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Microempresa da Zona Oeste do Rio de Janeiro ganha prêmio Rio Export

A Consuldent, fabricante de equipamentos médico-odontológicos de Bangu, na zona oeste carioca, recebeu esta semana, na Firjan, o prêmio Rio Export na categoria “Destaque Microempresa”. A empresa desenvolve produtos inovadores desde 2001, com foco na portabilidade. Está presente, hoje, em 19 países da América do Sul, América do Norte, Ásia, Oceania e Europa.

Os produtos foram desenvolvidos e patenteados por José Miguel de Lima, dentista há mais de 20 anos. Sua esposa e sócia, Sandra Maria de Lima, contou com a ajuda do SEBRAE/RJ desde os primeiros passos do negócio. Participou do Programa Brasil Empreendedor, a partir do qual conseguiu se estruturar e abrir a Consuldent.

“Nós tínhamos a idéia, mas faltava capital e informações para iniciar o empreendimento. A partir do curso, fizemos o projeto e conseguimos financiamento”, recorda Sandra, que se inscreveu no Prêmio Mulher Empreendedora deste ano. Hoje, a Consuldent emprega nove pessoas e tem seu contato facilitado com o Brasil e com o exterior por meio de um site. Orgulhoso com o prêmio, Miguel pensa em um futuro ainda melhor. “Agora, a gente vai ter que crescer. Vamos ter que procurar novos horizontes”, projeta. “Foi o SEBRAE/RJ que mostrou o caminho das pedras”, reconhece o dentista.

História contada em livro - O dentista Miguel Lima, da zona oeste do Rio de Janeiro, vislumbrou na necessidade de uma paciente uma nova oportunidade de negócio. Para atender em domicílio uma mulher que havia sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral), ele desenvolveu o protótipo de um consultório dentário móvel, com cadeira e equipamentos que cabiam em uma mala de viagem.

O sucesso foi tanto que ele resolveu patentear a idéia inovadora e, em sociedade com a mulher, Sandra, decidiu abrir a ConsulDent Equipamentos Médicos Hospitalares. A pequena indústria de equipamentos odontológicos, que começou a funcionar em 2001 em uma área de 14m2 da residência do casal, hoje ocupa uma área total de 700m2 e já conta com nove empregados.

Os consultórios móveis da Consuldent, que permitem o atendimento odontológico domiciliar (home care), começaram a chegar ao mercado externo por meio do programa Exporta Fácil, dos Correios, e do Banco do Brasil.

Hoje, são exportados para 19 países: Estados Unidos, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Equador, Uruguai, Venezuela, Portugal, Argélia, Egito, África do Sul, Costa do Marfim, Índia, Irã, Jordânia, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Malásia e Nova Zelândia. Entre os clientes no mercado brasileiro, estão as Forças armadas, o Corpo de Bombeiros, o Ministério da Saúde e até mesmo a Fundação Nacional do Índio (Funai).

Planejamento, a chave do sucesso - O planejamento do negócio ajudou a garantir o sucesso. Antes de abrir a empresa, o casal procurou o Sebrae/RJ, onde Sandra participou de cursos como o Brasil Empreendedor, programa em parceria com o Banco do Brasil, que oferecia uma linha de crédito a micro e pequenas empresas nascentes. O financiamento obtido na época foi aplicado na compra de equipamentos, insumos e automóvel para entrega dos produtos, além de compor o capital de giro da empresa.

“Valeram a pena todas as noites em que acordava e encontrava meu marido, olhando para o equipamento, pensando em como melhorar a sua tecnologia. Hoje vamos mesmo onde não há energia elétrica”, afirma Sandra. A comercialização, que antes era restrita a congressos de odontologia e por meio de divulgação em revistas e publicações especializadas, hoje conta com uma rede de representantes.

