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23/10/2007 - 11:01

Encontro debate a fragilidade da política de exportação

Com a visão de que “exportação nos dias atuais é fator estratégico na sustentação do crescimento econômico e social”, e com a esperança de anúncio de uma política pró-ativa de exportação, a AEB - Associação de Comércio Exterior do Brasil - está convidando o presidente Lula e os ministros com atuação no comércio exterior a participarem do 27º ENAEX - Encontro Nacional de Comércio Exterior, para uma avaliação política do comércio exterior. "Será o momento de o governo e o setor privado buscarem, em conjunto, as soluções para tornar o Brasil altamente competitivo no cenário mundial; deixar de ser FOB e de ser comprado para ser real vendedor; e, enfim, deixar de ser reativo para ser pró-ativo", afirma Benedicto Fonseca Moreira, presidente da entidade.

Com o tema Avaliação política do comércio exterior brasileiro. Uma política de exportação em conjuntura de crise internacional, o ENAEX , que acontece nos dias 22 e 23 de novembro, no Rio de Janeiro, visa promover discussão em torno de três duras realidades da economia mundial e dar esperanças aos empresários que sofrem na exportação.

As realidades que condicionam e impõem restrições à frágil política brasileira de exportação são: 1º. Os expressivos e crescentes avanços na inovação, que propiciam forte incorporação de novas tecnologias à produção de mercadorias e aos serviços, promovendo importantes saltos na produtividade e na qualidade;

2º. Os amplos e crescentes acordos de preferências comerciais de âmbito multilateral, regional, setorial e bilateral resultam em forte desvio de correntes de investimentos e comércio, e acabam gerando a fragmentação da produção, a internacionalização da mão-de-obra e a sofisticação do protecionismo, que deixa de ser tarifário para adotar o não tarifário, de aplicação conceitual e subjetiva. As vantagens comparativas, que beneficiam os países em desenvolvimento, perdem espaço para as competitivas: educação, inovação, tecnologia, produtividade, qualidade, gestão e tempo;

3º. A crescente importância e preponderância dos serviços, como fator de ajuste do balanço de pagamentos, forte gerador de empregos e fator determinante para as exportações, sendo instrumento para a ocupação de mercados e competitividade.

Segundo Moreira, a visão dessa nova realidade torna evidente o padrão de “internacionalização associativa da economia mundial”, e a crise, esboçada e iniciada nos Estados Unidos, não se restringe ao País, mas se alastra e alcança a todos.

Para competir em conjuntura de crise internacional, o Brasil: a) ainda é muito vulnerável. Competitivo em nível da fábrica ou da fazenda, fracamente competitivo em termos FOB. De modo geral, o Brasil não exporta, ou seja, não possui domínio pleno do mercado externo; é comprado;

b) tem política de exportação fragilizada estruturalmente, por depender das vendas externas de commodities − cerca de 70% do valor exportado −, de preços instáveis e formados no exterior, na maior parte produtos do agronegócio, que participam com pouco mais de 8% do valor das exportações mundiais e a produção no Brasil, principalmente industrial, ser obstada pela política tributária absurda, pela burocracia irracional e nefasta, pela visão errônea do meio ambiente e pela ação política autofágica;

c) os expressivos resultados positivos da balança comercial, nos últimos anos, ofuscaram a visibilidade das barreiras internas à exportação e das importantes modificações no cenário internacional. A reduzida visibilidade se prende à dualidade valorização do dólar vis-à-vis a elevação dos custos internos: burocracia, carga tributária, infra-estrutura, deficiência na logística, custos portuários, etc.

“O 27º ENAEX será um marco divisor, rumo a uma fase de redução real dos custos internos, cuja ênfase será na desburocratização, desgravação tributária, melhor infra-estrutura e logística, menor custo portuário, eficiência, produtividade e qualidade”, afirma Moreira. | Site: www.aeb.org.br

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