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25/10/2007 - 17:42

A receita do turismo em 2007 deverá atingir US$ 4,9 bilhões


A informação foi dada pela ministra Marta Suplicy durante a Feira das Américas no Riocentro, Rio de Janeiro.

A crise da aviação civil não impediu o crescimento do setor de turismo no Brasil. Em 2007, o turismo deverá crescer até 18%, comparando com o ano de 2006. Essa também foi estimativa do presidente da ABAV Nacional, João Martins Neto, anunciada durante a cerimônia de abertura do 35º Congresso Brasileiro de Agências de Viagens e Feira das Américas - ABAV 2007, no dia 24 de outubro, no Rio de Janeiro. O evento, o maior do setor das Américas, acontece até dia 27 (sábado), no Riocentro, reúne cerca de 700 empresas de diversos segmentos que compõem o turismo e espera receber 22 mil profissionais do setor de 32 países.

A projeção faz frente ao tema da edição deste ano da Feira da ABAV: "Turismo, a Força da Reação". O vigor deste mercado no país foi também ressaltado pela ministra do Turismo, Marta Suplicy. Eles abriram o evento, ao lado dos governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, do Maranhão, Jackson Lago, de Alagoas, Antônio Villela Filho, e do Piauí, Wellington Dias.

"Na verdade, não existe crise de mercado, pois a atividade e sua demanda estão em franco crescimento, exigindo cada vez mais oferta dos vôos e frequência", afirmou o presidente da ABAV. "O que temos e tivemos efetivamente é um cenário extremamente crítico de operacionalidade de pousos e decolagem, controle de tráfico aéreo e infra-estrutura de aeroportos, que deveriam exercer suas funções e objetivos junto ao consumidor. O caos e a incerteza que dominam o setor aéreo foram resultados de uma série de problemas conjunturais.E não foi por falta da existência de órgãos para tal fim."

A ministra reconheceu que a crise teve reflexos principalmente para a hotelaria, mas projetou que da a receita turismo deverá atingir US$ 4,9 bilhões - um recorde histórico para o Brasil. "Não estou querendo, de forma alguma, tapar o sol com a peneira. Nós tivemos uma crise, sim, mas ao mesmo tempo tivemos poder de superação."

Ela ressaltou que os números positivos, como o aumento de quase 9% no desembarque de turistas estrangeiros no país em setembro, em relação ao mesmo período do ano passado, mostram um vigor à prova de crises.

Marta Suplicy aproveitou para divulgar o Viaja Mais Terceira Idade, programa que oferece financiamento de viagens para idosos, aposentados e pensionaista do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ela informou que a primeira avaliação do programa será feita em dezembro, mas disse que a tendência é que o número de pacotes vendidos acabe aumentando gradualmente.

“É um programa que esperamos que cresça, como cresceu na Espanha, na França e no Chile. Na Espanha já há um milhão de idosos viajando - o projeto deles é um pouco diferente do nosso. Hoje tem mais subsídios, mas começou bem pequeno, há muitos anos. No Chile, o projeto tem sete anos e já foi incorporado pelos aposentados, que costumam utilizá-lo duas vezes por ano, disse.

Marta Suplicy também informou que o governo já está estudando um projeto de financiamento de viagens para trabalhadores e estudantes, que deve ser concluído no ano que vem.

O governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral fez coro e ressaltou que o turismo tem que aproveitar o aumento da entrada de investimentos estrangeiros no país. "O Brasil vive um momento espetacular, com investimentos estrangeiros acreditando no turismo nacional".

Também marcaram presença na abertura do evento, a presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados, deputada federal Lídice da Mata; presidente da Gol e da Varig, Constantino de Oliveira Junior; vice-presidente da Tam, Wagner Ferreira, ministra do turismo do Paraguai, Liz Cramer; ministra do Turismo e das Mulheres da Palestina, Khouloud dheibeis; embaixadora da delegação da Palestina no Brasil, Mayada Bamie; ministro do turismo de St. Maarten, comissinário Roy Marlin; vice-ministra de Turismo e Esportes do Uruguai, Liliam Kechichian; presidente da Cotal, Luiz Felipe Aquino; presidente da Embratur, Jeanine Pires; diretor, Carlos Alberto Martins; diretor do Sebrae, Luiz Carlos Barboza; presidente do Fórum das Agências de Viagens Especializadas em Contas Comerciais, Mauro Scwartzmann; presidente da Associação Brasileira de Locadoras de automóveis, José Adriano Donzelli; presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Eraldo Alves da Cruz; presidente da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo, Cláudio Magnavita; presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas, José Márcio Mollo e presidente da JURCAIB, Alfredo Rodrigues, vários deputados, secretários de estados, empresários e imprensa do Brasil e do mundo.

