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23/10/2007 - 11:15

Anuga gera US$ 963 Milhões em Negócios Para Brasileiros

Feira na Alemanha Gera Us$ 963 Milhões em Negócios Para Brasileiros.

Coordenadas pela Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX-Brasil), as empresas brasileiras que participaram da maior Feira de alimentos e bebidas do mundo, na Alemanha, encerraram a participação com um número surpreendente: US$ 963 milhões entre negócios imediatos e contratos futuros. Este é o melhor resultado desde que a Apex-Brasil passou a participar de Anuga, em 2001. "O resultado ultrapassou nossas expectativas, provando mais uma vez que o produto brasileiro faz sucesso em qualquer parte do mundo", ressaltou o presidente da Agência, Alessandro Teixeira.

Neste ano, a Apex-Brasil levou o número recorde de 150 empresas para Anuga. Foram mais de 25 tipos de produtos expostos, de água a vinhos, passando pelos molhos, geléias, lácteos e orgânicos. "É uma oportunidade para trabalhar novas idéias, inovar, aprimorar embalagens e design e quanto mais agressivo o Brasil for, melhor", destacou Teixeira.

Além das carnes e do café, a cachaça brasileira também fez sucesso entre os europeus e junto com sucos, fecharam contratos de US$ 21 milhões. É o caso da empresa gaúcha, Casa Bucco, que levou para a Alemanha a tradicional bebida feita em alambique artesanal. Para Moacir Menegotto, responsável pela empresa, o próximo passo é trabalhar o pós-feira, buscando participar de outros eventos como esse na Europa. Ele destacou que, no ano passado, participou da Sial, na França, com a ajuda da Apex-Brasil, e os fornecedores que conheceu neste evento o procuraram em Anuga e fecharam negócio.

Outro setor que comemorou os bons resultados foi o de laticínios. Na Feira, leite em pó, condensado e queijo conseguiram US$ 8 milhões em negócios imediatos e futuros. O empresário da Tirolez laticínios, Cícero Alencar, lembrou que, por ter um grande mercado consumidor interno, este setor no Brasil demorou a considerar outros países como possíveis compradores. No entanto, ponderou, esta cultura está mudando e, hoje, "estamos nos adaptando e adquirindo uma visão exportadora".

"Não temos ícones. Mostramos a diversidade brasileira", explicou Juarez Leal, coordenador da Unidade de Imagem e Acesso a Mercados da APEX-Brasil. Uma prova desta diversificação foi a receptividade dos produtos orgânicos brasileiros na Feira. Marcello Amaral, da Agropalma, explicou que existe uma forte demanda por estes produtos no mundo e o Brasil atingiu um alto patamar, se especializando, inclusive, no trabalho sócio ambiental. Segundo ele, Anuga foi fundamental para divulgar os orgânicos na Europa e em países não-tradicionais, como Ásia e Oriente Médio. "Atingimos países aonde dificilmente chegaríamos sozinhos", acrescentou Amaral.

Anuga é uma feira de negócios, distribuída em 10 segmentos - orgânicos, especiarias, congelados, lácteos, carnes, bebidas, produtos de delicatessen, panificação, maquinário e equipamentos, tecnologia e serviços - e aberta somente a comerciantes: supermercadistas, distribuidores, lojistas, atacadistas, donos de restaurantes e buffets, entre outros. Em 2005, última edição da Feira, foram registrados mais de 158 mil visitantes, sendo 52% de países diversos e 48% alemães.

Nos cinco dias de Feira, 6.607 empresas de 95 países expuseram seus produtos numa área de 304 mil m2. "Esta excepcional participação eleva Anuga à posição de maior e mais importante feira mundial de alimentos", declarou Wolfgang Kranz, vice-presidente da Koelnmesse (proprietária da Feira) durante a abertura oficial.

O Brasil está entre os 10 maiores participantes, ao lado da Itália, China, Espanha, Grécia, França, Holanda, Bélgica, Turquia, EUA e Tailândia. Este ano, cresceu maciçamente a participação de empresas asiáticas que passam a usar a Anuga como ponte para fortalecer as relações comerciais com países europeus e das Américas.

Entre as novidades que o Brasil apresentou está o açúcar orgânico refinado que começa a entrar no mercado europeu. Há também o açaí liofilizado, que mantém as características nutricionais. Excelente mistura para barras de cereais, o produto também está sendo lançado nos Estados Unidos e Japão. Outra novidade apresentada pelos brasileiros é a camu-camu, fruta extraída da Amazônia, principalmente na região de Roraima, que possui quatro vezes mais Vitamina C que a acerola. No pavilhão dos orgânicos a fruta aparece também na forma desidratada ou em polpa.

Durante o evento foram realizados ainda seminários com temas centrais envolvendo "inovação nas áreas de comércio e de culinária". Para Alessandro Teixeira, o acesso ao mercado internacional é fundamental para mudar a base industrial brasileira. "As empresas que participam de uma feira como Anuga são testadas. E tenho certeza que as empresas brasileiras passarão no teste", comentou Teixeira. | Por: AE

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