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05/01/2013 - 06:43

Mantega está na corda bamba e ainda acredita em recuperação da economia já no início de 2013

As perspectivas com relação ao PIB do terceiro trimestre de 2012 não agradaram o mercado e geraram mais incertezas. O boletim FOCUS trabalha com um PIB em torno de 1,5%, embora o mercado vislumbre algo em torno de 1%, mas, mesmo com o aquecimento do comércio no 4o Trimestre de 2012, a situação econômica poderá estar com seus alicerces prejudicados. Uma desvalorização mais acentuada do Real frente ao Dólar poderá implicar maiores problemas relacionados às necessidades de importação de combustíveis e a iminência de mais prejuízos na Petrobrás. Acredita-se que o governo deva segurar ao máximo essa situação e deixar qualquer aumento nos combustíveis para o início do ano de 2013, já começando com riscos de inflação e perspectivas de recessão.

A notícia veiculada pela imprensa britânica sobre a saída do ministro Guido Mantega gerou especulações no mercado e irritação por parte da Presidência da República. Porém, os recentes problemas econômicos e várias manobras para manter sobre controle a inflação e um PIB dentro das premissas pré-estabelecidas somente geraram desgastes. Ou seja, tudo o que era veiculado pela imprensa acabava não ocorrendo, acarretando um desgaste na equipe técnica e na política.

A situação tomou outras proporções. A própria presidente Dilma Rousseff diz em seu discurso que não tem nenhum interesse no corte do ministro, mas que a decisão seria dele. Como substituto veiculam pelos arredores do poder o nome de Jorge Gerdau, que atualmente faz parte do conselho de administração do Grupo Siderúrgico Gerdau.

Embora homem de confiança do governo, existem diversas criticas com relação a Jorge Gerdau, que participa do Conselho de Administração da Petrobrás representando os acionistas minoritários e sofre duras críticas por interesses comuns que envolvem o grupo Gerdau. A transparência não parece ser o maior foco nesse conflito de interesse que já vem sendo discutido e criticado há algum tempo e inclusive gerou processo de número 000.4577.30.2012.4.01.3300 na 13ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado da Bahia, por eventuais prejuízos causados à Petrobrás por sua empresa.

A batata parece estar assando nas mãos da presidenta e o País precisa tomar decisões mais consistentes e que tenham o foco no atendimento das necessidades do curto, médio e longo prazo. O que se fez até agora foi paliativo para minimizar o problema, mas cujo efeito não o solucionou. O País precisa ser competitivo para equilibrar sua economia e disputar de igual para igual o mercado internacional. Não podemos viver de amadorismo ou mágica e sim de decisões técnicas e estruturadas que permitam a manutenção da empregabilidade com o atingimento das metas.

.Por: Reginaldo Gonçalves,é coordenador de Ciências Contábeis da FASM (Faculdade Santa Marcelina).

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