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20/12/2012 - 09:13

Corinthians ganha do Chelsea, Brasil perde para o Reino Unido

Ao Brasil, que acaba de perder o posto de 6ª maior economia do mundo para o Reino Unido, faltou o que tem de sobra na modesta, mas aguerrida e triunfadora, equipe do Corinthians, que desbancou o ricaço Chelsea com onze guerreiros em campo, sendo que um deles evitou pelo menos cinco gols do time adversário, enquanto outro assinalou o gol da vitória.

O que fez o Corinthians para derrotar uma das equipes mais afamadas e mais caras do mundo e o que não fez (e não faz) o Brasil, para evitar o seu rebaixamento? O seguinte: o Corinthians jogou como manda os fundamentos do futebol. Justamente esses fundamentos são os que faltam na economia e no modelo de desenvolvimento do Brasil.

O Corinthians mostrou excelente entrosamento entre a defesa (a menos vazada na taça libertadores), o meio de campo (versátil) e o ataque (que dá para o gasto). Quando analisamos bem de perto os números do Brasil vemos que ele não tem uma sólida defesa (saúde, justiça, educação, moradia, igualdade social, emprego bem remunerado), falha feio no meio de campo (infraestrutura) e ataca em termos de competitividade de forma ridícula.

O Corinthians mostrou regularidade e ganhou o campeonato da libertadores de forma invicta. O Produto Interno Bruto do Brasil (PIB), desde o 4º trimestre de 2011, vem claudicando. Deve fechar o ano de 2012 na faixa frustrante do 1%. Sem consistência econômica, sua moeda vem se desvalorizando a cada dia (perda de 12% frente ao dólar, contra valorização de 4% da libra esterlina). Enquanto o Corinthians joga com velocidade e ataca com rapidez, a economia brasileira está em marcha lenta (só cresceu 0,7% de janeiro a setembro de 2012, contra 5% do Chile e do Peru).

Ao Brasil faltam alguns fundamentos básicos: no item PIB per capita o Brasil ocupa a 75ª posição; na qualidade da educação ele está no 88º posto; conta com baixo investimento e não desfruta de boa produtividade; tem uma das maiores arrecadações do mundo, em razão da forte carga tributária, mas presta serviços de quinta categoria.

O Brasil teve receita líquida em 2011 de 817 bilhões de reais; gastou com a Previdência 281 bilhões (34,4%); com pagamentos de juros 180 bilhões (22,1%). E o que gastou com saúde e educação? Apenas 8,7% e 6,5%, respectivamente, de sua receita líquida (informações de Clóvis Panzarini, O Estado de S. Paulo de 17.12.12, p. B2). Com a segurança pública, os três níveis de governo gastaram apenas 3,4% das receitas.

O técnico Tite, na véspera do jogo final, confiante, disse: “Vai Corinthians! É nóis, mano!” Ocorre que tem “manos” da banda boa, dedicada ao que se faz, e “manos” da banda podre. O Corinthians, em campo, mostrou garbosamente o primeiro grupo. Já o Brasil não tem conseguido se desvencilhar dos manos malandros: 69º país na percepção da corrupção, grande parte do seu dinheiro está indo pelos ralos dos juros e das picaretagens, das ONGs falsas, das obras públicas superfaturadas, dos mensalões do PT, PSDB e DEM, das empreiteiras de fachada, das secretárias presidenciais amantes do ganho fácil etc. Tudo o que acaba de ser descrito nos dá boas pistas para saber porque o Corinthians, surpreendentemente, ganhou do Chelsea e porque o Brasil perdeu seu posto para o Reino Unido.

.Por:Luiz Flávio Gomes (@professorLFG)|LFG – Jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil e coeditor do atualidadesdodireito.com.br. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001). | www.professorlfg.com.br.

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