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19/01/2013 - 11:12

4º navio entregue à Transpetro tem mulheres no comando


A Marinha Mercante brasileira tem pela primeira vez um navio comandado por duas mulheres, as oficiais Hildelene Lobato Bahia e Vanessa Cunha.

A Transpetro recebeu no dia 17 de janeiro (quinta-feira), no Estaleiro Mauá, em Niterói (RJ), o navio de produtos Rômulo Almeida, quarta embarcação do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) a entrar em operação. Pela primeira vez, um navio da Marinha Mercante brasileira será comandado por duas mulheres, as oficiais Hildelene Lobato Bahia e Vanessa Cunha.

Com 183 metros de comprimento e 48 mil toneladas de porte bruto, o navio Rômulo Almeida tem capacidade para transportar 56 milhões de litros de derivados de petróleo. O navio foi concluído com um índice de nacionalização de 72%.

“A indústria naval brasileira está entrando em ritmo de linha de produção, com entregas de navios em série. Já são sete navios lançados ao mar e quatro deles em operação”, afirmou, em seu discurso, o presidente da Transpetro, Sergio Machado. O Rômulo Almeida é o quarto navio entregue pelo programa em um prazo pouco superior a um ano.

Os navios de produtos Celso Furtado e Sérgio Buarque de Holanda e o petroleiro João Cândido são as embarcações do Promef já entregues à Transpetro. Três outros navios, o petroleiro suezmax Zumbi dos Palmares, o navio de produtos José Alencar e o panamax Anita Garibaldi foram lançados ao mar para os acabamentos finais.

(dir) Magda Chambriard, diretora-geral da ANP, a comandante Hildelene Lobato Bahia , o presidente da Transpetro, Sergio Machado e o diretor de abasecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza

A paraense Hildelene Lobato Bahia, que será a comandante do Rômulo Almeida, foi a primeira mulher brasileira a atingir o posto mais alto da hierarquia da Marinha Mercante. A carioca Vanessa Cunha será a sua imediata. Na cerimônia, Hildelene recebeu a bandeira do Brasil, para ser hasteada no navio, das mãos da diretora geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard. A bandeira da Petrobras foi entregue a Vanessa pelo diretor de abastecimento da Companhia, José Carlos Cosenza. Sergio Machado entregou o Diário de Bordo para o chefe de máquinas do navio, Raimundo Gomes Pereira.

Por volta das 12h15, o navio Rômulo Almeida deixou o cais do Estaleiro Mauá para a sua primeira viagem. A embarcação levará nafta petroquímica do Rio para o Terminal de Madre de Deus/BA.

Com investimento de R$ 10,8 bilhões na encomenda de 49 navios, o Promef impulsionou o ressurgimento da indústria naval brasileira. O Brasil já tem a quarta maior carteira mundial de encomendas de navios. O setor naval emprega hoje 62 mil pessoas. No início do século, eram menos de duas mil.

O Promef tem como principal premissa reativar o setor naval em bases modernas e mundialmente competitivas. Com a escala gerada pelo volume de encomendas, o programa viabilizou três estaleiros: o Atlântico Sul e o STX Promar, em Pernambuco, e o Rio Tietê, em Araçatuba (SP), que vai construir 100 embarcações para o Promef Hidrovia. Este é um projeto pioneiro que utilizará o potencial logístico da Hidrovia Tietê-Paraná para transportar etanol.

A Transpetro lançou um hotsite sobre o navio Rômulo Almeida (http://www.promef-transpetro.com.br/curiosidades/romulo-almeida), com informações detalhadas sobre a embarcação.

Perfil - Rômulo Barreto de Almeida nasceu em Salvador em 18 de agosto de 1914, formou-se em Direito, mas dedicou sua vida profissional ao planejamento econômico. Integrou a assessoria econômica do Presidente Getúlio Vargas, em seu segundo mandato, e deu importante contribuição para a criação de grandes estatais brasileiras, como a Petrobras e o Banco do Nordeste. Ocupou cargos públicos de destaque em governos e empresas e foi professor em importantes instituições de ensino, como a Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas (Ebap/FGV) e a Escola de Comando e Estado Maior da Aeronáutica. Era diretor de planejamento da área industrial do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), quando faleceu, em 23 de novembro de 1988, em Belo Horizonte. Foi casado com Francisca Aguiar Almeida, com quem teve três filhos.

Etapas da construção de um navio-Segundo tradição da indústria naval mundial, a construção de um navio tem cerimônias que marcam etapas fundamentais das obras: o corte da primeira chapa de aço, o batimento de quilha, o lançamento ao mar e a entrega ao armador.

É importante ressaltar, sobretudo, a diferença entre o lançamento ao mar e a entrega ao armador: .lançamento ao mar - Depois de concluída a edificação do casco, o navio é batizado e lançado ao mar, para os acabamentos finais. O lançamento libera o dique para o início das obras de uma nova embarcação. O navio em construção é transferido para o cais do estaleiro.

No cais, são feitas as obras de acabamento, as interligações dos vários sistemas e os últimos testes em equipamentos. Antes da entrega, o navio é geralmente levado de novo ao dique, para a limpeza do casco. Por fim, são feitas as provas de mar - viagens de curta duração que testam o desempenho geral da embarcação.

Entrega - Após a conclusão de todas as obras e testes, o navio é certificado por uma sociedade classificadora independente e entregue ao armador, para o início das operações.

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