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22/12/2012 - 06:49

Educação – Um panorama de 2012.

Mais um ano termina. Momento de reflexão e análise dos projetos e planos que tínhamos no começo de 2012.

Havia uma expectativa muito grande em relação à aplicação e realização da prova do ENEM. Depois de alguns erros nas edições anteriores, o governo se preparou, investiu e a prova transcorreu sem dificuldades. Uma vitória. Conquista dos alunos que se preparam e depositaram suas esperanças nesse exame. Agora resta acompanhar o processo do SISU que ocorrerá em janeiro para efetivação das vagas nas universidades e institutos federais.

O resultado do ENEM de 2011 revelou alguns aspectos das dificuldades que ainda são encontradas na formação do aluno do ensino médio: 80% deles estão na rede pública de ensino e apenas algumas escolas são ilhas de excelência, por terem processos seletivos para o ingresso, currículo diferenciado, carga horária maior e professores com tempo de dedicação integral a uma única instituição.

Em São Paulo, o governo estadual vem investindo na formação técnica como uma opção para a entrada mais rápida no mercado de trabalho, garantido a formação de mão de obra especializada e oferecendo ao jovem a opção de um currículo mais direcionado já no ensino médio. Uma boa opção para quem precisa trabalhar ou deseja se aproximar de uma área de conhecimento para aprimorar os conhecimentos. Uma coisa é certa: quem sonha com o ingresso na universidade pública de qualidade precisa se preparar para o vestibular e fazer um ensino médio regular de qualidade.

A concorrência tem aumentado. Com a aprovação da lei das cotas nas universidades públicas, em 10 anos todas terão que dedicar até 50% de suas vagas o programa: negros, índios e também os desfavorecidos economicamente, e isso significa que vai ficar mais difícil concorrer.

Quem está nessa corrida precisa de preparo: tempo e esforço para se destacar, como em qualquer profissão. Ser estudante é uma profissão em que o resultado do esforço é fruto do tempo que se dedica a essa tarefa.

Creio que a consolidação do modelo do ENEM poderá trazer mais benefícios para os candidatos e poderá se tornar um exame ainda mais confiável e aceito nacionalmente. Essa pode ser uma saída para democratizar a entrada no ensino superior.

Aos estudantes: as dificuldades não estão apenas no ingresso. Atualmente percebemos um movimento muito maior de qualificar os universitários ao final da formação. O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) realizou pela primeira vez, em 11 de novembro de 2012, o Exame do Cremesp obrigatório a todos os formandos de Medicina.

Dentre 2.411 participantes, formados em escolas médicas do Estado de São Paulo, 54,5% foram reprovados, pois acertaram menos de 60% da prova, ou seja, menos de 71 das 120 questões. O Exame contou com a presença de 2.525 egressos das 28 escolas médicas paulistas que funcionam há mais de seis anos. Desses, 114 tiveram suas provas invalidadas.

Sendo medicina um dos cursos mais concorridos no País, imagina-se que o preparo dos ingressantes pode garantir uma formação de qualidade, mas nada pode assegurar o que acontece ao longo dos seis anos de formação. Imagine o que aconteceria se todos os profissionais fossem testados, assim como são os advogados e contabilistas...

Esse é um novo desafio para as faculdades também, que deverão implantar processos de aprendizagem mais significativos e avaliações ao longo da formação mais rigorosas para que os alunos possam torna-se verdadeiros profissionais.

São esses os desafios para 2013: melhorar o acesso e garantir qualidade na formação dos estudantes, que serão os futuros profissionais.

. Por: Leticia Bechara, mestre em Educação e coordenadora do Vestibular e Relacionamento da Trevisan Escola de Negócios

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