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22/01/2013 - 07:32

CFOs: perspectivas favoráveis no Brasil em 2013

São Paulo -CFOs do Brasil continuam otimistas sobre as perspectivas econômicas para 2013. As receitas (14%), os investimentos (7,25%) e os lucros (12%) são os indicadores que devem apresentar um crescimento mais robusto no próximo ano. As principais preocupações das empresas brasileiras são contratação e manutenção de funcionários qualificados e manutenção de margens. As empresas e planejam investir na formação dos trabalhadores com o intuito de obter mão-de-obra qualificada. No geral, os CFOs da América Latina são os mais otimistas do mundo sobre as perspectivas econômicas para 2013.

Estes são alguns dos resultados da recente pesquisa trimestral intitulada Panorama Global dos Negócios (CFO Survey – Global Business Outlook), conduzida pela Duke University, Fundação Getulio Vargas e CFO Magazine com o apoio da BMFBovespa e do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF). A pesquisa foi concluída no dia 07 de dezembro de 2012 e teve a participação de 896 CFOs (responsável pelas decisões financeiras das empresas) de todo o mundo, sendo 172 da América Latina (59 no Brasil). A pesquisa versa sobre as expectativas dos altos executivos para as suas empresas e para a economia.

Sumário dos resultados: 50% dos CFOs latino-americanos estão mais otimistas sobre as economias de seus países neste trimestre, em comparação com 22% que estão mais pessimistas.

Empresas Brasileiras esperam aumentar o número de empregados em tempo integral em 3,3% nos próximos 12 meses. Muitas das empresas dizem que estão tendo dificuldade em contratar funcionários com a qualificação desejada. Os salários devem subir 7% nos próximos 12 meses.

As empresas dizem que os preços de seus produtos devem subir em média 13,6%. Esse aumento é consideravelmente maior do que a estimativa das mesmas para a inflação: 7,7%.

Nossos resultados também evidenciam a crescente conexão econômica entre os países latino-americanos. 60% dos CFOs brasileiros dizem que um crescimento mais lento no restante da América Latina prejudicaria seus negócios e 75% dos CFOs das empresas da América Latina de língua espanhola dizem que um crescimento mais lento no Brasil prejudicaria suas empresas.

Fundamentos consistentes manutenção do crescimento no Brasil, embora a uma taxa menor que em 2012-Segundo os CFOs brasileiros, as receitas em 2013 deverão manter a forte tendência de expansão: 14%. Isso é muito mais do que as estimativas para a inflação (em torno de 7%). Crescimento similar também é esperado em outros países da América Latina. Os investimentos das empresas também devem crescer em aproximadamente 7,2% no próximo ano (na América Latina em geral esse número é ainda maior: 13%. As contratações de empregados devem aumentar moderadamente, com o número de empregados em tempo integral, em média, aumentando em 3,3% em 2013. Os salários devem acompanhar a inflação e aumentar em cerca de 7%. Por outro lado, a tendência é de queda no crescimento dos gastos com publicidade e pesquisa e desenvolvimento.

"Os nossos números indicam que o Brasil vai continuar a crescer em 2013 ainda que a uma taxa menor. Alguns países latino-americanos tiverem um pequeno crescimento em 2012. Contudo, a expansão econômica deve retornar à região na maioria dos países", disse Gledson de Carvalho, professor de finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV) no Brasil e co-diretor da pesquisa Panorama Geral dos Negócios no Brasil. "Os fundamentos econômicos são consistentes com continuidade da expansão no Brasil, dando sinais de que é possível sustentar o crescimento forte no próximo ano, mesmo quando a atividade econômica no resto do mundo esteja mais lenta."

O crescimento latino-americano mostra-se autossustentado na medida em que as economias da região estão significativamente interligadas. 60% dos CFOs brasileiros dizem que um crescimento mais lento no restante da América Latina prejudicaria suas empresas e aproximadamente 75% das empresas em países de língua espanhola da América Latina dizem que um crescimento mais lento do Brasil iria prejudicar suas empresas em 2013.

77% das empresas Brasileiras planejam pagar bônus aos empregados no final do ano. Um 30% das empresas dizem que os bônus serão maiores do que no ano passado, e 40 por cento afirmam que os bônus em 2012 serão semelhantes ao do último ano.

Principais preocupações: escassez de trabalhadores qualificados-A maior dificuldade relatada pelos CFOs brasileiros é manter os atuais níveis de margens de lucro (68 por cento dos CFOs). Quase dois terços (65%) das empresas Brasileiras relatam dificuldade em atrair e reter funcionários qualificados, figurando como a como maior preocupação dos CFOs.

"Tem ocorrido um descompasso entre as necessidades de trabalhadores das empresas e as habilidades dos funcionários", disse Klenio Barbosa, professor de economia da FGV e co-diretor da pesquisa Global Business Outlook. "Felizmente, as empresas brasileiras mostram-se bastante dispostas a treinar trabalhadores. Apesar de 76% das empresas terem reduzido o investimento na formação de trabalhadores ao longo dos últimos anos, 100% dessas empresas planejam aumentar os gastos em treinamento para patamares acima dos recentes níveis históricos."

Otimismo dos CFOs brasileiros-O otimismo econômico tem sido estável no Brasil e se tornado mais forte na América Latina. Em uma escala de 0 a 100, os CFOs do Brasil atribuem a nota 60 para o seu otimismo com relação à economia brasileira (esse número vem se mantendo estável. Já os CFOs da América Latina em geral atribuem 66 para o seu otimismo com relação as economias de seus países, contra 60 no último trimestre (no México, Chile e Peru, este índice é 75. Na Colômbia 60. Os CFOs argentinos estão menos otimistas: 49). Este mesmo índice é cerca de 52 nos Estados Unidos e Europa e 60 na Ásia.

.[No site www.cfosurvey.org,pode-se ver resultados nas demais regiões].

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