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24/01/2013 - 09:05

Lenho carbonizado mantém suas características anatômicas e garante a fiscalização em carvoarias

Avaliando o carvão vegetal do lenho (madeira) de quatro diferentes espécies florestais tropicais, com o objetivo de demonstrar a aplicação da antracologia como ferramenta na identificação de espécies (taxonomia) e seu potencial no controle ambiental, alunos do Departamento de Ciências Florestais, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), desenvolveram uma pesquisa de iniciação científica, apresentada em forma de painel, na 20ª edição do Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP (SIICUSP), entre os 22 e 26 de outubro de 2012, no Campus da USP, em Pirassununga.

Guilherme Pontes, graduando do Curso de Engenharia Florestal e Alessandro Rangel, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Recursos Florestais, selecionaram amostras do lenho de Bertholletia excelsa, Couratari guianensis, Couratari stellata e Lecythis luridas, em duas áreas da floresta primária dos municípios de Belterra e Tailândia do estado do Pará, que foram carbonizadas em forno mufla (400ºC), submetidas à fratura nos 3 planos de estudo (transversal, longitudinal radial e tangencial). O exame dos planos em um microscópio eletrônico de varredura do Núcleo de Pesquisa em Geoquímica e Geofísica da Litosfera (NUPEGEL), da ESALQ, possibilitou a obtenção de imagens de elevada qualidade científica, seguida da avaliação e descrição da estrutura anatômica e das alterações resultantes do processo de carbonização.

Os resultados dos exames da estrutura anatômica dos carvões das quatro espécies mostraram que, apesar das contrações dos elementos e estruturas celulares da madeira, em porcentagens diferentes, como as dos elementos de vaso, parênquima longitudinal, do diâmetro das pontoações da parede tangencial e radial dos vasos, a estrutura qualitativa do lenho típica da família Lecythidaceae foi preservada.

Enfim, a pesquisa concluiu que o lenho das quatro espécies não perdeu as suas características anatômicas originais, ainda que esteja carbonizado, o que indica uma forma de identificação prática, versátil e efetiva para a fiscalização das carvoarias e para o controle do desmatamento ilegal das florestas naturais do Brasil.

O trabalho, que foi orientado pelo prof. Mario Tomazello Filho, do Departamento de Ciências Florestais (LCF) da ESALQ/USP, co-orientado pela dra. Célia Regina Montes, do CENA/USP,recebeu a premiação de menção honrosa do Siicusp.[www.esalq.usp.br].

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