mercado era masculino e fechado.Não desisti e fui a 1ªestagiária mulher na construção civil. Na MIP Edificações, aumentou o número de contratação de mulheres e um dos motivos da contratação de mão de obra feminina é que somos atenciosas e isso é um diferencial dentro da empresa, pois tratamos todos iguais e isso transmite segurança no trabalho , afirma Lílian Vogel.

Cidade da Solda Prepara Mulheres para o Mercado-Funcionando desde 2005, a Cidade da Solda de Betim, coordenada pela Instituição Social Ramacrisna, tem o objetivo de formar soldadores (as) e maçariqueiros para atender a demanda do mercado. Nos últimos três anos, 23 formaram no curso de soldadores. Em 2009, seis mulheres fizeram o curso, 2010, nove mulheres, 2011, oito mulheres e em 2012 onze mulheres vão formar no curso e a expectativa é de que esse número cresça devido a grande procura delas por esse mercado.

Segundo Marcos Vinícius da Silva, instrutor de processos de soldagem da Cidade da Solda, a procura das mulheres pelo curso de soldagem cresceu e a participação delas nas salas tem girado em torno de 40 a 50%. A escassez de profissionais soldadores é muito grande e as empresas quando nos procuram não fazem distinção de sexo. Algumas têm mudado a estrutura como vestiários e banheiros para receber a mulheres. A grande preocupação dos empregadores são as competências técnicas já que é um trabalho pesado. Os outros quesitos analisados passam pelo desempenho ao longo do curso e perfil profissional”,pontua.

O instrutor ainda destaca uma questão importante ao dizer que a qualidade dos profissionais formados no curso cresce em função até mesmo do desempenho das mulheres. “Não existe uma competição entre os alunos, mas os homens sabem que precisam de esforçar e estudar mais, já que é próprio das mulheres essa dedicação”.

Para Stephany da Silva Mendes, aluna da Cidade da Solda, o curso de soldador tem agregado e muito na sua área, já que é estudante de engenharia mecânica. “Sempre tive facilidade com desenhos e cálculos, por isso escolhi essa profissão. Toda parte que envolve a construção, o desenvolvimento e a finalização de um projeto me atrai. As mulheres estão sim, conquistando o mercado, está acabando aquele preconceito de que determinada área é só homem. Somos mais detalhistas, cuidadosas e exigentes naquilo que estamos fazendo e talvez isso seja o grande diferencial”, pontua a estudante.

Depois de capacitadas, as soldadoras já estão aptas para o mercado de trabalho. As mulheres a cada dia vêm conquistando o seu espaço e realizando suas tarefas com um empenho único e uma visão excepcional. [www.mipedificacoes.com.br]. [www.ramacrisna.org.br ].

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