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19/01/2013 - 13:14

Marketing de destinos: É hora de profissionalizar!

Os megaeventos esportivos que ocorrerão no Brasil nos próximos anos nos deram motivos para olhar com mais atenção para o Turismo, setor de rápida geração de riquezas e ainda muito carente de conhecimento e técnica. Temos agora uma oportunidade histórica de criar produtos turísticos para encantar tanto brasileiros, como estrangeiros.

Se o sucesso de um destino é medido pelo número de visitantes que consegue atrair, o Brasil ainda tem muito em que se aperfeiçoar. A França, país campeão mundial de visitantes internacionais, comemora recorde mesmo diante da crise europeia: recebeu, em 2011, mais de 81 milhões de turistas estrangeiros. O Brasil, por sua vez, registrou no mesmo período cerca de 5,5 milhões de turista e prevê alcançar perto de 7,2 milhões em 2014, em função da Copa Mundial de Futebol. A França, especialmente em um cenário de crise e acirrada disputa pela preferência dos turistas dedica-se ainda mais a aumentar os incentivos, promoções e em reforçar seus significados turísticos para o mundo.

No Brasil, destinos preparados tecnicamente quando se trata de marketing ainda são poucos diante do enorme potencial que possuímos. A vocação natural dos lugares para o Turismo ainda precisa se encontrar com a habilidade para ser um destino ou promover seus atrativos. No entanto, temos também exemplos admiráveis de destinos que são referências em marketing e criação de produtos e que sabem como se diferenciar, como por exemplo, Bonito (Mato Grosso do Sul), Gramado (Rio Grande do Sul) e a cidade de São Paulo.

Bonito soube aplicar o mix de marketing com maestria, agregando o cuidado com a preservação ambiental. Em função disso recebe cerca de 120 mil turistas por ano, segundo dados da Secretaria de Turismo de Bonito, e foi eleita pela 11ª vez consecutiva como melhor destino de Ecoturismo pela Revista Viagem e Turismo. Já Gramado recebe anualmente cerca de 2,5 milhões de visitantes, transformando-se na cidade-evento. O município gaúcho se diferencia pelos vários tipos de segmentação de mercado e afinidade entre empresários e governo para manter a qualidade e o movimento turístico. São Paulo, por sua vez, conseguiu se destacar por sua vocação principal que é de negócios e eventos. Criou vários segmentos turísticos animando, inclusive, o lazer.

Esses três exemplos souberam promover significados, experiências e não características de produtos ou pontos cardeais. Poucos viajam dezenas de horas de avião para conhecer o “Nordeste” ou uma torre feita em ferro e que fica bem no meio de um centro urbano. As pessoas são cativadas pelo significado ou promessa de sensações que viverão. Viajam para estar perto do que representa Paris, concentrado em seus ícones mais famosos. Viajamos para a capital francesa para estar na cidade do amor, glamour, sofisticação. Quando estamos perto da Torre Eiffel ou jantando em um bistrô da Avenue Montaigne, certamente nos sentimos mais charmosos.

O Brasil, quando divulga-se no exterior, consegue ‘vender significados’. O país consegue provocar o imaginário do turista criando sensações sobre um lugar onde a vida é mais alegre, as pessoas são mais simpáticas, gentis e orgulham-se de morar aqui. Faltam aos Estados e Municípios brasileiros saberem aproveitar a janela da oportunidade criada pelos megaeventos esportivos, proporcionando um futuro bastante sólido para suas empresas ou destino. Esse é momento de transformar o marketing de destinos em uma ferramenta profissional.

.Por: Ana Maria Donato, CEO da Imaginadora, boutique de marketing destinada ao mercado de viagens.

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