A história do dentista-empreendedor é contada por estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ) na quarta edição do livro "Melhores Estudos de Casos da Pequena Empresa", que o Sebrae/RJ lançou em julho. O trabalho, escrito pelos estudantes Anderson Luiz Ignácio de Lima, Bruno de Barros Bezerra e Luciano Azeredo Luiz, com orientação do professor Vinícius Cardoso, conquistou o quarto lugar da "IV Jornada de Estudos de Casos da Pequena Empresa", destinada a universitários e professores de 12 instituições de ensino superior do Estado do Rio de Janeiro.

Com um faturamento quase cinco vezes maior que em 2001, hoje a empresa enfrenta um dilema: como expandir a produção para atender ao aumento exponencial das vendas? O livro aponta algumas possíveis soluções estratégicas para serem analisadas no meio acadêmico, como expandir a capacidade instalada, aumentar o preço para melhorar a lucratividade, o que evitaria investimentos no parque fabril, mudança no produto ou no processo de fabicação para acelerar ou simplificar a produção.

Crescem exportações de pequenas - Na abertura do Prêmio Rio Export 2006, o diretor do Centro Internacional de Negócios (CIN), Amaury Temporal, apresentou dados sobre a participação de micro e pequenas empresas nas exportações do Estado do Rio de Janeiro - cerca de 45% são pequenos negócios e 37% micro empreendimentos. “Nossa parceria é mais que uma sociedade e os dados aqui apresentados confirmam a força da nossa relação”, acrescentou Evandro Peçanha, diretor do Sebrae/RJ.

A nona edição do Prêmio Rio Export reconheceu as 10 empresas que mais se destacaram no cenário fluminense de exportações. A iniciativa - uma parceria entre o Sebrae/RJ, a Firjan, o Banco do Brasil e a Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) -, tem como objetivo valorizar o esforço das empresas do Estado do Rio de Janeiro que trabalham pela conquista do mercado externo.

A edição 2006 trouxe um novo pré-requisito para os candidatos ao prêmio: o relacionamento com o Centro Internacional de Negócios (CIN) - parceria entre o Sebrae/RJ e a Firjan. Ou seja, além do desempenho exportador, contabilizado pela Secex, as empresas indicadas tinha de ser clientes do CIN.

A Petrobras foi eleita a maior exportadora do estado. Na categoria indústria de transformação, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) se destacou. A Procosa levou o prêmio “Destaque Mercosul”. O setor de rochas ornamentais foi representado pela Thor Granitos e Mármores e o de moda praia, pela Salinas. A confecção De Chelles ganhou o prêmio pelo setor de moda íntima. O CIN ressaltou a atuação da Petroflex Ind. e Com. S/A e o Banco do Brasil, o desempenho da Ilussion Acessórios de Moda.

Empresa do Pólo de Moda Íntima também se destaca - Paulo Chelles trilha há 10 anos o mesmo caminho do dentista-empresário de Bangu, com a ajuda dos parceiros do Pólo de Moda Íntima de Nova Friburgo. Dono da De Chelles, empresa vencedora do prêmio Rio Export 2006 na categoria Moda Íntima, ele conta com cerca de 80 profissionais em seu quadro funcional. Já exportou para países da América do Norte, América Latina, Ásia, África, Europa e Oceania.

A fórmula para o sucesso é simples: “Somos uma empresa familiar, de pequeno porte, mas temos o compromisso de honrar prazos e de zelar pela qualidade dos produtos”, revela. “E quando se trata de exportação, nosso cuidado é redobrado, porque estamos falando da imagem do Brasil”, conclui o empresário, que há três anos participa da Fashion Rio.

Se para José Miguel de Lima o prêmio é uma ordem para crescer, para Chelles é um incentivo a prosseguir. “O Rio Export é um reconhecimento pelo nosso trabalho e dedicação. Um incentivo a aprimorar e ir em frente, independentemente dos problemas”, conclui. | Site: www.consuldent.com.br | Por: Sebrae/RJ

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