Bois de Parintis foram atração à parte - Para incrementar ainda mais o turismo nacional que, pela primeira vez, a Feira das Américas teve um Estado patrono, o do Amazonas. Para o presidente da ABAV, a região é a que melhor se insere nas características do turismo do século XXI, ligadas à preservação da natureza.

O Amazonas levou ao palco do Riocentro uma pequena mas marcante amostra de sua festa mais famosa: o festival de Parintins, que acontece todo o ano durante o mês de junho. Dançarinos do Boi Caprichoso e do Boi Garantido, que representam a cidade de Parintins, fizeram uma apresentação de dança com personagens típicos da festa, como o boi bumbá, os índios, as caboclas e a sinhazinha.

"Achei a festa uma beleza, temos que levar isso para fora do país", declarou a ministra Marta Suplicy, que, junto do presidente da Abav, abriu oficialmente as visitações aos estandes da Feira.

Infraero entra na discussão da ABAV 2007 - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, defendeu no início dos trabalhos do 35º Congresso Brasileiro de Agências de Viagens - ABAV 2007-, no Riocentro, a abertura de capital da Infraero como solução para a crise nos aeroportos do país. A medida vem sendo defendida publicamente pelo governo federal desde a tragédia com o vôo 3054, da TAM, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Segundo Cabral, a medida seria uma "solução criativa", assim como o recente leilão de rodovias federais para a iniciativa privada.

"A Infraero tem que ter o capital aberto, com uma gestão mais corporativa, moderna" discursou o governador fluminense, ao lado do presidente da ABAV, João Martins Neto, da ministra do Turismo, Marta Suplicy, e dos governadores do Maranhão, Alagoas e Piauí, que também participaram da abertura da ABAV 2007. "A crise tem que ser resolvida com investimentos. A crise será superada. O importante é ter demanda e, graças a Deus, a demanda está aquecida. O Nelson Jobim (ministro da Defesa) é um homem competente. É importante ter menos dirigismo e mais fortalecimento do setor privado".

Ainda durante a cerimônia de abertura, ocorrida no início da tarde de hoje, Sérgio Cabral ponderou os reflexos da crise aérea no setor turístico, afirmando tratar-se de uma área onde "variáveis incontroláveis" definem o sucesso ou o fracasso do setor.

"Não é como colocar um produto pronto numa prateleira para o consumidor. Depende de chuva, sol, aeroportos, rodovias, segurança pública. Depende de qualidades ligadas não ao operador de turismo propriamente dito", afirmou o governador, alertando, ainda, para a necessidade de prestigiar os Agentes de Viagens, desde os pequenos empresários, até as grandes agências.

Agentes fecham acordo com a TAM e querem receber comissão sob taxa de embarque - O presidente da ABAV, João Martins Neto, disse que a associação vai continuar lutando pelo comissionamento do agente de viagens sob a taxa de embarque. Segundo ele, as negociações estão avançadas e que tanto a ANAC como a Infraero não se opuseram a essa possibilidade.

"Estamos em fase final de concretização, de operacionalizar este direito. Quem se opor a isso vai ter com quem brigar", afirmou Martins. "O Brasil tem a terceira tarifa aérea portuária mais cara do mundo, onde a maior parte desse dinheiro fica retida nos fundos aeronáutico e aeroviário com o objetivo de aumentar o superávit primário nas contas oficiais", criticou.

A presidente da Comissão de Turismo da Câmara Federal, deputada Lídice Da Mata, que está atuando como interlocutora entre a ABAV e Governo, disse que existe espaço para negociação. "A resistência está nas cias. Aéreas", disse.

Hoje, a ABAV assinou um acordo com a TAM que institui uma nova modalidade de remuneração para o agente de viagens. Pelo novo acordo, as agências garantem a comissão de 10% do valor da tarifa ou o mínimo de R$ 30 em cada bilhete emitido, à exceção da venda não-assistida pelo site da Tam.

A companhia aérea tinha reduzido o valor das comissões para 6% e 7% em todo país e a remuneração estava garantida em 10% por meio de liminares impetradas pelas ABAV regionais. Novas negociações estão em andamento com a Gol para um acordo semelhante segundo o presidente da ABAV.

Atualmente, os agentes de viagens representam 80% das vendas das passagens aéreas emitidas no País. A ABAV é a entidade mais representativa do setor, reunindo 3,2 mil empresas associadas no Brasil. O 35º Congresso Brasileiro de Agências de Viagens -ABAV 2007 - prossegue até sábado, dia 27, quando a feira de turismo será aberta ao público.

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