Novo contraste oferece precisão e confiabilidade no diagnóstico de tumores do fígado

Exames com o medicamento já estão disponíveis na CDPI.

“O diagnóstico de câncer ou outras lesões do fígado tornou-se mais preciso e seguro para os pacientes.” Quem afirma é o radiologista Leonardo Kayat Bittencourt, da Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI), ao analisar a utilização de um novo meio de contraste nos exames de ressonância magnética feitos na clínica. Trata-se do gadoxetato (Primovist, Bayer), um contraste específico para células do fígado que consegue detectar e diagnosticar com maior precisão as doenças relacionadas ao órgão. O produto, que já foi aprovado em 48 países, já está sendo utilizado nos exames da CDPI, primeira clínica a adquirir o contraste no Brasil e a oferecer o serviço à população, que agora conta com um novo recurso diagnóstico.

O medicamento, à base do gadolínio utilizado rotineiramente em exames de ressonância magnética, é absorvido em 50% pelas células do fígado, ou seja, ele se acumula exatamente no local a ser analisado.

Com isso a capacidade de detectar alterações aumenta, além de oferecer menos riscos ao paciente, como explica o especialista. “Os meios de contraste que utilizamos até agora não apresentam especificidade para nenhum órgão, enquanto esse novo produto se acumula de maneira altamente específica nas células do fígado. Assim, caso haja algum tumor maligno primário ou metástase no órgão, o novo contraste realçará intensamente o fígado normal, porém não se acumulará na lesão, permitindo que o diagnóstico seja feito de maneira mais confiável”, afirma o médico.

Ainda de acordo com o dr. Leonardo, a segurança do paciente também está garantida pela dosagem do contraste utilizada. “Com um volume pequeno do novo contraste é possível obter excelentes resultados em termos de imagem. Ele é capaz de aumentar a visibilidade das lesões que antes apareciam na ressonância como pequenos pontos ou como áreas duvidosas”, explica.