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09/01/2013 - 11:00

As vantagens do mercado livre de energia

Sabemos que a energia é um dos insumos mais consumidos nas empresas e, no Brasil, também é um dos mais caros. De acordo com pesquisa feita pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), nosso país possui a quarta energia de valor mais elevado do mundo. O que muita gente não sabe, ou, ainda não se convenceu sobre, é o fato de que existe uma opção mais vantajosa e interessante para determinados padrões de consumo: o mercado livre de energia.

Essa modalidade de contratação beneficia companhias com grande demanda energética, acima de 0,5 MW, que pode ser traduzido em valores próximos à casa dos R$ 75 mil a cada fatura. Estas empresas podem escolher seus fornecedores de energia, permitindo uma melhor adequação das ofertas do mercado e suas necessidades. Vale ressaltar que não estamos falando da instalação de novas redes de abastecimento, como fiação e postes, já que a energia, independentemente de quem a comercializa, chega até os consumidores por uma mesma malha de transmissão.

Nos últimos anos, temos visto grandes companhias aderir cada vez mais a esta proposta de gestão de recursos, já que ela permite negociar itens como condições de contrato, preços, prazos e, ainda, reagir às oscilações do setor. Este segmento já é responsável por cerca de 30% do consumo energético no Brasil, enquanto no mercado europeu todos os consumidores, inclusive residenciais, podem escolher seu fornecedor desde 2007.

No Ambiente de Contratação Livre (ACL), é possível atuar de uma maneira mais flexível, como, por exemplo, optando desde a fonte de energia, tradicionais, como hidrelétrica, carvão e óleo, ou limpa, como eólica, gás natural, biomassa, solar ou biogás. E todas as escolhas são feitas de acordo com uma rigorosa análise de mercado, que toma como base não apenas os melhores preços, mas, também, com ferramentas de previsão do médio e longo prazo, de maneira similar ao que temos em um ambiente de bolsa de valores. Mais conhecido, sabe-se que o modelo é marcado por quem enxerga melhores oportunidades de acordo com as tendências ou expectativas do setor. Quando o assunto é energia, um bom planejamento pode contribuir para lucros mais significativos; enquanto um passo errado tem o poder de quebrar um negócio, o que exige muito conhecimento dos responsáveis por esse tipo de trade.

É necessário compreender que o setor de energia sofre oscilações, isso porque é impactado diretamente por fatores como o clima e ações governamentais. O mercado livre de energia também sente esta volatilidade, mas as empresas que possuem contratações em longo prazo e que foram feitas baseadas em estratégias e previsões de especialistas, conseguem evitar surpresas e, em paralelo, gerar benefícios.

.Por: Mikio Kawai Jr., economista pela FEA-USP (1995), mestre em economia pela Unicamp (1999 - dissertação sobre gestão de riscos) e Advanced Executive Management pela IESE Business School (Espanha 2011). Iniciou a carreira no mercado financeiro em bancos de investimentos, tanto nacional como estrangeiro, migrou para o mercado de energia na sua genese, em 1998, tendo trabalhado na CPFL Energia ate 2004, atuou como gerente de suprimento de energia na AES Brasil, gerente de operações na Openlink (Nova York e SP). Desde 2008 ocupa o cargo de diretor executivo do Grupo Safira, companhia que atua na comercialização de energia, além de consultoria e prestação de serviços em representação de entidades no âmbito da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).

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