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23/10/2007 - 11:00

Indústrias britânicas pedem liderança do Brasil para fechar Rodada de Doha

Presidente da Confederação dá palestra na Firjan para estimular o crescimento do comércio e investimentos bilaterais.

O presidente da Confederação da Indústria Britânica (CBI), Martin Broughton, pediu ao Brasil que assuma a liderança entre os países emergentes para encontrar uma solução na negociação da Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), que se arrasta desde 2001 por causa de discordâncias quanto a subsídios agrícolas. Durante palestra na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), nesta segunda-feira, ele também elogiou a posição do País na produção e pesquisa de biocombustíveis e ofereceu apoio para aumentar o comércio entre o Reino Unido e o Brasil.

Broughton, que trabalhou no Brasil como diretor financeiro da Souza Cruz entre 1980 e 1985 e hoje preside a British Airways, falou sobre as mudanças da economia brasileira nestes 22 anos. “Principalmente quando se olha de fora, as coisas melhoraram muito: hoje há uma moeda forte, fundamentos sólidos, uma democracia madura e a expressão ‘FMI’ não causa mais arrepios”.

Ele disse, porém, que o Brasil ainda cresce pouco quando comparado aos demais países do grupo dos Brics (Rússia, Índia e China), e que a economia ainda pode ter maior participação privada, via investimento direto e PPP (Parceria Público-Privada). Martin Broughton apontou a carga tributária – principalmente sobre os salários – e a taxa de juros como grandes entraves.

Segundo o presidente da CBI, o Brasil tem um papel importante de liderança entre os países emergentes, inclusive na questão dos biocombustíveis: “Hoje o Brasil tem a liderança mundial no etanol. O mundo teve que reconhecer a viabilidade desse combustível, que pode inclusive ser um caminho para países do Terceiro Mundo competirem no cenário global”.

Missão empresarial da Firjan em abril de 2008 - O diretor do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Firjan, Amaury Temporal, anunciou a Broughton e ao embaixador britânico no Brasil, Peter Collcott, que está programando, com o Governo do Estado, uma missão empresarial e governamental ao Reino Unido em abril de 2008.

Duas empresas britânicas fizeram grandes investimentos recentes no Rio de Janeiro. A Anglo American comprou 49% da MMX Minas-Rio por US$ 1,15 bilhão, em maio, tornando-se sócia de um projeto integrado de minério de ferro que envolve depósitos em Minas Gerais, mineriodutos de 525 km até São João da Barra, no Norte Fluminense, usina de beneficiamento e construção de um porto com capacidade para receber navios do tipo cape-size (de mais de 150 mil toneladas). Já a Wellstream investe, desde abril, US$ 130 milhões na primeira fase da construção de uma fábrica de tubulações em Niterói, que será a quinta maior do mundo.

O Reino Unido é a quinta economia mundial. Desde o ano passado, o Brasil, maior parceiro britânico na América Latina, tem recebido autoridades de governo, da iniciativa privada e até da família real para fortalecer as relações comerciais. Em 2006, o Brasil exportou para os britânicos US$ 3,86 bilhões, e importou US$ 1,87 bilhão. Nos seis primeiros meses deste ano, as exportações ficaram em US$ 1,46 bilhões, e as importações em US$ 822 milhões, fazendo do Reino Unido o 15º parceiro comercial brasileiro.

Martin Broughton começou pela Firjan sua visita ao Brasil, que inclui ainda reuniões com o governador do Rio, Sérgio Cabral, e o de São Paulo, José Serra; visitas a empresas; e encontros com ministros e com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

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