Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

09/01/2013 - 09:15

O mundo é considerado hoje mais em risco pelos mercados e pela natureza, aponta Relatório de Riscos Globais 2013

Londres, Reino Unido – O mundo é visto como mais arriscado, com o arrastamento da crise financeira, desviando a atenção da mudança do clima, num período de eventos climáticos extremos, segundo o relatório Riscos Globais 2013 do Fórum Econômico Mundial.

O relatório realça as severas disparidades de renda, acompanhadas por desequilíbrios fiscais crônicos, como os dois principais riscos globais, resultado de uma sondagem com 1.000 especialistas e líderes empresariais, o que reflete as principais preocupações sobre as dívidas governamentais, assim como um panorama geral ligeiramente mais pessimista para os próximos dez anos.

Na sequência de um ano marcado por condições meteorológicas extremas, do furacão Sandy às cheias na China, as respostas consideraram o aumento das emissões de gases de efeito estufa como sendo o terceiro maior risco global, enquanto a incapacidade de adaptação à mudança climática foi vista como o risco ambiental com maiores efeitos de contágio para a próxima década.

“Estes riscos globais são essencialmente um alerta de saúde em relação aos nossos sistemas mais críticos”, afirma Lee Howell, editor do relatório e diretor-executivo do Fórum Econômico Mundial. “A resiliência nacional aos riscos globais necessita ser uma prioridade, para que os sistemas críticos possam continuar a funcionar, apesar de grandes alterações”, acrescentou.

Axel P. Lehmann, Diretor de Análise de Riscos do Zurich Insurance Group, disse: “Diante do custo crescente de acontecimentos como a supertempestade Sandy, as gigantescas ameaças aos países-ilhas e às comunidades costeiras, e sem resolver a questão das emissões de gases de efeito estufa, as evidências são claras. Chegou o momento de agir.”

O relatório Riscos Globais 2013 analisa as três principais preocupações de riscos globais:1. Saúde e Arrogância -Enormes avanços no campo da saúde deixaram o mundo perigosamente complacente. A crescente resistência a antibióticos pode empurrar os sistemas de saúde para um colapso, enquanto um mundo hiperconectado facilita a disseminação de pandemias. Este risco estabelece as relações entre resistência aos antibióticos, doenças crônicas e o fracasso do regime internacional de direitos de propriedade intelectual, recomendando maior colaboração internacional e modelos de financiamento diferentes.

2. Economia e Ambiente sob Estresse-Riscos socioeconômicos urgentes estão fazendo derrapar os esforços para ultrapassar os desafios colocados pela mudança climática. Viéses cognitivos inerentes fazem com que a comunidade internacional esteja relutante em lidar com esta ameaça de longo prazo, apesar dos eventos climáticos extremos ocorridos recentemente. Num momento em que as mudanças estruturais estão acontecendo na economia e no ambiente, esta questão requer novas abordagens para que sejam realizados os investimentos estratégicos necessários para evitar os piores cenários de ambos os sistemas.

John Drzik, presidente executivo do Oliver Wyman Group, das Marsh & McLennan Companies, comentou: “As duas tempestades – a ambiental e a econômica – encontram-se em rota de colisão. Se não alocarmos os recursos necessários para mitigar o risco crescente dos eventos climáticos severos, a prosperidade global das gerações futuras pode estar ameaçada. Os líderes políticos e empresariais e os cientistas devem unir-se para a gestão destes riscos complexos.”

David Cole, diretor de análise de riscos do grupo Swiss Re, afirmou: “Lidar com as crises econômica e de mudança climática infelizmente não é visto como uma continuidade, mas como escolhas opostas. O conceito que tem ganhado terreno é que não podemos ter soluções para as duas. Mas precisamos ir além desta abordagem reducionista. Então, por considerarmos uma abordagem holística das situações como o gerenciamento de risco inteligente, devemos ter essa atitude em relação aos desafios econômicos e de mudança climática que estamos enfrentando.”

3. Crises Digitais-Da imprensa à Internet, sempre foi difícil prever como as novas tecnologias vão moldar a sociedade. Apesar de muitas vezes constituir uma força para o bem, a democratização da informação também pode ter consequências voláteis e imprevisíveis, como se reflete nos tumultos provocados pelo filme anti-islâmico postado no YouTube. Enquanto o papel tradicional da mídia como guardiã encontra-se em erosão, este caso mostra como a conectividade possibilita que as crises digitais se espalhem e coloca a questão do que se pode fazer para evitar isso.

Num relatório especial sobre resiliência, foi criado o trabalho-basepara uma avaliação da capacidade de resiliência dos países, o que permitiria aos líderes ter uma referência sobre seus progressos. Este relatório baseia-se na noção de que nenhum país sozinho pode prevenir a ocorrência de riscos globais exógenos, o que torna a resiliência nacional um elemento crucial como primeira linha de defesa.

O relatório descreve 50 riscos globais e agrupa-os em categorias econômicas, ambientais, geopolíticas, sociais e tecnológicas, a que foi pedido que fossem classificados em termos de possibilidade e impacto. Os dados mostram que os jovens que responderam estavam mais preocupados com os riscos do que as pessoas mais velhas, revelando também que as mulheres são mais pessimistas do que os homens. Numa base regional, os especialistas da América do Norte tenderam a ver mais riscos do que os de outras regiões.

O relatório também realça os “Fatores X” – preocupações crescentes que justificam pesquisas mais aprofundadas. Estes incluem a utilização descontrolada de tecnologias de geoengenharia e alterações do cérebro.

Os três casos de risco e os Fatores X serão tema de sessões especiais no Encontro Anual do Fórum Econômico Mundial 2013 em Davos-Klosters, Suíça, que terá lugar de 23 a 27 de janeiro, com o tema “Dinamismo Resiliente”.

Realizado com contribuições da Marsh & McLennan Companies, da Swiss Reinsurance, do Zurich Insurance Group, da Oxford Martin School (Universidade de Oxford), da Universidade Nacional de Cingapura do Centro Wharton de Gerenciamento de Riscos (Universidade da Pennsylvania), Riscos Globais 2013 constitui a iniciativa emblemática da Rede de Resposta ao Risco do Fórum Econômico Global, que proporciona às lideranças dos setores público e privado uma plataforma independente para construir resiliência, mapeando, monitorando e gerenciando os riscos globais. [www.weforum.org/globalrisks2013].

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira